A ondinha rosa tem desde hoje umleãozinho para domar, seduzida pelas suas responsabilidades e competências de irmã mais velha que tão bem chamou a si (E depois eu mando nele?, foi o que retorquiu quando inquirida se gostava de ter um mano). E eu vou conhecê-lo amanhã, esse desconhecido que já amo por ser quem é....
É fim de Julho e troca-se de turno. Os que regressam de férias trocam com os que vão em Agosto. Ocupem os lugares inversos e comece de novo o carroussel a girar...
É uma da tarde e tenho fome de cinema. Olho desolada para os placards da Lusomundo. Arrisco Batman, o cavaleiro das trevas.
Não aprecio em abstracto este género de filme nem em particular apreciei este mas realço a personagem mais impalpável e horrível do filme, Joker, última interpretação de Heath Ledger antes de morrer. Notável, por sinal. ___
Saí no intervalo (que o filme é longo e tem pausa para fazer consumo no bar) e ponderei não fazer o caminho de regresso. Mas voltei à sala tendo saído definitivamente meia hora depois de entrar do intervalo, pensando que raio é que entre sangue, mortos, e dolby sorround. Mas o sorriso do Joker, aquele sorriso rasgado... (arrepio)
a palavra beanburger seria, para uma pessoa avisada, sinal de stop, mas para os distraídos é uma mais entre outras, escrita entre os vários menus do burger king. ao mastigar o hamburger de feijão, maldisse o meu lado lunático e prometi a mim mesma ler o menu da próxima vez.
This odd idiom - jumpology - was born in 1952, Halsman said, after an arduous session photographing the Ford automobile family to celebrate the company's 50th anniversary. As he relaxed with a drink offered by Mrs. Edsel Ford, the photographer was shocked to hear himself asking one of the grandest of Grosse Pointe's grande dames if she would jump for his camera. "With my high heels?" she asked. But she gave it a try, unshod—after which her daughter-in-law, Mrs. Henry Ford II, wanted to jump too.
"With my high heels?" asked Mrs. Edsel Ford when Halsman requested that she levitate.
For the next six years, Halsman ended his portrait sessions by asking sitters to jump. It is a tribute to his powers of persuasion that Richard Nixon, the Duke and Duchess of Windsor, Judge Learned Hand (in his mid-80s at the time) and other figures not known for spontaneity could be talked into rising to the challenge of...well, rising to the challenge. He called the resulting pictures his hobby, and in Philippe Halsman's Jump Book, a collection published in 1959, he claimed in the mock-academic text that they were studies in "jumpology."
Não tinha lido o artigo do Paulo Querido na última edição do Expresso quando escrevi um dos últimos posts e, lendo-o, apercebo-me que há muitas reflexões que partilho sobre a informação, nomeadamente esta: "Já ninguém confia numa única fonte de informação. Nem sequer em 5 ou 6." (PQ cita Mindy McAdams, professor de jornalismo).
O que é que significa estar informado? Nós não somos nem estamos informados. Não há informação. Existem versões, manipulação de dados, marketing aplicado ao jornalismo. Como é que se pode formar um pensamento crítico no meio do bombardeamento de notícias manipuladas?
publicado por vague às 22.7.083 comments
O velho tema da responsabilidade do Estado e da responsabilidade do indivíduo
Entram pela casa dentro com ofertas de férias no estrangeiro, carros novos e últimos gadgets. Ofuscam com o brilho que emanam. Quando saiem prometem voltar trazendo juros elevados.
Esta oferta constante e massificada de créditos fáceis não é regulamentada?
publicado por vague às 22.7.080 comments
segunda-feira, julho 21, 2008
Murros no estômago
As reportagens da TVI. A de hoje, de Ana Leal, sobre crianças autistas, e uma outra, de Alexandra Borges, sobre os meninos escravos do Gana.
Uma agência de viagens para pessoas com dificuldades de mobilidade
A agência Accessible Portugal abriu portas esta quinta-feira em Lisboa (10/07/2008) apesar de já funcionar há três anos na Internet, principalmente com turistas estrangeiros que querem conhecer Portugal.
«Uma agência convencional pensa apenas no transporte e nos quartos de hotel. Nós temos de ter em conta uma série de outros detalhes. Fazemos previamente todo um trabalho de campo, de forma a assegurar que há casas de banho adaptadas nos hotéis, restaurantes e ao longo do passeio, para termos a certeza que os locais que vamos visitar são completamente acessíveis, etc. Para além de tudo isto, alugamos material de apoio ortopédico, de forma a garantir ao cliente todas as condições no local de destino, evitando que tragam todo o material no avião». (...)
Deixei aqui este video quando foi lançado e deixo de novo, pela permanente actualidade e pelo tema. E pelas vozes do Tim e do Pedro Puppe. E pela música. E porque sim.
Uma das coisas que aprendi muito cedo ainda foi a remar. De modo a conjugar o som dos remos a cortarem a água com o bater do meu coração. Aprendi primeiro a remar contra a corrente. E agora não sei - nem ouso - remar de outra maneira.
Esta noite sonhei que era um rio. Um rio pequenino, é certo, que nada mais conhecia além das montanhas onde nascia, dos amieiros e dos juncos que nele se debruçavam. Como todos os rios, o que eu mais ardentemente desejava era desaguar. Comecei a perguntar onde ficava o mar, mas ninguém me sabia responder. Apontavam-me com um gesto vago ora o este ora o oeste. Escolhera já a forma de desaguar - em delta, claro - mas não recolhera ainda o menor indício da proximidade do mar. Uma noite em que estava acampado entre as dunas cheguei finalmente a uma conclusão ( a mesma a que todos os rios chegaram talvez antes de mim): o mar não existia.
Entre a pureza dos azuis e o acolhimento dos castanhos envio um beijo de parabéns e relembro uma das primeiras pessoas da minha blogosfera, que conheci quando aceitei o convite para uma exposição dos seus luminosos quadros e encontrei além de uma verdadeira artista!:) uma pessoa bonita, meiga e gentil.
Por estar com dificuldades de acesso à conta de mail do Sapo, criei uma outra, alternativa, no Gmail, de que aqui dei conhecimento e que foi
mareehaute.is.vague@gmail.com
tendo posteriormente regressado a
mareehaute@sapo.pt
e igualmente dei conhecimento do meu regresso ao mail do Sapo, não cuidando que as pessoas podiam não ler o post informativo. Hoje, por curiosidade, abri aquela conta de gmail e tinha dezenas de mails... Peço desculpa pelo que pode ter parecido falta de educação, mas no máximo foi negligência. Estava na verdade tão convencida que tinham re-actualizado o meu mail que me esqueci do alternativo que criei:(
"Mas é assim. Os sentimentos de prazer, ou de dor, ou de toda e qualquer qualidade entre dor e prazer, os sentimentos de toda e qualquer emoção ou dos diversos estados que se relacionam com uma qualquer emoção, são a mais universal das melodias, uma canção que só descansa quando chega o sono, e que se torna num verdadeiro hino quando a alegria nos ocupa ou se desfaz em lúgubre requiem quando a tristeza invade."
pode ser a da fundadora da Apadedica que tem duas costelas partidas e não se lembra de nada. caiu? teve algum acidente? não me lembro de nada, só sei que a tosse me dá cada vez mais um aperto, uma dor no peito e até respirar fundo me dói e o médico imaginário, divertido esqueçamos a tosse também pode ser amor
uma pessoa ir ao médico e sair de lá com duas costelas partidas.
ao fim de uma semana de dores intermitentes mas faiscantes desloco-me às urgências hospitalares onde prescrevem rx, análises e tac. veredicto lançado, auguro-me mentalmente longo período de descanso (estendida na praia, rodeada de solícitos servos) mas eis que a médica diz que as fracturas estão a cicatrizar (pelo que não me recomendou nenhum tratamento especial daqueles de dar direito a birra e levar toneladas de mimo. chuif).
E agora, de onde é que eu retirei isto, que guardei em draft para mais tarde recordar e não cuidei de guardar a autoria? Que me desculpe o autor desta peça, que saiu algures numa revista. Quase que preferiria não a citar mas encontro tanta riqueza nesta abordagem que opto por não a deixar passar em branco.
(...) o movimento feminista, ao alterar o perfil da mulher ― sobretudo o da mulher urbana ―, dando-lhe voz fora do ambiente doméstico, um papel cada vez mais decisório nos rumos da sociedade e autonomia financeira, distanciou-a do antigo paradigma de comportamento, no qual ela esteve confinada por séculos, sem que semelhante processo de distensão e mudanças psicossociais tenha ocorrido com o homem, que permanece atado a um modelo desgastado e imbuído de conceitos bastante semelhantes aos de mais de meio-século atrás, de uma época na qual o feminismo ainda não havia ganhado o seu grande impulso. O resultado disso é que, generalizando um pouco, temos, hoje, mulheres do século XXI relacionando-se com homens da década de 1950. (...)
O homem médio contemporâneo, por não haver acompanhado a evolução da mulher, não consegue dialogar com ela de forma satisfatória, não é capaz de compreender e admirar essa nova mulher. As mulheres, por sua parte, tornaram-se mais exigentes. Muitas se recusam, acertadamente, a permanecer em relacionamentos vazios e frustrantes, com maridos ou namorados que, gradualmente, vão se acomodando a uma rotina insossa e egoísta, privando suas companheiras, do carinho, da atenção, da cumplicidade e do diálogo, que elas tanto valorizam. Outras, por medo da solidão e da perspectiva de abandonar a segurança de uma relação e encontrar alguém ainda pior pela frente, acabam se resignando e passam a viver uma vida pela metade. Uma frase que resume bem essa segunda opção, que é mais comum do que muita gente imagina, é o título, engraçadíssimo e bastante espirituoso, de um livro da argentina Viviana Gómez Thorpe, que deu origem a uma peça de grande sucesso, chamado Não sou feliz, mas tenho marido. (...) Antes que discordem ou concordem de mim, aviso que, como sempre, as citações que faço não reflectem necessariamente a minha opinião, são antes de mais pistas de raciocínio que gosto de partilhar com quem me dá o prazer de me acompanhar nestas viagens.