ccccff
La marée haute
quinta-feira, maio 31, 2007
 



Joan Miro
 
 

Andava eu na faculdade quando cometi uma gaffe particularmente inventiva.
De tal modo o achava parecido com uma colega minha e tendo-a ouvido falar no avô, cruzei a informação dentro da minha cabeça, com algum fio solto algures e tentei convencer um senhor que ia comigo no comboio que ele era avô da minha colega.

- Ando com a sua neta na faculdade!
- Ah mas eu não tenho netos...
- Então não tem? A S. é sua neta!
- Olhe que não (piscar de olho)
- A S. não é sua neta?
- Não.
- Mas é tão parecida consigo...!
- Pois mas eu não tenho netos.
- Olhe pois eu juraria que...

Não insisti. Ele devia saber...acho.
Ainda hoje nos cumprimentamos, eu e o tal senhor avô. A minha colega? Nunca mais soube dela.

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Canto o teu nome como o homem fazia eclodir
o fogo do atrito das pedras
Canto o teu nome como o feiticeiro invoca
a magia do remédio


Ana Hatherly

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terça-feira, maio 29, 2007
  APADEDICA

Em Maio de 2006 APAPEDICA reabriu a sua sede. Um ano depois convocam-se os associados para uma nova reunião; a do ano passado teve fraca afluência: muitos dos nossos associados esqueceram-se do dia, uns quantos enganaram-se na porta e meia dúzia deles tinha consulta marcada no dentista.

Ordem de trabalhos

Ponto um: rever o projecto de estatuto da APADEDICA.

Ponto dois: decidir quanto à expulsão dos associados que o ano passado compareceram no dia, hora e local indicado na convocatória.



Esqueci-me de alguma coisa?

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segunda-feira, maio 28, 2007
  Ana Hatherly

Canto-te para que tu definitivamente
existas
Canto o teu nome porque só as coisas cantadas
realmente são e só o nome pronunciado inicia
a mágica corrente


Ana Hatherly

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Tamara de Lempicka

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domingo, maio 27, 2007
  Luiza Neto Jorge

É a altura de escrever sobre a espera. A espera tem unhas de fome, bico
calado, pernas para que as quer. Senta-se de frente e de lado em qualquer
assento. Descai com o sono a cabeça de animal exótico enquanto os olhos se
fixam sobre a ponta do meu pé e principiam um movimento de rotação em
volta de mim em volta de mim de ti.

Nunca te conheci - assim explico o teu desaparecimento. Ou antes:
separei-me de ti no solstício de um verão ultrapassado. As mulheres viajavam
pela cidade completamente nuas de corpo e espírito. Os homens mordiam-
-se com cio. Imperturbável pertenceste-me. Assim nos separámos.

Não calhasse morrer um de nós primeiro que o outro porque ambos ao
mesmo tempo será impossível enquanto não houver relógios que meçam
este tempo e as horas fielmente se adiantarem e atrasarem.

Alguma vez pretendi dizer-te o que quer que fosse? Falava por paixão
por tibieza por desgosto por claridade por frio por cansaço

nunca por pretender dizer o que quer que fosse.

Não me desculpo. Se já me cai o cabelo se já não sinto os ombros é
porque o amor é difícil ou a minha cabeça uma pedra escura que carrego
sobre o corpo a horas e desoras ostentando-a como objecto público sagrado
purulento. O odor que as pedras têm quando corpos. O apocalipse de tudo
quando amamos. O nosso sangue em pó tornado entornado.



Luiza Neto Jorge

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  Um mapa: Lisboa, Ota, Alcochete


.......

















(Enviado por mail - clique para aumentar)
 
  aeroplanar

Valorize os seus terrenos! Defenda o aeroporto na Ota.
 
  Negligência médica? negligência humana?

Eu vi a Rute uma vez ou duas. Era uma miúda feliz e alegre, com muita pedalada para viver. E era ela que dizia uma frase estranha, lida à distância e passados 7 anos da sua ida para algum lado. "Só se vive uma vez e se a vida for bem vivida uma vez basta".
Irónico, não?
Pois bem, um dia decidiu que queria sentir-se melhor com o seu corpo e, depois das consultas habituais e marcada a lipoaspiração, dirige-se nesse dia à clínica, sozinha, estaciona o carro e entra.

Assisti a uma das sessões do julgamento em primeira instância. Entre os amigos da Rute circulava o que tinham ouvido nos corredores do hospital, em surdina: que tinha havido um erro na administração da anestesia e que depois de constatado o erro, não se procedeu em consequência com a urgência e diligência que o caso impunha.

O médico, José Mendia, vinha cá fora de vez em quando, entenda-se, aos corredores do Palácio da Justiça, enquanto lá dentro as testemunhas eram ouvidas.
E se seria justo pensar que ele estaria contido e pensativo, desenganemo-nos: cá fora falava e ria como se estivesse a ser julgado pelo furto de um pacote de arroz. Independentemente da culpa que pudesse ou não ter, impunha-se respeito pela memória da miúda e pela família. Parecia que estava num café e foi isso que mais me chocou: essa falta de sensibilidade humana; com ele estava uma assistente que falava com ele e ria, atendia o telemóvel e ria, ambos muito leves e bem dispostos, como se fossem superiores a tudo aquilo, imunes e alheios, centrados na sua vidinha fútil de revistas de jet set. Que se continue a fazer justiça, agora no Supremo Tribunal, para onde, ao que consta, o médico vai recorrer.


Rapariga de 21 anos morre após anestesia
Médico do jet set (José Mendia) condenado por morte

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  ,

A literatura é essencialmente solidão. Escreve-se em solidão, lê-se em solidão e, apesar de tudo, o acto de leitura permite uma comunicação entre dois seres humanos.

Paul Auster
 
sábado, maio 26, 2007
  Ponte de Brooklyn



Considerada por muitos a ponte mais bonita do mundo, foi a primeira ponte de aço suspensa do mundo e as suas imensas torres de suporte já foram as estruturas mais altas de Nova Iorque.
Wiki
Um dia, irei.
 
  As loucuras de Brooklyn

de Paul Auster, será, estou convicta, se não me me deixar desconvictar, a próxima leitura, depois de ler Cotovia e Um bom homem é difícil de encontrar. Deixei-me levar pelas primeiras páginas do livro ali sentada num canto da Fnac e, devo dizer, não é algo que qualquer livro tenha o poder de fazer. Será talvez pela estrutura narrativa ou forma como me agarrou de início. Não desprezar a força de um bom começo. Lembram-se da primeira frase de Cem anos de solidão?
 
  Boys

Acredito que para além do meio ambiente e educação há algo de inato e não físico que distingue os homens das mulheres. Hoje por exemplo passarinhava eu na Fnac e num écran gigante um filme de acção. Barulho, violência, murros e pontapés no écran - a assistir do outro lado do corredor meia dúzia de homens completamente rendidos (não a mim mas ao filme).
Esbocei involuntariamente um sorriso ao passar (não a eles mas a estas características) sentindo a quase candura com que seguiam aquela saga.
Ok, candura é um bocado exagerado.
 
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O homem não faz poesia para sair da vida, ele faz poesia para ter coragem de viver.

Ferreira Gullar

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sexta-feira, maio 25, 2007
 




Route 66, Arizona, 1947
Andreas Feininger

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Todo poema é feito de ar
apenas:
a mão do poeta
não rasga a madeira
não fere
o metal
a pedra
não tinge de azul
os dedos
quando escreve manhã
ou brisa
ou blusa
de mulher.
O poema
é sem matéria palpável
tudo
o que há nele
é barulho
quando rumoreja
ao sopro da leitura.



Ferreira Gullar
 
 

Cada poema é único. Em cada obra está latente, com maior ou menor grau, toda a poesia. Cada leitor procura algo no poema. E não é insólito que o encontre: já o levava dentro.

Octavio Paz

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  Mulher prevenida

Se calhar vou viver para a margem sul. Não se vá dar o caso de alguém se lembrar de dinamitar a ponte e me impossibilitar de ir a Sesimbra comer um peixinho grelhado, a Porto Brandão deliciar-me com uma fondue, fazer umas caminhadas na Arrábida previamente reconfortada com uns queijinhos de Azeitão, ou admirar os golfinhos dançando no Sado.
 
  Comércio paralelo

Ou o quanto o marketing reclama para si o protagonismo no comércio de jornais e revistas, qual mercado paralelo, tal a variedade de ofertas que vêm acopladas às revistas e jornais. E compra-se a revista X ou Y porque se prefere o livro que aquela oferece ou o saco de praia que a outra traz como brinde.
Hoje é dia de comprar o Correio da Manhã cedo. Logo se vê se me interessa o filme.

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quinta-feira, maio 24, 2007
 

 
  E não compreender

Uma entrevistada do programa da BBC, Inglaterra, na Hora das Mulheres, falou sobre suas experiências como prisioneira de guerra:

- Quando uma pessoa já experimentou muitos sofrimentos, sabe apreciar as fraquezas e as boas qualidades até mesmo dos próprios inimigos. Por que deve ser nosso inimigo completamente mau, ou a vítima completamente boa? Ambos são criaturas humanas, com o que é bom e o que é mau. E creio que se apelarmos para o lado bom das pessoas teremos êxito, na maioria dos casos.

Sei o que ela quis dizer, mas está errado. Há uma hora em que se deve esquecer a própria compreensão humana e tomar um partido, mesmo errado, pela vítima, e um partido, mesmo errado, contra o inimigo. E tornar-se primário a ponto de dividir as pessoas em boas e más. A hora da sobrevivência é aquela em que a crueldade de quem é vítima é permitida, a crueldade e a revolta. E não compreender os outros é que é certo.


Clarice Lispector
A Descoberta do Mundo

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Escrever é como fazer amor.
Não te preocupes com o orgasmo, preocupa-te com o processo.


Isabel Allende
 
  o tempo que demora

umas duas três semanas

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quarta-feira, maio 23, 2007
  Tu também fazes anos, Cap? ;)

Soy hombre: duro poco
y es enorme la noche.
Pero miro hacia arriba:
las estrelas escriben.
Sin entender comprendo:
también soy escritura
y en este mismo instante
alguien me deletrea.


Octavio Paz

Parabéns para uma pessoa que sabe ser amiga, presente, discreta e...concisa! :)
Obrigada!
 
terça-feira, maio 22, 2007
 

 
  Está a falar da minha novela?

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua de mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança.

Ernest Hemingway
 
segunda-feira, maio 21, 2007
 

Deliciosa a frase de Bernard Shaw
Apaixonar-se é exagerar enormemente a diferença entre uma mulher e outra.

Mázinho o meu entre parêntesis
(Saberia ele do que falava?)

....................
 
 

quando entrei na sala donald estava sentado a uma secretária e tão absorto em documentos que senti necessidade de me fazer anunciar por uma diplomática tosse. vi-lhe o perfil a contornar a luz e a buscar-me os olhos.
entra. dormiste bem? estás com um ar tão sereno.

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  domingos (im)perfeitos

e em certas alturas, *clarice lispector, apesar da sua essência de fatalidade, ou talvez também por causa dela, comove-me e reconcilia-me um pouco mais comigo e com o mundo. esta fatalidade não tem a ver com o destino quando o destino for uma determinação pré-escrita, tem a ver com a visceralidade, o sangue, a dor, a felicidade pura. talvez nada destas coisas absolutas exista porque nada, pois não? existe em estado puro. agora não sei se vou *à descoberta do mundo, se sigo o caminho d'*a aprendizagem ou o livro dos prazeres, se sinto *a paixão segundo g.h., ou se me guio pel'*a hora da estrela neste (qual?) desconhecido e incerto caminho de regresso a casa.
e não vale pensar muito, o melhor é escrever o que não se pensa. Boa semana para todos e para mim também.

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domingo, maio 20, 2007
 



Ortwin Klipp

"Alivia a minha alma, faze com que eu sinta que Tua mão está dada à minha, faze com que eu sinta que a morte não existe porque na verdade já estamos na eternidade, faze com que eu sinta que amar é não morrer, que a entrega de si mesmo não significa a morte, faze com que eu sinta uma alegria modesta e diária, faze com que eu não Te indague demais, porque a resposta seria tão misteriosa quanto a pergunta, faze com que me lembre de que também não há explicação porque um filho quer o beijo de sua mãe e no entanto ele quer e no entanto o beijo é perfeito, faze com que eu receba o mundo sem receio, pois para esse mundo incompreensível eu fui criada e eu mesma também incompreensível, então é que há uma conexão entre esse mistério do mundo e o nosso, mas essa conexão não é clara para nós enquanto quisermos entendê-la, abençoa-me para eu viva com alegria o pão que eu como, o sono que durmo, faze com que eu tenha caridade por mim mesma, pois senão não poderei sentir que Deus me amou, faze com que eu perca o pudor de desejar que na hora de minha morte haja uma mão humana amada para apertar a minha, amém."

Clarice Lispector

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Bom, e este post é que não vai para a minha biografia (ou se calhar): vou passar a ferro meia hora e trabalhar ao de leve com uma perna às costas mais meia hora. E o sono anda arredio e eu tenho ali dois livros bonitos para ler. E ando tão preguiçosa de tudo. Tão cansada de mim.
 
  Beirut

Era uma vez um som que me começou a perseguir entrando nos meus ouvidos como lembrança de uma dor qualquer, de um suspiro ou de uma felicidade intraduzível. Descobri-lhe as origens, o nome da banda. Beirut. Ouçam.

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sábado, maio 19, 2007
 



K. Kostolny


(...) mas creio firmemente que, se há anjos-da-guarda, o meu tem asas verdes, e sabe, para consolar-me, nas horas mais amargas, os mais rudes palavrões dos sete mares.


Jorge de Sena

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  A obsessão anti-americana *

*
Outro livro de Jean François Revel a, pelo menos, ler aqui e ali ao folhear. Este tenho, não li e é um daqueles livros cujo título encerra - ou abre - a possibilidade de muitas histórias.

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  O conhecimento inútil *


Ted Goff

*
Título do livro de Jean-Fraçois Revel
, sociólogo, penso, que nesta nossa contemporaneidade e sobretudo nos modos e estilos de vida urbanos assume por natureza um carácter de reflexão.

Foca-se desde logo, segundo deduzo do que li na contracapa, a diferença essencial que pode ser feita entre conhecimento e informação.

Daqui penso que poderemos partir para a noção de conhecimento inútil.

Interessa-me muito este tema porque é de extrema pertinência e actualidade - é enorme como nunca até aqui a variedade de oferta de jornais, revistas, livros, canais de televisão e esta never ending story de informação que é a internet, com os seus blogs, esta nova arma democrática e concorrente da Comunicação Social (lembro o Paulo Querido numa intervenção recente em debate televisivo ao lançar uma leve provocação sobre a necessidade de revisão da noção de Comunicação Social ) os hipertextos, etc, etc, etc (eu não digo?)

Além de pode ajudar uma pobre alma dispersa e curiosa pela vida e com um critério elevado de qualidade e bom gosto como sou eu a je, moi, me myself and I a não se perder nos labirintos e abismos da informação, conhecimento ou conhecimento inútil :)

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sexta-feira, maio 18, 2007
  E não compreender

Uma entrevistada do programa da BBC, Inglaterra, na Hora das Mulheres, falou sobre suas experiências como prisioneira de guerra:

- Quando uma pessoa já experimentou muitos sofrimentos, sabe apreciar as fraquezas e as boas qualidades até mesmo dos próprios inimigos. Por que deve ser nosso inimigo completamente mau, ou a vítima completamente boa? Ambos são criaturas humanas, com o que é bom e o que é mau. E creio que se apelarmos para o lado bom das pessoas teremos êxito, na maioria dos casos.

Sei o que ela quis dizer, mas está errado. Há uma hora em que se deve esquecer a própria compreensão humana e tomar um partido, mesmo errado, pela vítima, e um partido, mesmo errado, contra o inimigo. E tornar-se primário a ponto de dividir as pessoas em boas e más. A hora da sobrevivência é aquela em que a crueldade de quem é vítima é permitida, a crueldade e a revolta. E não compreender os outros é que é certo.


Clarice Lispector
A Descoberta do Mundo

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(Não há dúvida: pensar me irrita, pois antes de começar a pensar eu sabia muito bem o que eu sabia.)

Clarice Lispector

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quinta-feira, maio 17, 2007
  Explicação de poesia sem ninguém pedir

Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,
mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,
atravessou minha vida,
virou só sentimento.


Adélia Prado

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quarta-feira, maio 16, 2007
  e o arroz

arroz branco, arroz negro, arroz selvagem, arroz aromático, arroz basmati, arroz especial para arroz doce, e eu que só queria arroz normal ia trazendo um de cada.
mas pera lá. ou ponho uma linha editorial a isto ou estou aqui estou ali a sair da lista dos próximos a sair em livro. ora vamos lá pôr aqui uns poemas e umas fotos para embelezar o espaço e sacudir o arroz de modo a que fique tudo bonitinho limpinho e muito clean.
 
 



Nelson Figueredo
 
  ,

A resiliência é constantemente possível (...)

A resiliência é um processo (...)

A resiliência não é um catálogo de qualidades que um indivíduo possuiria. É um processo que, do nascimento até à morte, nos liga sem cessar com o meio que nos rodeia (...)

Aqui
 
  E também

aqui.
 
  O que faz com que algumas pessoas tenham mais esta habilidade do que outras?

Na busca desta resposta, *G. A. Bonanno (2004) pesquisou sobreviventes de campos de concentração nazistas que foram capazes de se manter mentalmente saudáveis, a despeito de tudo o que viveram. Bonnano observou nessas pessoas três tipos de habilidades:

a) Habilidade de compreender os eventos que viveram, e integrar essa compreensão à sua vida como um todo

Por exemplo, se a pessoa está passando por uma situação traumática, como a vivência de ser prisioneiro num campo de concentração, passando fome, frio e maus tratos, caso veja esse sofrimento como sem sentido, ocorrendo num mundo absurdo, cruel, sofrerá muito mais e terá muito mais dificuldade de superar essa vivência traumática. Se, entretanto, essa pessoa possuir uma visão de mundo (por exemplo, um conjunto de crenças religiosas, espirituais ou filosóficas) dentro do qual esse sofrimento adquira algum sentido, ela conseguirá superar esse trauma mais facilmente.

b) A habilidade de dar sentido emocional à vida (sentir que a vida tem significado) e perceber os problemas mais como desafios do que como cargas pesadas

Não basta apenas essa visão compreensiva do mundo, é importante que ela seja realmente sentida e vivida interiormente, só assim contribuirá para a criação de resiliência.

c) A habilidade de usar os recursos de que dispõe para lidar com os problemas da vida

Ao invés de ficar na atitude de "eu não posso fazer nada porque não tenho dinheiro, ou não tenho amigos influentes, ou estudo, etc..." Ou seja, é importante que essa visão do mundo leve a pessoa a uma atitude ativa perante seu ambiente.

Ao conjunto destas três habilidades que contribuem para a criação da resiliência, Bonnano deu o nome de 'senso de coerência'.

Aplicando esse conceito à nossa vida, como está nosso 'senso de coerência' que nos faz mais 'resilientes', ou seja, mais capazes de suportar e superar as crises e adversidades da vida? Temos um conjunto de crenças religiosas, espirituais ou filosóficas que nos ajudam a compreender os fatos que vivemos? Essas crenças são realmente sentidas e vividas interiormente, ou apenas palavras ou rituais exteriores? E essas crenças nos impulsionam a melhorar, progredir, a utilizar os recursos de que dispomos para superar nossos problemas?

*Pesquisa foi publicada em 2004, no The American Psychologist, 59, 20-28, com o título "Loss, trauma, and human resilience: have we underestimated the human capacity to thrive after extremely aversive events?".

Aqui
 
  Aprendendo a resiliência

"A resiliência tem que ver com a capacidade de um indivíduo para ultrapassar os traumatismos e construir-se apesar das feridas"


A "habilidade de voltar rapidamente para o seu estado de saúde ou espírito depois de passar por doenças, dificuldades, etc. (Longman Dictionary of Contemporany English - 1995).
 
  Deliciosos jornais regionais

Veja-se a primeira página de um, que abrange os concelhos de Loures e Mafra. Só falta o ponto de exclamação e as reticências!...

.....................Ambiente quente em Fanhões
Coveiro e Presidente da Junta quase chegam a "vias de facto"
 
  Parâmetro

Deus é mais belo que eu.
E não é jovem.
Isto sim, é consolo.


Adélia Prado
 
 



Inge Morath

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terça-feira, maio 15, 2007
  Pessoal e intransmissível

A religião é tema difícil de discutir. Aliás, que há a discutir? Ou se professa uma religião ou se é ateu. Não se esgrimem argumentos que não existem e é ocioso neste campo inventar o que não existe. Uma regra de ouro é para mim incontornável: respeito pela fé (ou sua ausência) de cada um. Mesmo que não as entendamos. Sem isto o resto é nada.
 
 

 
  Pensa alto ele

Na rubrica do Jornal da Sic de nome "Nós por cá", foi apresentada a fotografia de um sinal de trânsito que tinha estes dizeres:

....................Proibido o estacionamento
excepto nos (poucos) locais onde é permitido estacionar
 
  Amber

Ouso acreditar que depois deste caso da pequena Madeleine (pois não é já um pouco nossa?...), a atenção dada à pedofilia em termos de investigação e de meios colocados à disposição para à mesma se proceder da melhor forma, será maior, mais consciente, cuidada e cuidadosa.

Não podemos ignorar que para além do desaparecimento de uma criança estavam aqui em causa as boas relações internacionais entre dois países. E talvez tenha sido importante estar em causa esse lado acessório porque, ao obrigar a uma actuação exemplar, daqui para a frente se mais algum rapto acontecer, não haverá legitimidade para poupar esforços e meios para descobrir o paradeiro de quem desapareceu.

É verdade que há todo um circo mediático à volta deste caso e eu espero que, a acontecer mais algum drama deste tipo todo o circo se monte de novo, pois creio absolutamente que a Comunicação Social tem um papel indispensável e incontornável na resolução deste tipo de casos, pelo não esquecimento que fornece aos temas que constitui em objectos. E concordo que, sim, devia existir o sistema Amber em qualquer país: de 15 em 15 minutos, as rádios deveriam emitir anúncios sobre desaparecimento de crianças e em locais públicos deviam estar afixadas as suas fotos.
O nosso confronto com a crueldade? Incómodo, pois é.
 
  Violência

Em casos extremos que infelizmente neste mundo caótico não são raros, defendo, se me deixar levar pela emoção, a pena de morte e a castração dos prevaricadores, sim!

Noutros e neste caso recente da rapariga que nasceu do lado errado do globo e por isso foi apedrejada até à morte por se ter apaixonado pelo rapaz errado;

______________defendo a ingerência da comunidade internacional nos assuntos de outros países.

Não há religiões nem tradições que tenham o direito de violar o núcleo essencial da humanidade.
 
segunda-feira, maio 14, 2007
  literalmente

Gilda: Hate is an exciting emotion...haven't you noticed? Very exciting. I hate you too Johnny. I hate you so much, I think I'm going to die from it...darling...I think I'm going to die from it.
 
  E Gilda olhou-me nos olhos






podem ficar com a realidade
esse baixo astral
em que tudo entra pelo cano
eu quero viver de verdade
eu fico com o cinema americano


Paulo Leminski

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  Desencontrários

(...)
nunca sei ao certo
se sou um menino de dúvidas
ou um homem de fé. certezas o vento leva
só dúvidas ficam de pé.


Paulo Leminski

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quarta-feira, maio 09, 2007
  Menino não entra!

Meninas, vou deixar-vos este link fechado a cadeado. E meninos, nem ousem pensar que vão a esta corrida; é só para meninas.

Mas podem ir ver-nos.

O tema respeita a todos.

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terça-feira, maio 08, 2007
  Cotovia

O Jp e a Magarça sugeriram há uns tempos a leitura de Cotovia e eu revejo-me na sua opinião de um livro muito bonito e sensível, em que sinto uma ambiência que me convida a viajar por dentro dele.
Obrigada pela sugestão, estou a gostar muito do livro :)


There is no frigate like a book
To take us lands away,
Nor any coursers like a page
Of prancing poetry.
This traverse may the poorest take
Without oppress of toll;
How frugal is the chariot
That bears a human soul!

Emily Dickinson

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  José Eduardo Agualusa

Com O vendedor de passados, José Eduardo Agualusa ganhou o XII Prémio de Fcção Estrangeira, promovido pelo jornal The Independent, que reconhece os autores e tradutores das melhores obras de ficção de língua estrangeira publicadas no país.

Além da minha insaciável curiosidade que é tão grande como a impossibilidade de a satisfazer, Agualusa tem a seu favor ter um nome de que gosto muito - o nome do meu avô:)
 
 

descobri a música que tocava baixinho como sendo a que tinha ouvido na véspera. mais uma coincidência e aquela música impossivelmente bela seria minha - nossa? - para sempre.
e depois pensei. mas que sonhos andava eu a sonhar sem chão para me suster? porque pensava de repente em donald como se ele fizesse parte da minha vida? e porque estava deitada numa cama onde nunca tinha estado e não me sentia estranha?
decidida a pôr de lado pensamentos inoportunos levantei-me e dirigi-me à sala. precisava de saber que balanço tinha sido feito do dia de ontem. depois disso pensaria em donald.

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segunda-feira, maio 07, 2007
 

 
 

Tho’ I keep searching for an answer,I never seem to find what I’m looking for
Oh lord, I pray
You give me strength to carry on,
’cos I know what it means
To walk along the lonely street of dreams

Whitesnake

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  Felizmente que

as acções de sensibilização para que alguém decida doar medula óssea estão a surtir efeito. Ouvi há pouco que Portugal é neste momento o terceiro país da União Europeia com mais dadores inscritos. O Primeiro-ministro, num gesto simbólico, e, espera-se, inspirador, igualmente se inscreveu. E afinal não custa nada ser dador de medula óssea. A informação correcta e fiável sobre o procedimento e a consciência de que um gesto tão simples pode salvar vidas, irão - quero acreditar - fazer a diferença.

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  is hurts so good

a propósito do tema do penúltimo post, lembrei-me que o lema para os adeptos de bondage light podia ser o título acima.

:)
 
domingo, maio 06, 2007
  os blooks

http://grupos.com.pt/Blogopedia/Blooks_em_Portugal
 
sábado, maio 05, 2007
  ah pois é

na auto-estrada do norte há um outdoor, vulgo cartaz, a anunciar uma sex shop algures ali perto. e nas revistas e anúncios de jornais é um ver te se avias (mas não te avies depressa demais, já agora) sobre infidelidades, fidelidades e swing, bondage e bondage light, sexo tântrico e afins. sexo, sexo em todo o lado. as pessoas precisam de ler assim tanto sobre sexo? (ok, eu sei que tenho um livro sobre sexualidade, do psicólogo Nuno Nodim, mas é para c-o-n-s-u-l-t-a!) a boa prática, a descontracção e a abertura de espírito não reinventam as formas de relacionamento?
e não me venham com desculpas; com toda a panóplia alusiva ao sexo e tanta liberalização de costumes, só não é infiel quem não quer :o)

 
  dos de máquina e dos normais

sai uma gaja de casa às 7 da manhã e já vai tarde para o seu despertador interno mas tem que fazer tempo para os cafés abrirem, lá vai ela debaixo do casaco de inverno que está um frio do caraças e vento então, qual quê, tudo fechado, dá a volta a vários quarteirões, olha com olhos de ver e vê(-se) para dentro imagina que está em terra estranha e aí vê a beleza inteira do largo da igreja, do vento a atravessar as árvores, dos raios de sol que as entreabrem, a tipa entra num café, pede o que a fome manda, 'com manteiga se faz favor' e 'diga?' quando o empregado lhe pergunta se o galão é normal ou de máquina, por zeus, haja regras! que devia ser regulamentada a diferença, explica-se vagamente: nuns sítios pede-se 'era um galão', 'normal?' e ela diz '...de máquina', 'ah, quer normal', supira-se, noutros é como no exemplo primeiramente apresentado, há alturas em que se especifica na tentativa de clarificar logo o pedido, 'um galão de máquina, sff', resposta 'mas aqui são sempre de máquina!', defendendo-se o empregado desta ignominiosa quase eventual acusação de falsificação, regras e maneiras houvesse e um galão era igual em todo o lado ou de máquina ou descafeinado e mai nada pois evitavam-se as perplexidades do costume quando ela pede o contrário 'quero um galão sem ser de máquina' e ele responde, olhnado-a espantado 'mas nós aqui só temos de máquina', 'faça com descafeinado, sff', será que nunca ninguém pede um galão descafeinado? tivesse eu uma tasca e era o simplex com um pouco de refinex, está-se mesmo a ver, ah porque eu sei tirar cafés e fazer trocos e isso sou uma rapariga muito esperta, só não sei é mexer naquelas máquinas em que basta premir um botão para tirar o café, isso não tem arte só técnica e essa técnica ainda não aprendi, e agora quando me virem espero estar bem disposta, vou dar um corte ao cabelo e nestes dias volto para casa quase arrependida

o folhetim não acabou, não

até logo :)
 
quinta-feira, maio 03, 2007
  Diz-me o que sou do que me lês

A Hipatia acerta na pedra de toque do conhecimento virtual quando questiona o que lemos dos outros naquilo que escrevem, nesta frase lapidar:

É também isso: essa coisa de, por vezes, sermos só metade ou sermos o dobro ou não sermos sequer nada.
H.

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descemos ao local da reunião, uma sala escura e aquecida onde o fumo desenhava no ar círculos enigmáticos e a rádio tocava uma música impossivelmente bela.
donald largou-me a mão e olhou-me apreensivo. quando cruzei os olhos com os dele regressei à realidade e senti o coração a bater com um compasso dorido e rápido, como se um mecanismo invisível me desse pancadas surdas no peito. de tanto bater o meu coração parou. no meio do improvável, lembrei-me do título do filme.
"boa noite, meus senhores", cumprimentei, sentindo a voz trémula mas decidida.

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quarta-feira, maio 02, 2007
 

donald pegou-me na mão transmitindo-me uma certeza: a de não estar sozinha naquela inesperada aventura. desde o acidente e o posterior desenrolar dos acontecimentos a sua crescente proximidade e rectidão de carácter tinham-no transformado aos meus olhos no mais seguro porto de abrigo.
sorri-lhe reconhecida. quando chegámos à reunião ainda vinhamos de mão dada, a mão dele agarrando a minha, abandonada, na sua pele.

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eu sabia que qualquer passo que desse em falso podia comprometer o resultado final de toda a estratégia, pelo que depois de sair do hospital restringi ao máximo as saídas à rua. sentia-me duplamente debilitada pelo acidente e pela traição posterior pelo que acertámos que o melhor seria resguardar-me até que estivesse reunida toda a documentação incriminatória evitando-se assim a possibilidade de confrontos desnecessários e perturbadores da minha paz mental e integridade física.

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  resumo do folhetim: eu se calhar não sou o tweety



atropelamentos, câmaras municipais, polícias, tudo feito para me tramar e afinal a lesada tinha sido eu e o meu carrinho. eles pensavam que se safavam por serem do poder mas eu tinha tirado a matrícula e aquele pormenor do leão adolescente perto do hospital não foi despiciendo. e além disso ainda há pessoal íntegro nos corredores do poder e outros que pareciam tão leais quando tinham oks de todo o lado, mas sozinhos, sem mais apoios que o da sua consciência, o fundamental suporte pensava eu, sozinhos valem menos que nada pois o nada é honesto e sabe o seu lugar. e eu ali toda partida por dentro mais que por fora a fingir que não era nada comigo enquanto traçava com ânimo acrescido e com o meu improvisado staff a estratégia que derrotaria não só aquela direcção mas toda a deslealdade e gente sem princípios que só me provocavam um segundo olhar do mais profundo desprezo. não estava certa a vitória apesar das provas incontestáveis a meu favor, pois eu sabia que eles tudo iriam fazer para as destruir ou desacreditar. era fundamental passar o mais despercebida possível. com um turbilhão de pensamentos a atingir-me ao mesmo tempo baixei a cabeça quando as velhas passaram na rua para que não me vissem deitada na maca do hospital a esconder-me dos olhares vingativos e conspícuos dos guardas.

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terça-feira, maio 01, 2007
 



The quiet man

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Sur la marée haute je suis montée la tête est pleine mais le coeur n'a pas assez. Lhasa de Sela


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