A IBM divulgou o relatório anual «Next Five in Five», uma lista das inovações com potencial de mudança sobre a forma como as pessoas trabalharão, viverão e jogarão nos próximos cinco anos.
Porque é tão bonito. Será a afirmação anterior uma pergunta sem entoação? O YouTube tem sido uma fonte maravilhosa e contínua de descobertas.
Este compositor com nome de gato tem a seguinte entrada na wikipédia:
Nikolai Yakovlevich Myaskovsky (ru: Николай Яковлевич Мясковский, also transliterated as Miaskovskii or Miaskovsky) (April 20, 1881 – August 8, 1950) was a Russian composer. He is sometimes referred to as the "father of the Soviet symphony".
Por opção e felizmente este blog não espelha fielmente a realidade íntima da autora. Há momentos em que sou muito eu, a máscara atrás da máscara vague, sobretudo quando falo dos meus meninos e, nesse meu amor por eles, sendo imenso e incondicional, transparece a intimidade que me concedo espalhar por aqui, como rosas perfumadas acabadas de colher. O resto... o resto são olhares sobre o mundo, umas vezes factuais, outros mesclados com a imaginação e a atribuição de características que faço a determinada personagem que se cruza no meu caminho, mesmo que esse caminho seja o outro lado do passeio e o olhar não mais que um relance. A que propósito isto? Da noção de que não podemos colar o ambiente de um blog, o meu não de certeza, ao ambiente interior de uma pessoa. O blog é o blog, não é o registo da minha vida nem dos meus sentimentos.
Cuando yo llegue a vieja -si es que llego- y me mire al espejo y me cuente las arrugas como una delicada orografía de distendida piel. Cuando pueda contar las marcas que han dejado las lágrimas y las preocupaciones, y ya mi cuerpo responda despacio a mis deseos, cuando vea mi vida envuelta en venas azules, en profundas ojeras, y suelte blanca mi cabellera para dormirme temprano -como corresponde- cuando vengan mis nietos a sentarse sobre mis rodillas enmohecidas por el paso de muchos inviernos, sé que todavía mi corazón estará -rebelde- tictaqueando y las dudas y los anchos horizontes también saludarán mis mañanas.
A justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros.
Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos.
Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida? Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático? Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana? Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma. No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância. E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou? E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu? Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára? O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento. Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças , de protecções e lavagens , de corporações e famílias , de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Poupar é preciso para acautelar o futuro. Mas há aspectos contraditórias. Para já é difícil poupar numa sociedade tão agressivamente apelativa sob o ponto de vista do consumo; Depois há a teoria que hoje ouvi defendida de que fazer um plano de poupança é ilusório, patati patatá. Bom, eu pergunto se pomos o dinheiro debaixo do colchão (isto no caso de haver dinheiro, claro). Quer-se estimular o consumo e quer-se estimular a poupança! Raios levem contradições destas! Penso que temos de nos abstrair de uma certa cultura de massas consumista (tentar, tentar...) e revestirmo-nos de bom senso e organização orçamental.
Vague especialista em aconselhamentos de tipo financeiro e em todos os outros também
Viu o nome dele no telemóvel a tocar, o rosto corou-lhe discretamente.
Olá boa tarde, é da agência de viagens Socorro.estou.perdido? Não, daqui é da Capitania do Porto de Setúbal. Ah, eu pensei que era da Nasa. Isso foi ontem. Já me despedi da Nasa, diziam que eu andava sempre de cabeça no ar. E anda? Agora já não, despedi-me.
A Wook.pt, a maior livraria virtual portuguesa, coloca a partir de terça-feira (amanhã!) um milhão de livros grátis na Internet, numa iniciativa inédita de promoção da leitura, anunciou hoje a Porto Editora, proprietária desta livraria on-line.
"Nos próximos dias, livros como A Viagem do Elefante, A Vida num Sopro ou O Priorado do Cifrão estarão disponíveis a preço zero", refere a Porto Editora, num comunicado enviado à Lusa, aludindo aos mais recentes livros de José Saramago, José Rodrigues dos Santos e João Aguiar.
A campanha, que começa terça-feira, vai permitir "durante três dias, em determinadas horas, disponibilizar um milhão de livros com 100 por cento de desconto".
Para ter acesso a esta campanha é necessário estar registado na Wook.pt e, depois, ficar atento aos anúncios que assinalam o início dos denominados 'Momentos Wook'.
"Os primeiros mil clientes que tiverem a sorte de encontrar um dos seus livros preferidos com 100 por cento de desconto, e rapidamente confirmarem a encomenda, serão os felizardos", salienta a Porto Editora.
São mais de dez milhões de imagens, algumas delas documentos históricos da maior importância, que a partir de agora estarão à distância de um clique.
O Google e a 'Life' acabam de estabelecer um acordo de parceria que tem como principal objectivo colocar online mais de dez milhões de fotografias até agora fechadas a sete chaves nos arquivos da prestigiada revista norte-americana.
Muitas destas imagens, captadas por conceituados fotógrafos tais como Gordon Parks, Margaret Bourke-White e Dorothea Lange, ilustram momentos que ficaram para a história do século XX.
Para já, apenas 20% das fotos estão digitalizadas, sendo pesquisáveis por palavra-chave através do motor de pesquisa de imagens do Google (ver link no final deste artigo), mas nos próximos meses muitas outras ficarão online.
Esta parceria é em tudo idêntica àquela que desde Janeiro permite ao popular site de partilha de imagens, 'Flickr', disponibilizar milhares de imagens da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.
Quem sai a ganhar são seguramente os cibernautas que têm, assim, à distância de um clique, algumas das mais relevantes imagens do século passado.
Fontes da revista 'Life' garantem que cerca de 97% das imagens que serão colocadas online nunca foram publicadas.
"Alone Again Or" is a song originally recorded in 1967 by Love, the psychedelic folk-rock baroque-pop band from Los Angeles, USA. It was written by band member Bryan MacLean.
It was the opening track on the classic album Forever Changes, and was also released as a single in the USA, UK, Australia, France and Holland.[1] Love's version ranked #436 on Rolling Stone's list of the 500 Greatest Songs of All Time.
Versions have subsequently been recorded by an eclectic variety of bands and singers including The Damned (1987), UFO (1977), Sarah Brightman (1990), The Boo Radleys (1991), Chris Pérez Band (1999), Calexico (2004), Matthew Sweet and Susanna Hoffs (2006), Les Fradkin (2007). Two demo versions by MacLean himself were released in 1997 on his album Ifyoubelievein.
hoje ouvi aqui pela primeira vez uma canção que, desde o primeiro play me chamou e eu deixei-me levar com ela no ouvido em replay. achei-a actual e achei-a diferente, com uma mistura tão cativante que fui investigar. descobri que tem a minha idade e que é mais uma das estrelas do ano.
Levanta-te contra a discriminação das doenças mentais. publicado por vague às 19.11.084 comments
Sentir
Pela segunda vez, deixo neste blog uma música que revolve as entranhas.
Dramática? eu? : )
...mas oiçam o refrão e digam-me se a conjugação de opostos, a voz de Mariza, a entoação, o sentimento não vos descompôem um bocadinho que seja.
(Boss Ac) Não me resta nada, sinto não ter forças para lutar É como morrer de sede no meio do mar e afogar Sinto-me isolado com tanta gente à minha volta Vocês não ouvem o grito da minha revolta Choro a rir, isto é mais forte do que pensei Por dentro sou um mendigo que aparenta ser um rei Não sei do que fujo, a esperança pouca me resta É triste ser tão novo e já achar que a vida não presta As pernas tremem, o tempo passa, sinto cansaço O vento sopra, ao espelho vejo o fracasso O dia amanhece, algo me diz para ter cuidado Vagueio sem destino nem sei se estou acordado O sorriso escasseia, hoje a tristeza é rainha Não sei se a alma existe mas sei que alguém feriu a minha Às vezes penso se algum dia serei feliz Enquanto oiço uma voz dentro de mim que diz…
(Mariza) Chorei, Mas não sei se alguém me ouviu Então sei se quem me viu Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde Vou ser forte e vou-me erguer E ter coragem de querer Não ceder, nem desistir eu prometo Busquei Nas palavras o conforto Dancei no silêncio morto E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde Vou ser forte e vou-me erguer E ter coragem de querer Não ceder, nem desistir eu prometo
(Boss Ac) Não há dia que não pergunte a Deus porque nasci Eu não pedi, alguém me diga o que faço aqui Se dependesse de mim teria ficado onde estava Onde não pensava, não existia e não chorava Sou prisioneiro de mim próprio, o meu pior inimigo Às vezes penso que passo tempo demais comigo Olho para os lados, não vejo ninguém para me ajudar Um ombro para me apoiar, um sorriso para me animar Quem sou eu? Para onde vou? De onde vim? Alguém me diga, porque, me sinto assim? Sinto que a culpa é minha mas não sei bem porquê Sinto lágrimas nos meus olhos mas ninguém as vê Estou farto de mim, farto daquilo que sou, farto daquilo que penso Mostrem-me a saída deste abismo imenso Pergunto-me se algum dia serei feliz Enquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz…
(Mariza) Chorei Mas não sei se alguém me ouviu E não sei se quem me viu Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde Vou ser forte e vou-me erguer E ter coragem de querer Não ceder, nem desistir eu prometo... Busquei, Nas palavras o conforto Dancei no silêncio morto E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde Vou ser forte e vou-me erguer E ter coragem de querer Não ceder, nem desistir eu prometo..
O poema que deixo hoje vai com dedicatória à Maria Árvore, que hoje é muito, muito bébé! :)
que o meu coração esteja sempre aberto às pequenas aves que são os segredos da vida o que quer que cantem é melhor do que conhecer e se os homens não as ouvem estão velhos
que o meu pensamento caminhe pelo faminto e destemido e sedento e servil e mesmo que seja domingo que eu me engane pois sempre que os homens têm razão não são jovens
e que eu não faça nada de útil e te ame muito mais do que verdadeiramente nunca houve ninguém tão louco que não conseguisse chamar a si todo o céu com um sorriso
Os troncos das árvores doem-me como se fossem os meus ombros Doem-me as ondas do mar como gargantas de cristal Dói-me o luar como um pano branco que se rasga.
"Lux Aeterna" is a composition by Clint Mansell, the theme song and leitmotif of Requiem for a Dream, and the penultimate piece in the Requiem for a Dream score. The popularity of this piece led to its use in popular culture outside the film, mostly in film trailers.
Lux Aeterna" has since become popular, with both the original and the orchestration having appeared in a wide variety of commercials and trailers, including the trailer for the Red Sox-Yankee games in the 2007 baseball season, and trailers for the films Zathura, The Da Vinci Code, Sunshine, Babylon A.D. and the TV series Lost. It is also used on Sky Sports News and as the theme for Soccer Saturday.
Clint Mansell is a Golden Globe-nominated musician and composer and former lead singer and guitarist of Pop Will Eat Itself.
Despite critical acclaim, Mansell's score for π went widely unnoticed by the general public. However, the soundtrack release, placing Mansell's work alongside tracks from Autechre, Aphex Twin, Orbital and Roni Size, did win many fans from the IDM and electronica communities.
Mansell's score for π was followed up by his score for Aronofsky's next film, Requiem for a Dream (see Requiem for a Dream (soundtrack)), and the score became a cult hit.
____mas AC/DC e barulhos afins, por muita bons que sejam, têm dias, oh se têm. este fim de semana quer-se calmo e retemperador, introspectivo qb. se soubesse que dormindo o fim de semana inteiro, acordaria fresca e com as baterias completamente recarregadas na segunda, eu não me chame vague maria se não ia já ali à farmácia buscar uns comprimidinhos mágicos de dormir dois dias e duas noites e acordar princesa enérgica e poderosa (e já agora, vestida, maquilhada e a sorrir)
Para a geração inquieta que nasceu em fins dos anos 60 :)
Depois desta mítica canção, a marca forte dos AC/DC que preenche o meu imaginário juvenil, they are back. Se Back in black foi lançada nos anos 80 e eu gostava, como é que me posso hoje admirar que miúdas de 12 anos tenham opiniões fortes? :)
Parecem-me em muito boa forma! It rocks!
publicado por vague às 14.11.082 comments
quinta-feira, novembro 13, 2008
Ainda te falta dizer isto: que nem tudo o que veio chegou por acaso. Que há flores que de ti dependem, que foste tu que deixaste algumas lâmpadas acesas. Que há na brancura do papel alguns sinais de tinta indecifráveis. E que esse é apenas um dos capítulos do livro em que tudo se lê e nada está escrito.
Com a devida vénia à Isabel Freire, do Sexualidade Feminina, reproduzo um post seu, pelo interesse e atenção que o tema merece aos que se interessam pelas questões dos afectos e da sexualidade, como partes fundamentais da saúde de um ser humano que se deseja completo e na perspectiva da reflexão sobre a vivência desses afectos e dessa sexualidade numa sociedade tão consumista e efémera como a actual - características que acabam por moldar muitos tipos de relacionamentos. Muito interessante!
Na quinta-feira, dia 13 de Novembro, e na sexta, 14 de Novembro, entre as 10h e as 18h, no Pequeno Auditório da Culturgest, terá lugar a conferência subordinada ao tema "As Regras da Atracção" , comissariada por Rui Trindade. O propósito central desta conferência é o de equacionar as múltiplas variáveis que hoje afectam o domínio das relações nas sociedades avançadas contemporâneas. Com quatro sessões: "O Sexo na Cidade", "Novas Atracções", "Emoções e Afectos" e "Sex Toys", esta conferência retrata as repercussões de uma mudança de paradigma: a passagem da sexualidade de algo interdito para algo aceite e da sexualização como componente cultural, sob variados pontos de vista. A entrada é gratuita mediante o levantamento de senha de acesso 30 min. antes de cada sessão, no limite dos lugares disponíveis.
QUI 13 Nov sessão 1 O Sexo na Cidade 10h00 – 11h00 Fiona Attwood, Universidade Sheffield (UK) 11h30 – 13h00 Helen Fisher, Dep. Antropologia Universidade de Rutgers (EUA) sessão 2 Novas Atracções 15h00 – 16h00 Ana Carvalheira, ISPA (Portugal) 16h30 – 18h00 Bernardo Coelho, ISCTE (Portugal)
SEX 14 NOV sessão 3 Emoções e Afectos 10h00 – 11h00 Stuart Walton, Ensaísta (UK) 11h30 – 13h00 Anália Torres, ISCTE (Portugal) sessão 4 Sex Toys 15h00 – 16h00 João Oliveira, ISCTE (Portugal) 16h30 – 18h00 Baptiste Coulmont, Université Paris 8 (França)
Num tempo em que os interditos sexuais parecem ter-se desagregado, permitindo todo o tipo de conjugações, em que os géneros reclamam para si estatutos específicos e as sociedades, de um modo geral, incorporaram nas suas estratégias colectivas atitudes e comportamentos que de periféricos – num passado recente – migraram para o mainstream cultural de forma ostensiva e permanente, importa interrogar, de forma aberta, transversal e descomprometida as razões de tal evolução. No entanto, dado o conjunto de variáveis em jogo, muitas vezes aparentemente contraditórias entre si, o propósito desta conferência só pode ser o de tentar fazer um ponto da situação, acolhendo olhares diversos sobre o tema, a partir de uma premissa: trata-se de reflectir, com base nos conhecimentos mais recentes, sobre os comportamentos contemporâneos ligados aos afectos, às emoções, à sexualidade, às relações.
Se é certo que a liberdade amorosa parece hoje um dado adquirido nas nossas sociedades, a verdade é que estas, cada vez mais altamente voláteis na sua vertigem de mudança, alteraram para sempre a consciência do tempo e, sobretudo, o da antiga e codificada longa duração relacional.
Alimentando sem cesso o culto da sedução e do narcisismo individual, estas sociedades fragmentaram sentimentos e afectos, redesenharam contextos familiares novos e criaram, de certa forma, também, paradoxalmente, a figura do desamparo naqueles que, perdidas as sólidas referências dos valores instituídos, se vêm hoje constrangidos a «construir a sua própria narrativa», como escreve Alain Ehrenberg em La Fatigue d' Être Soi. Ora nem todos conseguem re-inventar-se ou projectar-se numa nova narrativa, colapsando emocionalmente numa deriva sem fim, em busca de uma re-ligação afectiva, erótica e sentimental.
Da aventura da ministra Lulu por terras de Fafe, sobra a convicção da autora destas linhas da existência de um ratinho no estômago da jornalista.
(nham nham)
Com palavras de ordem e ovos, os protestantes nem deixaram a ministra pôr o pé fora do carro (...). Os alunos aproximaram-se rapidamente da viatura oficial, alguns atirando ovos (...) há a registar a identificação de alguns alunos e a apreensão de algumas caixas de ovos (...)
perguntava eu ao simpático empregado do metro qual a direcção que deveria tomar para ir para ir para determinado sítio. ainda não me habituei às novas linhas do metro e menos ainda aos cartões recarregáveis que de vez em quando ficam ilegíveis e lá ando eu, olhe se faz favor, podia-me ajudar? com o meu melhor sorriso (genuíno, ok?) :)
e explicava-me ele. vai sempre em frente e depois volta à esquerda assim que puder - não há que enganar, é sempre em frente até bater na parede!
O texto que se segue é notável. Todos os excertos que até agora li deste livro, são tão convincentes, reais ou bem argumentados, que me rendo a uma cabeça tão bem estruturada. Espreito o Citador no intervalo da biografia de uma mulher extraordinária: Oprah Winfrey. Mas é sempre o meu caminho que procuro.
Ninguém avança pela vida em linha recta. Muitas vezes, não paramos nas estações indicadas no horário. Por vezes, saímos dos trilhos. Por vezes, perdemo-nos, ou levantamos voo e desaparecemos como pó. As viagens mais incríveis fazem-se às vezes sem se sair do mesmo lugar. No espaço de alguns minutos, certos indivíduos vivem aquilo que um mortal comum levaria toda a sua vida a viver. Alguns gastam um sem número de vidas no decurso da sua estadia cá em baixo. Alguns crescem como cogumelos, enquanto outros ficam inelutávelmente para trás, atolados no caminho. Aquilo que, momento a momento, se passa na vida de um homem é para sempre insondável. É absolutamente impossível que alguém conte a história toda, por muito limitado que seja o fragmento da nossa vida que decidamos tratar.
sister, considero-me uma razoável lutadora (não me fica bem dizer bem de mim mesma como não me fica bem ter falsas modéstias) mas às vezes há vezes em que tudo o que me apetece é deitar-me no colo de Deus e deixar-me estar ali para sempre. depois penso em vocês, penso a seguir na veia teatral que me atribuis e desembacio o olhar concentrando-se nesta coisa cá dentro muito perceptível e direita, a fé que nesse dia está arrumadinha bem lá em baixo...então solto a gargalhada, ponho o batom vermelho e expulso a amargura. é mais forte que eu a vontade de eu ser maior que eu! e tu também sabes e melhor que ninguém, gémea minha, os agradecimentos que devo à vida. mas às vezes, ai tão às vezes...
seis da manhã e eu cansada e sem sono há quase uma hora. hoje promete ser um daqueles dias ao contrário em que o sono, espantado de madrugada, regressa mal o último talher do almoço se pousa no prato, a antever uma impossível sesta que, brincalhona, se ausenta aos fins de semana para parte incerta.
Possas tu sempre ser Um Homem Novo, sem preconceitos, Possas saber amar, Ver no espelho os teus próprios defeitos.
Possas tu ter os ombros fortes Para aguentar o peso da liberdade E o coração de leão Para não teres medo de encarar a verdade.
Deixa-as viver, meu irmão... Fá-las brilhar, meu irmão... Ainda há estrelas no teu olhar.
1977, letra e música de Jorge Palma
Porque sabe escrever canções de inteireza e verdade que uma pessoa sempre se comove. Esta pessoa daqui deste lado, pelo menos. Ah!...
publicado por vague às 5.11.085 comments
terça-feira, novembro 04, 2008
Dead Combo - Cuba 1970
Esta sonoridade é incrível. Oiçam bem:
Sinto-me inusitadamente cansada e lenta. Apetece-me voar! mas não sei se consigo. enfim.
Caros colegas, o desafio está lançado. Deixo para conversas mais privadas eventuais desenvolvimentos. Está tudo em aberto - até a não concretização do desafio. E porque lhe chamei desafio? Em primeiro lugar, porque, quando se está deste lado - ou desse -, nas caseiras pantufas do conforto, o acto de atravessar o écran envolve alguma coragem e despreendimento. Em segundo lugar, é um desafio porque implica quase sempre alguma desconstrução do outro aos nossos olhos e uma desconstrução de nós próprios aos olhos alheios. E de coisa tão simples se fez tratado existencial! É mais forte q eu.
Gracias aos que responderam ou vierem a responder ao desafio. :)
"Electrodos implantados no cérebro revertem paralisia"
Ana G., obrigada por nos trazer estas notícias, que um dia foram apenas sonhos, mas que tanta força tinham - e têm - que hoje quase dobram o Cabo da Boa Esperança - ou das Tormentas. Bem hajam todos os que ajudam a dar vida aos gestos perdidos no esquecimento das células que desconectaram. Um sinal de cada vez maior esperança que sempre me comove!
Um almoço, um jantar, um sítio a meio caminho, that goes to somewhere or nowhere, neste tempo frio que deseja paz e abertura de espírito, cruzar o virtual com o real. O meu desafio é pois este: um encontro entre aqueles de nós que desejam conhecer ao vivo alguns outros de nós. Um almoço de amigos virtuais, um paradoxo! Mesmo assim ou por isso mesmo me apetece. Quem me acompanha na vontade?
Maritta Haggenmacher, After dinner
Introduz-se nota after post: o desafio não é apenas o de cruzar virtualidades, é de cruzar virtualidades e materialidades eventualmente já existentes; o desafio é cruzar palavras e textos com as mãos e os olhos que lhes deram vida. E o que está na base tal como a entendo é a vontade sincera de estar aberto ao outro. Alguns de nós já se conhecem fisicamente, outros não. Sou por natureza avessa a grupinhos e outras manifestações tribalistas pelo que quem vier por bem, vem...bem :) E talvez me convença a aparecer. Ó deuses da contradição! Às vezes sou tão bicho-do-mato!