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La marée haute
sexta-feira, agosto 31, 2007
 

Há sempre lugar
para um ibisco crescer ou florir
Numa coluna de mármore
num muro caiado de branco
sob o azul celeste
ou até num poema
breve como este


Jorge Sousa Braga
 
 

cabelo, rosto, book crossing, beleza, café
 
quinta-feira, agosto 30, 2007
  Associação de gatos orfãos da freguesia de Idanha-a-Nova

Ora boa tarde. Gostava de ajudar a associação dos animais abandonados da região de Santarém? Tenho aqui as actas das reuniões da associação.

Deixe estar. Agora não estou interessada, fica para a próxima.

Mas olhe que nós só passamos aqui uma vez por ano.

Pois é, estou com azar.
 
quarta-feira, agosto 29, 2007
 

Descobri um outlet de mobíliário de autor. Não entendo bem o conceito de outlet neste caso, já que peças assinadas marca de diversos autores não passam de moda, logo não há aparentemente necessidade de escoamento a preços muito mais baixos que os do mercado habitual.



Le Corbusier
 
 




Arno Fischer
Braga, Portugal
2006
 
  A propósito do Processo Casa Pia

O que me impressionou quando assisti a um dos talk-shows da Oprah Winfrey sobre pedófilos foi o quanto são pessoas tão normais e banais que qualquer um o poderia identificar como sendo um normal pai de família. Numa das ciladas montadas propositadamente por um programa de televisão que dá a conhecer a cara de potenciais pedófilos para, também, imagino, das provas em flagrante obtidas retirar a lei penal consequência, compareceu, entre outros homens normais, para um suposto encontro com um suposto adolescente, um homem de 30 anos trazendo consigo...o filho de 3 anos.

Também por esta aparência de normalidade não me causa espanto que alguma das pessoas acusadas de actos sexuais com menores no processo Casa Pia (ou mesmo algumas que não foram acusadas) tenham efectivamente praticado aqueles crimes. Os pedófilos são pessoas normais de graus diversos de instrução e maior ou menor poder (o poder!) que conseguem ganhar a confiança das crianças e estas, seduzidas por essa pessoa boa que lhes dá afecto (e/ou dinheiro, mas isso não atenua o crime) acabam enredadas numa teia psicológica difícil de desenredar. E de provar. É natural que alguns dos seus depoimentos sejam ambíguos e incertos porque uma violência destas pode desestruturar psicológicamente uma criança. Pessoalmente não consigo acreditar na inocência daqueles arguidos e de outros que não chegaram a ser acusados. Eles até podem casar, ter filhos e acredito que as respectivas mulheres não saibam e neguem veementemente este mundo paralelo que desconhecem, mas eu, apesar da ingenuidade que às vezes me salta dos olhos, não consigo acreditar neles, simplesmente não consigo. Os documentos, aos relatos das testemunhas, a investigação do António Caldeira neste que é também um Portugal Profundo de mistérios e favores ao mais alto nível, convencem-me, a mim que não tenho poderes para julgar mas sou uma cidadã minimamente atenta, de que há muita coisa que irá permanecer escondida. Dolorosamente escondida. Injustamente escondida.
 
 




Arno Fischer
New York 1978
 
terça-feira, agosto 28, 2007
 

__________________Por isso, dorme,

meu amor, larga a tristeza à porta do meu corpo e
nada temas: eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão, já
olhei a morte debruçada nos espelhos e estou aqui,
de guarda aos pesadelos a noite é um poema
que conheço de cor e vou cantar-to até adormeceres.



Maria do Rosário Pedreira


é uma das mais cintilantes escritoras de poemas.
 
 

Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem


Sophia de Mello Breyner Andresen
 
 

Este foi o nosso último abraço. E quando,
daqui a nada, deixares o chão desta casa
encostarei amorosamente os lábios ao teu copo
para sentir o sabor desse beijo que hoje não
daremos. E então, sim, poderei também eu
partir, sabendo que, afinal, o que tive da vida
foi mais, muito mais, do que mereci.


Maria do Rosário Pedreira
 
  Para quê dar nomes ao inominável?



Man Ray
 
  Tem razão, retire cada um o significado do (des) amor...

Era uma vez duas serpentes que não gostavam uma da outra. Um dia encontraram-se num caminho muito estreito e como não gostavam uma da outra devoraram-se mutuamente. Quando cada uma devorou a outra não ficou nada.

Ana Hatherly
 
segunda-feira, agosto 27, 2007
  O sentido de humor dos verdinhos Eufémia

Os fofinhos que destruiram o campo de milho iam de cara tapada com lenços e máscaras (acho que era por causa das alergias) e agora vem o líder do Verde Eufémia (Gualter Baptista, porta-voz indicado mas que não faz parte do movimento nem participou na acção,) dizer com toda a placidez - tão querido - que ele (líder) não participou do ataque e, por outro lado, aqueles que participaram não foram identificados. A formação humana dos meninos é uma verdadeira pérola.
 
 



Man Ray, 1926

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Era uma vez duas serpentes que não gostavam uma da outra. Um dia
encontraram-se num caminho muito estreito e como não gostavam uma da
outra devoraram-se mutuamente. Quando cada uma devorou a outra não
ficou nada. Esta história tradicional demonstra que se deve amar o
próximo ou então ter muito cuidado com o que se come.


Ana Hatherly
 
  Gosto dela

"What I know for sure is that what you give comes back to you."

Oprah Winfrey
 
domingo, agosto 26, 2007
 



Tamara de Lempicka

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  os sonhos que sonhamos a dormir ao acordarmos

os sonhos que sonhamos a dormir ao acordarmos regressamos e___
acordei hoje com água à beira dos olhos alguém alguém a quem amei abraçou-me e no abraço, no toque, ouvi, estás aqui dentro para sempre
e a voz disse, és o meu abrigo_____ não sei porque é que o sonho apareceu nem sei como este post estupidamente intimista se permitiu ser assim, talvez fossem as asas que lhe dei no meu desejo de voar
__e também a certeza de que não serei lida por quem não quero ser lida

posso ser transparente, serei? mas da minha vida cá fora, que me desvenda o rosto, a voz, o sorriso, o toque e o cheiro, das pessoas dessa vida cá fora a raras concedi a chave de entrar neste mundo secreto. uma, duas? não é défice de confiança, é liberdade.

(sentir-me-ei sempre abençoada pela vida, apesar da melancolia que não poucas vezes carrego no olhar, mas isso é de mim e da mais pura alegria - no mais fundo dela espreitam assustados uns olhos tristes)

vou até uma praia bonita e fria, dura, onde o mar brame e grita. Acho que isto é Miguel Torga: gosto do mar salgado a bramir e a gritar.

há sonhos que deixam cicatrizes na pele dos dias.
 
sexta-feira, agosto 24, 2007
  Titi!

- Titi! Quero ir com a titi!
- Titi não tem cadeirinha no carro. ..

- Não há poblema, não há poblema!

Está encantadora nos seus dois anos e meio. Cedo começou a revelar indícios de génio, o bom e o outro: ciosa do seu território e das suas coisas, abre-o quando confia (e quando quer) e dá-se generosamente (e quando está para aí virada). Diz que quer ser médica, dôtoia, para tratar dos meninos e suspeito que o Doutor Cura-Tudo (o que trata a tataiuga bébé) há-de ter tido alguma influência nesta vocação. Certo é que a resposta é desde há meses a mesma.
Independência onde se revela? Em coisas tão simples como querer atravessar uma rua sozinha, sem dar a mão; Eu sou crescida!, em querer apertar e desapertar o cinto da cadeirinha do carro sozinha (sem êxito por enquanto), na vontade ruidosamente expressa de tomar duche sozinha. Claro que é impedida e claro que há choradeira logo a seguir. Prevejo uma rapariga muito reivindicativa dos seus direitos, aliás já o é no que concerne aos seus direitos de bébé de se achar crescida o suficiente para dispensar ajuda.
Estou absolutamente apaixonada por ela.

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  Pequeno esclarecimento*

Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio rm que escrevo e em que tu me lês.

Mario Quintana * - A vaca e o hipogrifo
 
quinta-feira, agosto 23, 2007
 




Andy Warhol
 
 

A Ler Devagar + Eterno Retorno

e

A Fábrica de Braço de Prata (que, segundo a Wiki, era um antigo estabelecimento fabril militar do Estado Português, desactivado na década de 1990. ...)


_______________________iniciaram a sua parceria em Junho de 2007. Um projecto muito recente num espaço que, sem o conhecer in loco, parece ser bonito e amplo. Situado na zona oriental de Lisboa, tem o privilégio de ter espaço para estacionar (iupi).
E se depois destes desinteressados elogios não me contratarem para RP, perco a esperança na humanidade.
 
quarta-feira, agosto 22, 2007
  Quando chover ou um bocadinho antes




quem se oferece para ir ali e me trazer isto?
 
 

"I've never been alone with a man before - even with my dress on. With my dress off, it's most unusual."

Audrey Hepburn
in Roman Holiday

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terça-feira, agosto 21, 2007
  A pedido de várias famílias monoparentais e outras

 
  Post mínimo, ilusório e incompleto porque o menos é mais

A necessidade física de paz e liberdade, de viver sem constrangimentos, de viver sem combinar, aparentemente não se coaduna com a celebração generosa e fiel do amor.



Poltrona Amoebe
Verner Panton, 1970
 
  Ou aqui




(fonte)
 
  Imagine-se a ler o texto anterior sentado aqui



Verner Panton, 1959
 
  Navegando 2

(**Texto de Gil Giardelli)

A internet confunde os limites da vida dentro e fora da rede, è como um grande palco de teatro de espelhos, onde o tímido se torna extrovertido, o calmo se torna visceral, o rude se torna romântico. No mundo.com, pessoas criam identidades imaginarias e passam horas, dias e anos nessa vida paralela.

Em “Até o fim do Mundo”, de Wim Wenders, o ser humano fica viciado numa tecnologia que mostra, no vídeo, imagens de seus sonhos.

Em “Matrix”, os irmãos Wachowski pintam um futuro no qual somos todos parte de uma realidade virtual.

Em AI – Inteligência Artificial, de Steven Spielberg, uma mulher luta por David, o menino robô programado para amá-la. Tudo isso faz parte da nossa cultura narcisista, acelerada, solidária e imediatista. O problema clássico do narcisista envolve a solidão e o medo da intimidade. Segundo esse ponto de vista, criamos com o computador um, objeto muito poderoso, um objeto que nos da à ilusão de companhia sem exigências da intimidade, uma extensão do próprio ser. A vida em rede da uma nova dimensão ao poder do velho ursinho de pelúcia ou da fraldinha de estimação. Permite ao indivíduo ser solidário sem jamais estar sozinho. São dezenas de amigos, no seu Inbox, no seu Messenger ou no seu Facebook, Myspeace ou SecondLife… ufa …

Ciberespaço é um palco novo exótico, um instrumento de auto – reflexão, uma espécie de espelho para encenar conflitos pendentes, para exercitar dificuldades pessoais, para superar problemas graves, utilizando os recursos do ciber- socialização.

Permite ao individuo ser solidário sem jamais estar sozinho. A internet nos permite conhecer ninguém profundamente. Pois o Mundo.com está fazendo milhares de pessoas abandonarem suas vidas sociais reais, por horas on-line.

Vem cá, me responde uma coisa! Transar virtualmente com uma desconhecida, do outro lado do mundo no Second Life? É infidelidade com sua namorada ou marido? Não sei responder e você?


Na vida digital, a pessoa encena, sim, sua identidade, a encenação é séria. Nós usamos computadores, é inevitável. Isso significa que o poder do computador com seu dom de simulação e visualização muda nosso jeito de pensar, muda toda nossa cultura. O mundo digital é solidário, é conveniente; acessamos e enviamos mensagens de qualquer hora ou destinatário às lê quando bem entender.

Há quem diga que a internet muda tudo, e há quem julga que pensar assim é algo totalmente ultrapassado. Certamente é um exagero, em ambos os casos. Devemos questionar não apenas o que o Mundo.com faz por nós, mas aquilo que faz connosco.

Certamente, para muitos a internet já mudou a forma como falar “Eu te amo”
.

....................................................Aqui
 
  Navegando 1

Tinha o filme - As Asas do desejo - comigo e queria ler um pouco sobre ele, pese embora o valor relativo que quero atribuir às críticas. Todo o filme e todo o livro é um objecto pessoal. Apesar disso, há pistas que gostamos de seguir e explorar e outras vêm de encontro à nossa própria descoberta do mundo (real e/ou virtual).

Enquanto procurava, encontrei o texto cujo conteúdo reproduzo em parte no próximo post deste blog.

Tal como as conversas são como as cerejas, as pesquisas e os blogs levam-nos a novos textos e links, resumindo, a novos conteúdos e hipertextos infindáveis, o que se é bom por um lado, pode ser curiosamente asfixiante tal a quantidade de informação e comunicação que existe.

A parte boa é a descoberta de outras realidades que se identificam com a nossa própria percepção do mundo. Neste caso, do mundo virtual, tema sempre interessante como base de discussão, para uma tese, para um pensar e repensar da vivência virtual.

O texto é de **Gil Giardelli.
 
segunda-feira, agosto 20, 2007
  onde ler o poema



Poltrona Heart, 1959
Verner Panton
(.)
 
 

"Ainda te falta
dizer isto: que nem tudo
o que veio
chegou por acaso. Que há
flores que de ti
dependem, que foste
tu que deixaste
algumas lâmpadas
acesas. Que há
na brancura
do papel alguns
sinais de tinta
indecifráveis. E
que esse
é apenas
um dos capítulos do livro
em que tudo
se lê e nada
está escrito."

Albano Martins
 
 



Eames Arm Chair

(.)
 
 

Um delícia, que descobri neste blog.




De nobody&co
 
domingo, agosto 19, 2007
  Low cost e o milho transgénico

Como é que as companhias aéreas de low-cost conseguem praticar preços tão baixos? Certo que poupam nas refeições que, ao não serem oferecidas, se transformam em fonte de receita, certo que privilegiam aeroportos secundários em que as taxas de utilização são mais baixas, mas, mesmo assim, como conseguem ser tão competitivas? Há viagens a 10, 20, 30 euros e Lisboa-Milão por 32,5€ é um magnífico convite.


Eu não sei se o milho transgénico traz mais vantagens que benefícios e nem é disso que se trata quando se fala no ataque dos fundamentalistas, digo, daqueles ambientalistas que, de cara tapada por causa do pó, cof, cof, resolveram destruir o campo de milho que também é meio de subsistência de uma família de agricultores.
Estas atitudes descredibilizam esse movimento e todos os movimentos ambientalistas por reflexo. Isto tudo passa por uma questão política e de credibilidade, de criar nome, imagem, força, poisção negocial. Ok, apareceram na televisão. Mas é o que se chama publicidade negativa. Para mim este tipo de atitude não granjeia respeitabilidade nem coloca essas associações em posição de serem parceiros a escutar e a ter em consideração.
 
sábado, agosto 18, 2007
 



Jessica Lange

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"I never said, 'I want to be alone.' I only said, 'I want to be left alone.' There is all the difference in the world."

Greta Garbo

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sexta-feira, agosto 17, 2007
 



Garbo, quem mais?

(1905-1990)



Até já. Alguém quer um bocadinho de mar?





ou água
ou ar da noite respiração das estrelas

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  A century of chairs

"Few objects tell the history of modern design as eloquently as the chair. Aesthetic trends, the emergence of new technologies, ergonomics, social and cultural developments are all reflected in the evolution of chair design."

Design Museum
 
 




The Eames Lounge Chair, 1956, Charles and Ray Eames

MoMa
 
 



The Swan Chair, 1958




The Egg Chair, 1958


by

Arne Jacobsen (1902-1971)
 
 



Chaise Longue, 1929, Le Corbusier (1887-1965)
 
 



Easy-Chair, 1960, Kurt Østervig (1912-1986)
 
 



Ginger Rogers
(1911-1995)

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quarta-feira, agosto 15, 2007
  Avisa-se a estimada clientela

que este estabelecimento vai estar temporariamente encerrado para descanso do pessoal em chaises-longues, espreguiçadeiras, divãs, banquinhos de tasca e afins.



Mies van der Rohe
 
terça-feira, agosto 14, 2007
 



Ava Gardner (1922-1990)

Em tempos chamaram-lhe o mais belo animal do mundo...

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  E que viagens simpáticas podem ser!

Look!

(dou este link porque sou boa rapariga às vezes)


Apetece começar a voar em pensamento,
voemos,





vá lá, descolem! :)
 
  Boas viagens

Ano após ano não deixo de me surpreender e chocar com a quantidade de acidentes rodoviários que com uma regularidade quase matemática acontecem nos meses de Verão e em épocas festivas e tradicionalmente associadas ao encontro com a família e amigos. Impressionante...
 
segunda-feira, agosto 13, 2007
 



Bonnie and Clyde, 1967
Faye Dunaway (n.1941) e Warren Beatty (n.1937)

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  II

Quando tens que emitir um juízo sobre um qualquer assunto, não poderás admitir os factos sem que deles haja uma testemunha, e a testemunha não tem validade se não houver um juramento; darás a palavra às duas partes, farás um intervalo, não as ouvirás uma vez apenas (a verdade manifesta-se àquele que mais vezes a toma em mãos): e condenas prontamente um amigo? Ficas irado antes de o ouvir, antes de interrogares, antes de permitires-lhe conhecer o acusador ou o crime? De facto, já terás ouvido as duas partes? Aquele que fez a denúncia calar-se-á, se tiver que apresentar provas: «Não é necessário expores-me», dirá ele, «Se revelares o meu nome, negarei tudo; nunca mais te direi nada.» Ao mesmo tempo, ele instiga e furta-se à confrontação e ao debate. Não querer falar senão em segredo é quase o mesmo que nada dizer: o que poderá ser mais perverso do que confiar numa denúncia feita em segredo e irar-se publicamente?


Séneca - Roma Antiga (4-65)
Filósofo, Escritor

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Olivia de Havilland (n.1916) e Errol Flynn (1909-1959)

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  I

O melhor remédio para a ira é fazer uma pausa. Pede-a não para perdoares, mas para reflectires: os primeiros impulsos da ira são os mais graves; ela desaparece se tiver que esperar. Não tentes afastá-la por inteiro: conseguirás vencê-la por completo se a arrancares por partes.
Entre os actos que nos ofendem, uns são-nos narrados, outros são vistos ou ouvidos por nós mesmos. Não devemos acreditar prontamente naqueles que nos são narrados: muitos homens mentem para enganar, outros tantos mentem porque foram enganados; outros ganham favores com incriminações e inventam uma ofensa para se mostrarem indignados; outro é um homem maldoso e quer destruir amizades sólidas; outro não merece confiança e gosta de observar ao longe e em segurança as desavenças que cria.


Séneca - Roma Antiga (4-65)
Filósofo, Escritor


(continua...)

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domingo, agosto 12, 2007
 



Elisabeth Taylor e Richard Burton

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Natalie Wood e James Dean

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As noites sem sono e as férias aí aí são razões suficientes - chamemos-lhes pretextos, vá lá - para a proficuidade deste blog nos dias últimos (últimos?), últimos dias, pronto.

E tanto glamour fará o incauto leitor - ou deverei dizer observador? - perguntar-se se E Deus criou a mulher mudou de endereço.

Não. Eles continuam , contemplativos e absortos até doer. Nós aqui também somos contemplativas (entenda-se o plural como referência a vague e à sua criadora) e absortas mas a nossa linha de investigação é outra.

Na verdade, procurar as fotos, lembrar-me dos actores, dos filmes, envolve-me de tal forma que me esqueço das horas sendo literalmente agarrada pela beleza e por um certo conceito de imortalidade e liberdade da arte.

Continuo a ter várias em rascunho, prontas para incendiar o écran do computador ao rastilho da intuição com que as ajusto na sucessão de si mesmas, ligada que está ao fio condutor da memória.

Revisito assim a imortalidade e acabo sempre por aprender alguma coisa nova sobre os actores, as actrizes e os filmes que os fixaram na nossa memória.

E não imaginam como relaxam estas viagens à volta de mim e do mundo, de olhos bem abertos.
 
 



Maureen O'Hara e Tyrone Power

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"Beauty, to me, is about being comfortable in your own skin. That, or a kick-ass red lipstick."

Gwyneth Paltrow


 
 

"Não era a minha alma que eu queria ter.
Esta alma já feita, com seu toque de sofrimento
e de resignação, sem pureza nem afoiteza.
Queria ter uma alma nova.
Decidida, capaz de tudo ousar.
Nunca esta que tanto conheço, compassiva,
torturada, de trazer por casa.
A alma que eu queria e devia ter...
Era uma alma asselvajada, impoluta,
nova, nova, nova, nova!"

Irene Lisboa

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Jeanne Moreau e Jean Gabin

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"I was never a member of the feminine club. I never knew what other girls were talking about."

Katherine Hepburn

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Monica Vitti e Alberto Sordi

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There are three people in a Hollywood marriage: the husband, the wife - and everyone else

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Silvana Mangano e Vittorio Gassman.

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"Nothing makes a woman more beautiful than the belief that she is beautiful."


“Being beautiful can never hurt, but you have to have more. You have to sparkle, you have to be fun, you have to make your brain work if you have one.”


Sophia Loren

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Gina Lollobrígida e Silvana Mangano

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B.B.

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Marilyn Monroe e Arthur Miller

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Ingrid Bergman

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"O sentimento do irreparável gelou-me de novo. E eu compreendi que não podia suportar a ideia de nunca mais escutar esse riso. Ele era, para mim, como uma flor no deserto.
Se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Corremos o risco de chorar um pouco, quando nos deixamos cativar."

Antoine de Saint-Exupéry

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Vivien Leigh e Laurence Olivier

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Any girl can be glamorous. All she has to do is stand still and look stupid.

Hedy Lamarr

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Ingrid Bergman

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Joan Crawford

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Giulietta Masina, 1957

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O que é que faz durar o amor?

Quantos destes casais do cinema

(os casais reais, não os actores que profisionalmente enchiam o écran com a sua química)

........duraram?
 
 



Janet Leigh e Tony curtis

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Catherine Deneuve e Roger Vadim
 
 



Sophia Loren e Carlo Ponti
 
 



Romy Schneider e Alain Delon
 
  Another thing completely new

Imagino que muitos blogs falem hoje do centenário do nascimento de Miguel Torga, esse grande malandro. Nada li dele, nada, mentira_______________li os poemas, muitos e muito belos, alguns de uma candura quase juvenil. A idade das pessoas está na cabeça, não é?
...?

Pactuo com o mundo e ofereço (me) um belíssimo poema de Torga,

imaginando-lhe
a


"Súplica

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada."

Miguel Torga
 
 



Audrey Hepburn e Mel Ferrer
 
  "É tudo quanto tenho"

Quem disse isto? José Régio?

"demais ou muito pouco, que é tudo quanto tenho"


Confesso. Estou a ficar farta de tanto silêncio tanta imagem tanto glamour tanta beleza ausência

..................................................................mas

por isso

vou continuar a colocar aqui os rostos do cinema e dos sonhos que duram para sempre.

Até me cansar de vez.
 
sábado, agosto 11, 2007
 




Sophia Loren,
Calendario Pirelli, 2007
 
Sur la marée haute je suis montée la tête est pleine mais le coeur n'a pas assez. Lhasa de Sela


mareehaute.is.vague@gmail.com

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