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La marée haute
quarta-feira, janeiro 31, 2007
 



Su Yue Lee
 
  ,

Ondulando, os pinhais
quiseram ser o mar.
Murmurando, quiseram ser
o vento. Mas somente
no meu ouvido eram vento,
nos meus olhos mar.


Fiama Hasse Pais Brandão
As Fábulas
 
  Caminhos



Ewing Galloway


Disse o poeta: O céu sobre mim e o caminho a meus pés.
 
terça-feira, janeiro 30, 2007
  Os sinais do se

O que nos chama para dentro de nós mesmos
é uma vaga de luz, um pavio, uma sombra incerta.
Qualquer coisa que nos muda a escala do olhar
e nos torna piedosos, como quem já tem fé.
Nós que tivemos a vagarosa alegria repartida
pelo movimento, pela forma, pelo nome,
voltamos ao zero irradiante, ao ver
o que foi grande, o que foi pequeno, aliás
o que não tem tamanho, mas está agora
engrandecido dentro do novo olhar.


Fiama Hasse Pais Brandão


No limite, far-se-ia tudo pelo outro. Mas só no limite, quando - tarde demais - os sinais estão há muito ultrapassados pelos acontecimentos. Porque é que ele/ela não me disse nada?, e esquece-se o que não se quis ver. O tímido pedido de atenção, um olhar perdido, um está tudo bem a esconder o óbvio. E às vezes o precipício ali ao lado. Se ele/ela me tivesse dito...
 
domingo, janeiro 28, 2007
  Ia de boa vontade ...



Hiawatha, 1952

se não estivesse um bocadinho atrasada.
 
  História do quotidiano*

Ele amou aquela mulher porque ela tinha um riso fresco, uma contagiante alegria de viver, e sobretudo não era quotidiana. Mas depois de casar exerceu sobre ela um longo trabalho de domesticação, porque inconscientemente não podia aceitar que uma mulher casada não fosse igual a determinada imagem que se impunha. Forçou, lutou e aos poucos, recalcitante, ela foi cedendo. Qunado a viu o dia inteiro ocupada na casa, banal, cinzenta, áspera e um pouco gorda, deixou-a entregue aos afazeres domésticos e foi procurar outra mulher que tinha um riso fresco, uma contagiante alegria de viver, e sobretudo não era quotidiana.

*Teolinda Gersão
 
sábado, janeiro 27, 2007
  ,

São outras as paisagens quando alguém
as vê pelas janelas do seu próprio coração ou quando
com esse coração
a própria estrada está comprometida.



Luis Miguel Nava
 
  Marnie



Sean Connery e Tippi Hedren en Marnie

Quando Marnie, mergulhada em dor e compaixão, abateu Fiori, o seu cavalo ferido, para o poupar um sofrimento inevitável, lembrei-me de que a espécie humana não é alvo do exercício da mesma espécie de compaixão que permita, por escolha pessoal, escapar à dor limite.

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sexta-feira, janeiro 26, 2007
  ~

Sintonize-se a Radar para estar na mesma vague deste blog.
 
  A minha mãe és tu

A Justiça pode não ter olhos; o que não pode deixar de ter é coração para que sinta o pulsar do coração da pequena Esmeralda.
 
quinta-feira, janeiro 25, 2007
  7 minutos

estive sete minutos sete da minha preciosa vida a argumentar sobre o código postal código postal ao telefone. mas olhe que. sim mas o que eu digo é. se calhar não me estou a fazer entender. mas o sistema assume. se assume deve assumir para todos. e a localidade. que tem. não me está a perceber. agora já estou baralhada. e eu, burra, em vez de dizer, entendo o seu ponto de vista, digo: agora já percebi o que quer dizer, transferindo o ónus da compreensão todo para mim. entretanto do outro lado da blogosfera está alguém a escrever um post sobre a vida difícil nos call centers.
 
quarta-feira, janeiro 24, 2007
  O inefável tempo

O vento de ontem estava mais frio que o de hoje, não acha?

(O que é que se responde a isto?)
 
segunda-feira, janeiro 22, 2007
  O melhor de Scoop



Hugh Jackman
 
quinta-feira, janeiro 18, 2007
  Rubor

- Estou?
- Estou sim, boa tarde. Estou a falar com a esposa do sr. José?
- Não, está a falar com o próprio.
 
terça-feira, janeiro 16, 2007
  Podia ser outro mas não é



Joaquin Phoenix
 
  Podia ser outro mas é este

É difícil escolher de entre os textos que aqui deixo, um que seja mais especial para mim, porque - e isto é rigorosamente verdade - gosto de todos. Não pela perfeição mas pela verdade de cada um - mesmo que seja uma verdade inteiramente ficcional.

Hipatia, é ilegal que o mesmo texto entre em dois desafios diferentes? :)

Mapa


O teu corpo um mapa onde solitária mergulho
corpo que se acende em mim, vive e transborda
e cada letra do abcedário uma chave
tu o cofre, mapa que percorro com as mãos quentes
tentando adivinhar-te onde te dói mais o grito
e no meu olhar cresce o brilho
em todas as carícias te encontro
e cabes inteiro nas minhas mãos cheias
talhados que fomos à medida do encontro
e caibo inteira ns tuas mãos cheias

Das pontas dos meus dedos nascem asas
contorno-te a boca de desejo num voo
difusos os sentires no corpo suado
sexo palavra breve
breve
completa


Aqui
 
  A escolha

Minha querida, sou uma pessoa afectuosa e dedicada. Mas não me peças para escolher :)
 
segunda-feira, janeiro 15, 2007
  Dizer o quê?...

 
  (*_*)

Estás tão calada. Diz alguma coisa...
 
domingo, janeiro 14, 2007
  De "A heroína inventada"

Pensando te crio
um nome
como te invento
um rosto
e nos olhos a cor
onde me reflicto
mas não o exacto lugar
onde moras
e me fixo.


Fernando Namora
 
sábado, janeiro 13, 2007
 




Juarez Machado

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  ,

Importa que não haja ilusões sobre este ponto: é
que todos podemos morrer de sede em pleno mar.


João Miguel Fernandes Jorge
 
sexta-feira, janeiro 12, 2007
  Sem voz

Agora é preciso mesmo que escreva para que me oiçam; é que a valente gripe que ameaça encostar-me às boxes, chutar-me para canto, traz atrelada esse monstrinho chamado afonia.



Para quem nunca fica engripado mas, quando fica, raramente fica com voz, a minha experiência aconselha as pastilhas Euphon. Numa qualquer Farmácia Central de serviço esta noite.
 
quinta-feira, janeiro 11, 2007
 



Montmartre
Van Willigen


E dou por mim, ao fim destes anos todos, com saudades de Paris.
 
terça-feira, janeiro 09, 2007
  Canção de embalar

Dorme, meu amor, que o mundo já viu morrer mais
este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega o pior já passou
há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão
desvia os passos do medo. Dorme, meu amor -



Maria do Rosário Pedreira
que escreve como quem acerta compasso com a respiração do mundo.
 
segunda-feira, janeiro 08, 2007
 



Trent Parke


Aguardo que os dias se abram à chuva e esta liquefaça o vazio que me ronda o peito.

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quinta-feira, janeiro 04, 2007
  E nunca saberão que havemos ido

As Coisas

A bengala, as moedas, o chaveiro,
A dócil fechadura, as tardias
Notas que não lerão os poucos dias
Que me restam, os naipes e o tabuleiro,
Um livro e em suas páginas a ofendida
Violeta, monumento de uma tarde,
De certo inesquecível e já esquecida,
O rubro espelho ocidental em que arde
Uma ilusória aurora. Quantas coisas,
Limas, umbrais, atlas e taças, cravos,
Nos servem como tácitos escravos,
Cegas e estranhamente sigilosas!
Durarão muito além de nosso olvido:
E nunca saberão que havemos ido.


Jorge Luis Borges
 
quarta-feira, janeiro 03, 2007
 



Trent Parke

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  ...Nietzsche

One must feel the chaos within to give birth to a dancing star

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segunda-feira, janeiro 01, 2007
  A natureza da alma

Conversa entre mãe e filho de 7 anos. Verídica, já agora.

- Vou partir tudo! Vou partir tudo!
- Filho, mas que se passa? Porque queres destruir as coisas??
- Para construir tudo de novo!




Aditando

A resposta, mais exactamente, foi:
Está tudo velho! Quero construir de novo!
 
Sur la marée haute je suis montée la tête est pleine mais le coeur n'a pas assez. Lhasa de Sela


mareehaute.is.vague@gmail.com

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