Sim, é possível. Magnífico, admirável e exemplar. Notável o poder individual quando se quer muito, se movem montanhas e se vai até ao fim. Comovente. Obrigada.
- Olá M., é a titi, estás boa? E esse dente já caiu? - Não, ainda está para aqui a abanar. - Então gostavas que a titi te desse um livro pelos anos, é? - Não titi! Eu já tenho muitos livros! - Então, mas... os livros é para irmos lendo. - Pois mas eu já tenho muitos! - Hum, então gostavas de quê? - Gostava de um Nenuco de aniversário e de um Nenuco picnic(?). Eu agora quero é Nenucos. - Mas tu já tens muitos bonecos também. - Então... tu perguntaste o que é que eu queria, eu disse-te e os anos são meus, titi.
- Ó mãe e agora? Tenho o dente a abanar. - Isso faz parte, M. Os dentes vão caindo, outros nascem depois. É a natureza. - Mãe, eu quero falar com a natureza!
1) Que Saramago está senil, concordo, Luís. Não é grave, pode acontecer a qualquer um. A desonestidade intelectual que ele atribui aos outros que não pensam como ele é que me parece abusiva, e digno de reparo é a natureza deste tipo de golpe publicitário, eivado das características que S. atribui a Deus. A inveja e o rancor. É assim que vejo este nobelizado escritor. Se é bom ou mau ou alguma coisa algures por aí não sei. A mim nunca me tocou particularmente e agora muito menos, em coerência comigo própria. Não proclamo isenção, já agora. Gostei de nos meus 15 anos ter lido o Memorial e há 2 aquele livro sobre o fim da morte, está ali na estante, As intermitências ou algo assim. É um autor que nunca me fez vibrar. E isso é algo de puramente pessoal, é como a química nas relações. Quero lá saber que tenha ganho o Nobel - a maior parte dos Nobeis eu certamente não li.
2) Maitê Proença - uma espécie de desilusão. Enfim, publicidade gratuita à senhora. O que reparei quando passei os olhos na diagonal nos comentários dos leitores de jornais foi a falta de civismo de muitos deles. Sim, ela esteve muito mal. Mas caramba. Tem que se pôr o pai e a mãe ao barulho? Senti ali também alguma (muita) invejinha. Afinal é uma mulher linda e esplendora nos seus 50 anos. Se estava a pedi-las? Estava. Ficava-lhe bem ter sentido de oportunidade e civismo. Mas os comentários... bom alguns são de um calibre tão boçal que definem - sem dúvida - quem os profere. Mas que interessa, são comentários anónimos, não comprometem ninguém e cumprem eventualidade uma função psico-social.
3) Gostei da forma inteligente e cordial como Cavaco Silva declinou o convite dos Gato Fedorento. Desapontar-me-ia se tivesse aceite. Como me desapontou a explicação atabalhoada sobre as escutas a Belém. Não percebi nada e neste momento tenho mais que fazer e que pensar. Sei lá, se vou comprar botas novas, se no fim de semana faz chuva ou sol, coisas assim.
4) Há pessoas que ou se amam ou se odeiam. Odiar é palavra forte, indiferença define melhor o que (não) se sente por certas pessoas.
5) O vermelho das unhas secou, tomar comprimido, dormir até de manhã, acordar repousada. Um sonho: dormir bem.
UE/Trabalho: Bruxelas dá 2 meses a Portugal para transpor integralmente lei sobre igualdade de géneros
Bruxelas, 08 Out (Lusa) - A Comissão Europeia ameaçou hoje levar Portugal ao Tribunal de Justiça europeu se, no prazo de dois meses, não for integralmente transposta para a legislação portuguesa a lei comunitária sobre igualdade entre homens e mulheres no trabalho.
Porque cada vez mais as máquinas têm de servir os humanos e não vice-versa, a última conferência do Falar Global, na Fundação Portuguesa das Comunicações, focou a crescente aproximação das tecnologias do futuro aos utilizadores.
Que nome dar ao facto de eu ter colocado no blog no dia 3 de Outubro um vídeo de Mercedes Sosa e ela ter falecido no dia seguinte, 4 de Outubro? Nem sabia sequer que ela estava doente.
[Que post esquisito este : )]
Uma breve homenagem a uma voz extraordinária. Tudo o que nos toca é de certa forma imortal.
Reorganizar o espaço mental e as prioridades - a pequeno, médio e longo prazo. Estamos tão ocupados e centrados nos nossos umbigos que nos passam ao lado os pedidos invisíveis de ajuda. E contra mim falo... Acho que a vida que escolhemos nos retira tempo livre. E será que temos medo do tempo livre? Será que temos de ocupartodo o tempo com actividades sob pena de nos sentirmos terrivelmente sós quando o carroussel do dia/semana/mês/fim de semana/férias, whatever, chega ao fim da linha?
Faz-me confusão a solidão acompanhada em que muitas pessoas vivem. Sei o que é isso, já a vivi e não quero lá voltar.
O outro lado, o da sobrevivência física, num dia agendado no calendário como o Dia mundial contra a fome... Quanto mais sabemos da vida e dos olhares dos outros, mais difícil é sermos completamente felizes.
Um dia destes, na Fnac, onde mergulho sempre com inefável prazer...(felizmente não tenho comprado nada, excepto o bilhete para o concerto do Rodrigo Leão, que me ofereci, num impulso assumido e feliz) Dizia eu que...? Num livro aberto ao acaso, surgiu esta frase 'a vida é difícil' - não sei se era livro de auto-ajuda ou não, eu corro transversalmente quase todas as secções de livros, sem grandes preconceitos de intelectualidade. E também não sei se a frase é triste ou não. A sua leitura dependerá eventualmente do modo como nos sentimos quando ela nos cerca. E eu até sou positiva, bem vistas a coisas.
E quem é que eu encontro hoje, numa fila de espera do hospital?... Esse magnífico exemplar do sexo oposto ao meu - O Rodrigo G. Carvalho. Simples, simpático, discreto e humano, sem manias. E inteligente. Tal como eu gosto :) De calças de ganga e camisa, nada ostensivo, apenas a sua presença, educação, porte e sobriedade se impunham. Um anti-vedeta. Boa!
Análises: Ai mas tinha de vir em jejum de 12 a 14 horas! Ai mas não me disseram que era tanto tempo. Pois, mas para estas é preciso. Ok, domingo a partir das 17h não como mais nada até às 7 e mal da manhã seguinte, ou seja, até me recolherem amostras para as ditas - a ver se não me esqueço de reabastecer regularmente o reservatório de energias durante o dia e até às 17 para ver se me aguento. Será que se pode beber água? Boa pergunta.
É melhor ir almoçar, que hoje já é sexta e mulher prevenida.... não acorda com fome a meio da noite :) - tem que planear as coisas com tempo!
Eu não impus quotas mas aqui quase nem seria preciso, dado o tema em causa:) De qualquer forma gosto de saber o que eles pensam e acho o tema da guerra dos sexos assaz interessante se levado como brincadeira e com alguma picardia pelo meio :) Porque também podemos falar a sério destas coisas e aí eu sou uma acérrima defensora dos direitos femininos e interessam-me as questões de género. Tenho uma pilha enorme de dossiers à minha frente, o pc bloqueia a cada meia hora e eu tenho tanto mas tanto por fazer que só me apetece voltar costas a tudo. Não desistas, oiço do outro lado da linha. Claro que não, foi um desabafo (muito sentido). E vou perseverar e tentar fazer hoje o melhor, sentindo que há alturas na vida das pessoas que são autênticos testes à sua capacidade de luta, de resiliência e de encaixe para suportar os pequenos grandes dramas misturados com alguma injustiça. E com tanto para fazer ainda arranjas tempo para vir aqui escrever? Quantas vezes já o disse, escrever é para mim respirar e o Ioga da alma. Como sabes o oxigénio é o must have da sobrevivência :)
Nem sei como começar. Perante este papel em branco estou como as mulheres perante as suas malas. Também elas não sabem nunca por onde começar. Conto uma pequena história, ocorrida no feriado do 5 de Outubro. Em Londres, a apanhar o avião de regresso, já depois de ter percebido que tinha gasto as últimas libras, apeteceu-me uma água, não viesse aquele ataque de pânico visitar-me antes do embarque e que, às vezes, requer um comprimido milagroso. Valeu, no entanto, que as máquinas anunciavam que, para além de libras, também aceitavam euros, mas desgraçadamente eu não tinha as moedas necessárias (1 e 0.50 euros). Dirigi-me a um casal que pela pinta percebi serem tugas para arranjar uma moeda de 50 cêntimos. Ele viu a sua carteira num ápice e disse: desculpe, mas não tenho. Ela disse: vou ver. E começa a meter a mão na mala. E tirou isto e mais aquilo, mas de lá saía tudo menos o que procurava. Até que, finalmente, após uma busca desesperada lá saiu daquela mala cheia de segredos a carteira milagrosa. A carteira era em si outro labirinto, com cartões, talões e o diabo a sete. Viu e disse-me: olhe, gostava muito de lhe ser útil, mas não tenho uma moeda de 50 cêntimos. Fiquei desanimado, a ansiedade crescia, mas não me fui embora, sem que antes lhe tenha agradecido tanto esforço e tanta simpatia (ele esteve com aquela cara de chateado que alguns homens sabem pôr, do género, a pensar para os seus botões, só me faltava agora este marmelo….). Mas, mal voltei costas, a mulher, não desarmando, chamou-me: Olhe, espere aí. Lembrei-me agora que ainda não vi no porta-moedas. E, após mais umas incursões da sua mão pelos fundos da mala, lá o apanhou, qual pescador nas artes da pesca, e me arranjou então os 50 cêntimos que me faltavam. Por fim, dirigi-me à máquina munido de um euro e meio e muito contente por ir arranjar a garrafinha milagrosa, mas desafortunadamente e, ao contrário do que anunciava, a máquina não aceitava a moeda de 50 cêntimos. Fiquei sem água e sem um euro que também já tinha introduzido na ranhura. A máquina falhou, mesmo em Inglaterra as máquinas às vezes falham, mas a mulher é que não. Por ser portuguesa? Ou, por usar mala?
Tenho um certo fascínio por África que deve vir desde tempos imemoriais pois não o localizo no tempo. Para mim África é imaginação, paisagens enormes, o deserto, o mar, a tranquilidade e também os relatos de familiares que lá viveram largos anos antes da Independência e que guardam desses anos algumas das melhores recordações das suas vidas.
Se ontem acordei com o rosto inchado e com dores e fui a correr ao dentista com cara de poucos amigos (afinal tinha ido lá na sexta para terminar o processo de desvitalização de um dente), hoje acordei com um inchaço, sei lá, 8 vezes pior. Quando acordei a meio da noite e sem dores, pensei: ah, afinal os medicamentos começaram a fazer efeito - afinal, nada menos que 4 tipos diferentes de comprimidos, incluindo 2 Clonix de cada vez em sos. Durou pouco o pensamento quando me defrontei com uma pessoa estranha no espelho. Não, aquela não era eu. O meu rosto parecia ter sido alvo de um combate de boxe ou de uma cirurgia plástica: inchado, deformado, parecia tudo fora do sítio, enfim era um ser alienígena que me olhava do lado de lá. E pensei, eu que sou de tão femininas vaidades, o quanto certos sinais exteriores de bem estar e feminilidade nos fazem falta quando se ausentam, mesmo que momentaneamente. E tem também a ver com a questão da identidade. Pessoal e feminina. Não saí de casa. Liguei ao médico, perguntei se era normal, disse-me que sim. Agora é esperar. E eu, que tinha a agenda da semana cheia de planos e projectos, tive que alterar tudo. Pausa forçada. E tanto comprimido faz-me sentir um bocado zombie. Como não tenho agora dores (tomei há pouco 2 Clonix) e tenho evitado o espelho, às vezes penso que está tudo normal. Mas basta olhar para ele para perspectivar as coisas: neste momento a minha identidade está meio perdida - o suficiente para me inibir de sair à rua.
Curiosamente li hoje uma reportagem do Expresso sobre o Plano de Protecção de Testemunhas onde se citava o caso de uma mulher que, vítima de várias ameaças de morte por ter presenciado um crime violento, decidiu trocar de rosto no cirurgião plástico. Por muito bonita que pudesse ter ficado (e o objectivo não era esse, era mesmo mudar de identidade) imagino, aliás, não imagino, o antes e o depois daquela mulher. Ganhou a liberdade à custa de uma parte de si. Entre o medo e a coragem optou pela vida, esqueceu as identidades físícas, imaginou que daqui a muitos anos somos todos pó conseguindo assim abstrair-se da questão da aparência (e note-se que ficou mais atraente depois da cirurgia, Biscaia Fraga dixit). Valente, é assim que a imagino.
Os Xutos & Pontapés venceram o prémio de melhor grupo português atribuído pela MTV Portugale são candidatos ao galardão europeu "Best European Act", cujo vencedor é conhecido a 05 de Novembro em Berlim.
Gosto dos Xutos há 20 anos ou mais. Tenho uma fotografia com o Zé Pedro e o Kalu, quando, em adolescente, eu e um grupo de amigas fãs, nos dirigimos aos bastidores no fim do concerto para pedir o célebre autógrafo. O Zé Pedro era - e acho que ainda hoje é - simpático, acessível e simples. O Kalu deu-me uma das baquetas da bateria, meio lascada no concerto, que está guardada algures em casa dos meus pais, com os restantes despojos da adolescência, leia-se cartazes, bilhetes e toda a tralha a que, se um dia achei que iria ter valor sentimental, hoje encaro-a como sendo apenas isso mesmo: tralha. Um dia queimo todas as minhas recordações. Para que servem afinal? Se perdemos pessoas, em termos afectivos e físicos, porque é que insistimos em guardar coisas? Coisas são prisões, são passado. Um dia hei-de chegar ao despojamento total. Insisto: não somos o que temos, somos o que damos. E sou Caranguejo e um Caranguejo, apegado às raízes como é, para dizer isto tem que ter levado alguns xutos da vida que é para aprender. Ou isso ou ter um ascendente algures entre Touro e Gémeos :)
Quis um final perfeito. Agora aprendi, por meios duros, que alguns poemas não fazem rima, e algumas histórias não têm um começo claro, meio, e fim. A vida está sobre o não saber, ter que mudar, tomando o momento e tirando o maior partido possível, sem saber o que acontecerá em seguida. Ambigüidade deliciosa.
http://pt.wikiquote.org/wiki/Gilda_Radner
Gilda Radner morreu há 20 anos, com 42 e eu conheci-a este fim de semana, à conta de um filme que inicialmente pensei que fosse o clássico de Charles Vidor, de 1946, com a fabulosa Rita Wayworth. Curiosamente Gilda Radner foi baptizada em homenagem à protagonista daquele filme, já que Gilda actriz e Gilda personagem de Vidor nasceram no mesmo ano e a mãe de Radner deve ter achado esse nome forte e bonito. Eu acho.
A minha mala é um poço sem fundo. Um buraco negro. Aliás, é quase sempre negro, que essa deve ser a cor predominante das minhas malas, tal como sapatos e botas e luvas e roupa e até enfeites, ainda que nestes últimos já não me importe de abusar da cor. Mas, tal como prometido, vou fazer uma lista desta que anda ultimamente a rodar para trás e para a frente, que não tenho grande pachorra para trocar de mala como quem troca de cuecas e fico semanas a fio com a mesma coisa a tiracolo.
Comecemos:
Caixas de óculos, que são duas, uma para os óculos de ver e outra para os óculos de sol Porta-documentos com o habitual, desde a carta de condução e os documentos do carro, até ao cartão do sindicato. Também lá costuma andar uma nota de cinquenta euros escondida, para qualquer emergência Porta-moedas, que leva mais do que só moedas; também tem notas (quando há notas) e todos os cartões que estão a uso para sacar as notas que se acabam demasiado depressa Telemóvel Outro telemóvel Chaves do carro Chaves de casa Gloss (três, de cores diferentes, obviamente) Sombra, blush e rimel Maço de cigarros de reserva Isqueiro de reserva Cigarreira Escova e pasta dos dentes Lenços de papel Mont Blanc de estimação Trident Senses (tropical mix, obviamente) Mp3 player Escova de cabelo Pensos rápidos Penso higiénico e tampão SOS Contas várias para conferir Talões vários de desconto em gasolina e/ou compras que nunca uso Pinça Mini-lanterna Máquina fotográfica (mas nem sempre; o telemóvel serve quase sempre para as pequena fotos do dia-a-dia)
E carrego com tudo, qual mula, sem sequer me lembrar de protestar. E nem pensar em ficar-me só por 10 linhas: era um insulto à minha mala, ora!
A Vague Maria quer saber o que há dentro da minha mala. Oh caraças! Nem eu sei o que vai dentro da minha mala! Mais vale ir buscá-la para fazer a lista mais logo. E talvez aproveitar para fazer uma limpeza geral àquele poço sem fundo de onde o que entra nunca mais sai, tirando quando troco de mala e começo o mesmo ciclo vicioso uma e outra vez.
... ok eu sei q e tal, tb não gosto de fórmulas para, tão pouco gosto q me orientem o pensamento mas eu acredito na frase acima, fui começando a acreditar há largos anos, aprendendo com a vida e comigo e estou cada vez mais segura d/nessa sensação. Não conheço a instituição acima, não posso dar opinião sobre ela, mas como em quase tudo na vida, gosto de retirar o que de bom traz cada momento e cada lição (já agora, não gosto nada da expressão lição de vida).
publicado por vague às 10.10.090 comments
sexta-feira, outubro 09, 2009
Magia
Ficava sempre surpreendido pela diversidade de coisas que via sair do interior da mala da Paola. Tinha sempre à mão algo que nos fazia falta, naquele pequeno escritório, recheado de papeis e inutilidades. E não eram apenas objectos tipicamente femininos, como o rimel ou baton. Percebia-se que havia na Paola um grande sentido de previdência, tão útil para todos. A Rita dizia que existia algum toque de magia, na capacidade de arrumação da nossa amiga. Eu limitava-me a sorrir, embora acreditasse na possibilidade de um dia destes, ver sair daquele "bazar" de pele castanha, um coelho ou uma pomba branca...
O Luís Eme, neste post e a propósito de nós mulheres andarmos com a casa às costas, ou algumas de nós, ou todas nós de vez em quando, pronto! disse que ia escrever sobre esse insondável mistério (a qualificação é minha) que deve constituir para um homem uma mala de mulher. E disse que lhe ia dar o nome de bazar, palavra que já reflecte o tumulto interior em que vocês homens imaginam que vivem as nossas malas (e muitas vezes imaginam bem).
Ora isto deu-me a ideia para vos lançar um repto. Gosto deste tipo de desafios de palavras e jogos de palavras e alguns dos momentos mais divertidos da blogosfera passei-os nesta interactividade de resposta aos vossos desafios e na apreciação prazerosa das respostas aos meus.
O Luís deu a deixa e o nome inventivo e eu, não sem antes me penitenciar por ter agarrado a ideia do nome, que friso, é dele, desafio-vos, homens e mulheres, gatos e cães (e toda a gente, pronto, a lei da paridade deixa-me os nervos em franja :D) a escreverem sobre o tema uma mala de mulher é um bazar.
Peço 5, 10 linhas no máximo. Acho que é um desafio giro e se o Luís Pedro Nunes tivesse blog (deve ter, eu é que não conheço), desafiava-o também porque ele esmiúça bem e com evidente prazer esta tensão latente entre o feminino e o masculino :)
Não tendo este repto o objectivo de desvendar mistérios que são como pinceladas de cor no cinzentodos dias e assim se devem manter...
.......................enviem-me para o mail do Sapo as respostas - mais que uma já é plural : )
e assim começa, com um dia a menos, mais uma semana de trabalho depois de um fim de semana em banho-maria, entre ida ao hospital para consulta e exames subsequentes obrigatórios, depois ficar em casa a descansar, deve estar tudo bem mas por precaução é melhor, mais uma ida a-ver-o-mar e os Expressos atrasados na mala onde cabe este mundo e mais que houvesse, não nos entendo a nós, mulheres, se a mala é pequena, ai que falta o verniz, lenços de papel, a agenda, o livro, a garrafa de água, o caderno de notas, e todos os essenciais que nunca chegam a fazer falta quando os levamos, se é grande, andamos ali minutos sem fim a apalpar os cantos à casa e onde é que estão as chaves, o telemóvel, a caneta, etc etc etc, ser mulher dá muuiiitooo trabalho às vezes, e eu vou cultivar o meu lado zen, mas é, que o resto da semana está com o tempo contado, boa terça-feira, quarta, quinta e - 'tá quase! sexta, ufa
Gostei de ler a entrevista que o cartoonistaAntónio deu ao Expresso de há duas ou três semanas atrás. Ando habitualmente com eles (os jornais) trocados, ou melhor intercambiados entre as semanas. Há alturas em que é sexta e eu ainda não li tudo o que gostaria de ler entre tanto caderno. E entretanto sai a última edição. Mas voltando ao António: as respostas são inteligentes e de alguém com o sentido das prioridades definido, enfim, uma delícia de ler. Culto, aberto, inteligente e sem tiques pseudo-intelectuais, parece-me, enfim, um charme de pessoa e de homem.
Não percebo nada disto das escutas e a comunicação do Presidente da República deixou-me na mesma. Sr Presidente, explique sff o que quis dizer, que eu não percebi. Obrigada.
A sondagem diz que Isaltino vai de novo vencer em Oeiras? Ou terei lido mal? Estou a um passo de não acreditar em nada.
Natureza: as catástrofes que assolaram parte do mundo nesta última semana. É de pensar o que andamos aqui a fazer e se vale a pena tanta preocupação com coisas pequenas. Quando nos confrontanos com limites, como doenças ou catástrofes, podem crer que tudo o resto se esbate no horizonte dos dias.
fim de semana, a vida é doce, amarga, doce, vou apanhar sol, vento, chuva ou apenas ouvir o mar. a vida é breve, uma serie de momentos roubados à eternidade.
Desafios, riscos, fronteiras, perigos,sensatez e liberdade
(...)Vários casos têm sido notícia no país, nos últimos anos, alguns dos quais nasceram e foram sendo alimentados pelo uso das novas tecnologias - as redes sociais, as mensagens de telemóvel...E o Guardian abordava os novos riscos destas ferramentas.
Os professores são encorajados a manter contacto com os alunos, mesmo fora da escola, usandoe-mails, SMS, salas de conversação por vezes nos próprios sites dos estabelecimentos de ensino, e as fronteiras estão a esbater-se - entre casa e escola, entre espaço público, que não escapa ao olhar de outros professores e de outros alunos, e o privado.
Nada que seja estranho também para os professores portugueses. "Os alunos colocam dúvidas por e-mail e acabam a enviar mensagens onde falam dos seus problemas pessoais, os professores sentem-se tentados a envolver-se e cria-se um espaço indefinido" que é preciso gerir cuidadosamente, diz João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores. A margem para os mal-entendidos aumenta quando a comunicação não se faz olhos nos olhos.
"Esta plataformas são excelentes ferramentas de trabalho", diz, por seu lado, José Morgado, psicólogo e professor do Instituto Superior de Psicologia Aplicada. E na sua utilização deve simplesmente imperar o bom senso.
Por detrás do computador, ou na sala de aula, um professor "que deixa confundir os atributos do seu papel está a correr riscos" e a esquecer que o que os alunos esperam de facto do professor não é que ele seja "o irmão mais velho, ou o tipo porreiro", é que seja "um professor com P grande"(...).
"O líder do CDS-PP disse, este sábado em Viseu, que vai apresentar uma proposta de alteração às leis penais na abertura do Parlamento. Paulo Portas prometeu ainda uma maior fiscalização ao Rendimento Social de Inserção".
E estou vai não vai a dizer que isto está a precisar de dar uma volta à direita. Há abusos no que ao RSI diz respeito, conheço alguns de facto - a minha geração está a pagar o RSI de quem não quer trabalhar? Fiscalize-se efectivamente e separe-se o trigo do joio. Há reais necessidades mas o crivo não é suficientemente apertado de forma a ajudar sempre quem mais precisa. Entendo que não é fácil, é certo. Mas é urgente que haja mais ordem neste país ou um dia destes acordamos e estamos na falência. O PP pode ser demagógico, pois pode e pois é, mas esse facto não retira força às propostas que se propõe apresentar.
"Tem sido assim a nossa relação com ela: aprisionámos o monstro. Amália tornou-se figura sem corpo, à mercê do imaginário colectivo. A exposição "Amália, Coração Independente" pode ser o início de uma nova relação."
Entendo, identifico-me com a forma como a jornalista do Público esgrimiu as palavras seguindo a dança do pensamento. Há pessoas que escrevem com tanta alma e facilidade que parece que as palavras se descolam do texto e ganham asas, voando em nossa direcção.
Comecei a gostar verdadeiramente da Amália aos 20 anos, depois de sentir a energia e paixão da entrega num concerto a que fui no Coliseu de Lisboa. Os meus pais e as filhas. No início torci o nariz à sugestão de irmos ao concerto familiar, no fim estava rendida sem regresso. Corria o ano de 1987 e eu não sabia nada da vida. Hoje sei menos mas sou tão feliz nesta calma certeza...
A vergonhosa "Justiça" que temos - a perseguição ao juiz Rui Teixeira
A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) "repudia" a suspensão da classificação do magistrado Rui Teixeira e declara que "os juízes perderam a confiança" no Conselho Superior da Magistratura (CSM).
(...)
A Associação Sindical dos Juízes Portugueses, presidida pelo desembargador António Martins, refere que,
"por iniciativa de três vogais eleitos pela Assembleia da República e indicados pelo PS, o Plenário do CSM avocou a classificação de serviço do juiz Rui Teixeira e deliberou, com nove votos a favor, dois votos contra e uma abstenção, suspender a decisão sobre essa classificação
enquanto estiver pendente o pedido de indemnização formulado pelo ex-ministro (socialista) Paulo Pedroso contra o Estado Português", relacionado com a sua prisão preventiva no caso Casa Pia, em que não chegou a ir a julgamento.
Pelos resultados das eleições, merecemos o governo que temos - afinal o Governo e tal e coisa, ai os impostos, os centros de saúde, as manif´s dos professores e o descontentamento geral, a arrogância do PM e da Ministra da Educação e na hora da verdade, vai a maioria votar no PS? Depois de todos estes esquemas de gato escondido com o rabo de fora, de retaliações a juízes, de manipulações aos media, de leis feitas è medida para salvar a pele dos amigos, caso Freeport e tudo o que não sabemos sobre o caso Casa Pia?
Sinal + : a Associação Sindical dos Juízes Portugueses demarcou-se, e bem, da posição do Conselho Superior de Magistratura. Isto é o que se chama dignidade.