ccccff
La marée haute
domingo, janeiro 30, 2005
 

Todos os dragões da nossa vida são talvez princesas que esperam ver-nos, um dia, belos e corajosos. Todas as coisas aterradoras não são mais, talvez, do que coisas indefesas que esperam que as socorramos.

Rainer Maria Rilke
 
 

...I know my intentions are goood...
so why, Oh Lord, am I misunderstood?
 
  No frio, o sol


O mundo ao contrário
Isabel Magalhães


E aqui está o toque de sol e de cor que me falta para estes dia frios e constipados. Belas as cores, a alma, a sensibilidade. Obrigada por tudo isso, IM :)
 
  Distinções justas

A revista americana Billboard elegeu Cinema, o último album de Rodrigo Leão e o álbum homónimo dos Mesa, como dois dos dez melhores discos do ano passado. Parabéns não só pelo prémio, mas sobretudo porque gosto muito de ambos.

Estivesse a Lhasa de Sela na lista e eu sentir-me-ia ainda mais contente.
 
sexta-feira, janeiro 28, 2005
 



Foto encontrada em (re)primadesblog


Estive aqui e ninguém contará a minha história.


(Escrito na parede, num campo de concentração nazi)
 
  Respirar...

Ensinaram-te palavras que pareciam
prontas a derrotar quem as ouvisse
ensinaram-te gestos para elas
e a tal ponto te humilharam
que te puseram de pé
limpo
inteligente
e aprumado

Pronto a seguir
seguiste
e agora estás aqui
estás aqui pois claro
angustiado e iludido
mas deliciado



Alexandre O'Neill


Este é mais um dos meus poetas. Porque a poesia faz parte do meu respirar.

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quinta-feira, janeiro 27, 2005
  A capa do medo



Eu sei que o tamanho não conta (não?) mas foi o que se pôde arranjar por ora.

Nota da redacção: esta imagem e este texto estão sujeitos à minha aprovação; se encontrar foto melhor, substitui-la-ei sem apelo nem agravo
:)


Adenda à nota de redacção: post actualizado às 15.50h (hora local) de 28 de Janeiro. Obrigada ao Cap, que deu o peixe :), obrigada a quem me está a ajudar a pescar :).
E obrigada a todos, aos meus pais, que sem eles eu não estaria aqui, a todos os meus professores, aos meus primos Zé Manel e Mário Maré (os gémeos) e um abraço ao sr. Filinto Serpente da tabacaria Metemedo que me tem encorajado a escrever, ao me incentivar a ler os livros da Margie Rebelo Pinto. Obrigada.


Adenda nº 2 a quem só chegou agora: a foto original era pequenina.
De nada.
 
quarta-feira, janeiro 26, 2005
  Os Senhores do Medo*

O Sharkinho colocou hoje no Afixe o tema da violência doméstica, questão que há muito ando para colocar aqui e que finalmente repesco. Li há uns anos este* livro, escrito pela Maria de São Pedro, amiga e mulher coragem que muito admiro por razões várias. Os Senhores do Medo aborda precisamente esta questão pesada, forte e incomodativa, uma pedra no sapato de milhares de casais, milhares de pessoas de quem nem sequer se suspeita que estejam envolvidos, como agressores ou agredidos. São comportamentos desviantes os que envolvem violência (haverá violência 'boa'?) e que atravessam todas as classes sociais, estratos económicos, por incrível que pareça a quem está por fora como eu estava, antes de ler o livro e falar com várias pessoas sobre o assunto. Não entendo nem quero entender nem justificar a violência física dentro dum casal, e saliento também a violência psicológica, insidiosa e mesquinha, e tão cobarde como a outra.


* Maria de São Pedro
 
  Um dia igual aos outros

Não sei como as lembranças aportam à memória mas recordei agora uma pessoa com quem falei há dias, num contexto profissional. Diz-me elas às tantas quando lhe peço o telefone para contacto, Desculpe mas agora não me lembro, não o trouxe comigo e a minha memória não sei onde anda. Tenho doença bi-polar, a menina (às vezes chamam-me menina, outras senhoras, uma vez no início, chamaram-me menina drª, essa olhada à distância de mais de uma década é enternecedora) sabe o que é? Ando muito nervosa e a ser medicada, agora estou mais ou menos bem, mas a memória falha-me tanto. Agora é uma doença muito falada e a senhora desculpe eu não me lembrar, eu não tenho culpa mas não imagina o que tenho sofrido ao longo destes anos. Tenho 60 anos e só agora é que as coisas começam a ser mais faladas sem medos. Agora até há cartazes a falar da doença bi-polar.
Fiquei com vontade de abraçar aquela senhora, contive-me, mas a voz saiu-me doce e tranquilizante, Não se preocupe nem me peça desculpa, eu sei que é uma doença comum a muita gente, as pessoas não falam por vergonha de algo de que não têm culpa. Quando for a casa tome nota do número de telefone e dá-me depois.
À tarde a senhora veio, trouxe o número anotado e a vida e os dias avançam assim, com voltas e repelões, e às vezes tocando o mais profundo e frágil que há no outro. Sem pudor e com toda a verdade do que se sente e que tem de sair para não sufocar.

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terça-feira, janeiro 25, 2005
  Ilusões

estão aqui, é escolher...
 
  Don't let me be misunderstood*

Este fim de semana encontrei um cd ansiado, de Nina Simone ao vivo, a preço mais que razoável. Esta* música é fabulosa, seria uma daquelas que eu levaria para uma ilha deserta, e se não a pudesse ouvir, ouvi-la-ia dentro de mim, junto ao mar.
Don't let me be misunderstood, às vezes penso nos mal entendidos, lapsos e faltas de atenção, de inumanos que somos também. E o inexplicável existe. E não tem explicação. E as coisas também são como são e porque são e por muita que seja a vontade de entender e ajudar ou de ser entendido e ajudado, tudo pode ser inútil e fútil.


* por Nina Simone
 
segunda-feira, janeiro 24, 2005
 


Southern region of Morocco. Near to Tafraoute.
Bruno Barbey

Não desejo a indigência,
a serenidade
dos lugares desertados:
desejo que cada segundo
quando amo
explodisse
e fosse a terra
em sua expansão
durante a primeira noite,
a gestante, do mundo.



António Osório

 
  A mão no fogo. A incoerência. A sua necessidade. A necessidade da coerência. O desafio.

Li o livro Fora do Mundo, de Pedro Mexia, cujo nome o autor pediu de empréstimo ao blog onde alinha actualmente, partilhando o espaço da escrita com Francisco José Viegas e Pedro Lomba e agora li e copio um texto do blog, escrito precisamente pelo mesmo Pedro.
Lúcido, pouco dogmático, aberto, crítico.


Estou absolutamente perplexo com o que alguma gente esclarecida tem escrito sobre a necessária «coerência» entre a moralidade privada e a ideologia política. Essa argumentação não dura dez minutos. Quase não existem pessoas coerentes na sua vida privada com os valores que (convictamente) defendem. Eu sou católico, e conheço bem o universo de hipocrisia que é o catolicismo. Mas também sou amigo de pessoas declaradamente progressistas, que me dizem e confessam toneladas de sentimentos e episódios nada progressistas. Eu próprio me considero conservador, e tenho escrito coisas francamente menos conservadoras que alguns blogues progressistas (para me ficar pelo escrito). A incoerência é normal, inevitável, e não tem mal nenhum. Ninguém é coerente. Excepto talvez uns monstrozinhos. Há com certeza casos flagrantes em que a hipocrisia tem interesse público (o televangelista que vai às putas), mas apenas porque os próprios se arrogam o direito de vigilantes da hipocrisia alheia e fazem disso uma arma política. Pela minha parte, sei que a moralidade privada é um território completamente à parte, mesmo porque raramente obedece (digamos assim) à mesma área do cérebro do que a ideologia. Quando começou o escândalo Casa Pia, começaram pessoas a «pôr as mãos no fogo» por outras pessoas. Escrevi na altura que não se pode «pôr a mão no fogo» por ninguém. Nós não conhecemos o que vai dentro da cabeça das pessoas. Não sabemos do que as pessoas gostam. Do que são capazes. Não sabemos sequer do que gostamos ou somos capazes. É muito engraçado ver pessoas (e pessoas supostamente progressistas) a fazerem discursos morais (e sexuais) com tudo metido em caixinhas muito estanques e muito arrumadas. Como se a moralidade (e a sexualidade) não fosse precisamente o lugar do caos, da incoerência, do fragmento, do que não sabemos, do que queremos saber, do fictício. Mais do que a luta política, o que me preocupa é essa mistificação que faz da moralidade e da sexualidade formas de transparência, quando na verdade são grandes zonas inóspitas e opacas sobre as quais apenas devemos falar por aproximações. Tanta certeza sobre coisas que não se sabem, tanto sumo pontífice «reaccionário» e «progressista». Gente imensamente «sã», «louçã», «saudável» e «normal». Que maravilha fatal. [P.M.]


nota: o sublinhado a negro é meu.
 
  Breves notas de imprensa

Ao passar os olhos pela imprensa desportiva da semana passada leio a declaração bombástica da Marisa Cruz que fez manchete na Caras: Quando eu estiver grávida notar-se-à.
Uma preciosidade pelo inédito que, sendo óbvio, nunca ninguém teve a ideia e, direi mesmo, a coragem de afirmar com tamanha clarividência - é por isso que pessoas como a Marisa Cruz ficarão nos anais da história do jornalismo desportivo deste país. Agora toda a gente diz que não é uma grande frase mas a esses eu pergunto, e alguém se lembrou de ir para as revistas dizer isto?
Ah, pois...


Nos folhetos para a mini-maratona ou passeata pela Ponte 25 de Abril, em Lisboa, no próximo 13 de Março, aparece esta menção: Aparece e traz um amigo. Atenção: a inscrição é limitada a 35 000 pessoas. Vou ter que fazer uma mui criteriosa selecção dos amigos para evitar ultrapassar o limite. Vai ser difícil, mas vou tentar...

 
domingo, janeiro 23, 2005
 



Western Sahara. 1997. Mountains and dunes of the Adrar Souttouf.(near the mauritanian border.)
Bruno Barbey

 
  Talvez seja assim o amor...

Eu não sei ao certo, mas suponho
que quando uma mulher e um homem
um dia se amam,
vão ficando sozinhos pouco a pouco,
algo em seu coração lhes diz que estão sós,
sós sob a terra se penetram,
vão-se matando um ao outro.

Tudo se faz em silêncio. Como
a luz se faz dentro dos teus olhos.
O amor une corpo
Em silêncio vão-se enchendo um ao outro.

Qualquer dia acordam sobre braços;
pensam então que sabem tudo.
Vêem-se nus e sabem tudo.

Eu não sei ao certo. Suponho-o.



Jaime Sabines

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quinta-feira, janeiro 20, 2005
  Play it again, Sam



E este homem fez-me sonhar. Fosse eu a Lauren Bacall e tínhamos amor para a vida toda.

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  Film noir



Trouxe há uns tempos da biblioteca um livro sobre o Film noir. Parece que a expressão nasceu em França e a expressão não se desmente. Amanhã vou ter que entregar o livro e só ontem à noite peguei nele, enquanto a blogolândia rebaldava. E eu sossegadinha a ler sobre filme noir e a ver belas fotografias a preto e branco de detectives apaixonados por divas que afinal são espias ou assassinas ou o inverso. O que retive sobretudo foi que o film noir teve o seu apogeu durante uma dezena e meia de anos, a partir dos anos 40 e tal e só postumamente foi reconhecido, não nos Eua mas em Paris, França. Foi um fecho de um ciclo que o cinema de gangsters iniciou e até hoje as suas influências se manifestam, nomeadamente em cinestas como Quentin Tarantino e outros de que agora não lembro. Mas eles sabem quem são :)
 
  Another passage in time*

Escrevo de cor e com algumas imprecisões o que um dia li no poiso virtual do Francisco José Viegas.

Estamos todos de passagem pela rede, não tenhamos ilusões. Nem vale a pena filosofar muito sobre o assunto.


Um dia morremos pois. E antes disso morreram amores dentro de nós, morreram sonhos, despedimo-nos do passado que também nos fez. O que é um blog se não parte de nós? Parte ínfima e no entanto intensa quando se dá de si. Mesmo que em meias palavras, mesmo quando não se quer dar. É pouco, é vasto, é escasso e é tudo, começa assim um poema de Pablo Neruda.
Lembro-me com a magnífica precisão de quem está a assistir a uma peça, da imagem e das palavras de uma pessoa que conheci num contexto emocional particular. Frase simples que foi dirigida a quem conversava na ocasião e que naquele momento e para sempre ajuda a relativizar quase tudo. Nós não somos daqui.


* e não é que agora o próprio nome do grupo parece fazer sentido?
(A passage in time, dos Dead can dance)
 
  Nada a dizer

...depois de acordar e me deparar com isto


 
  O céu está azul claro e parece que não vai chover

Um dos meus programas de rádio preferidos é a Prova Oral, Antena 3, 19h-20h com a Raquel Bulha e o Fernando Alvim. A Raquel tem para mim uma das mais belas vozes femininas da rádio. Qual Ana Lamy (bela voz e mulher inteligente, mas quanto à voz tem-na demasiado de cama) qual Vanda Miranda (excelente e risonha voz). A escolher seria a Raquel Bulha, não só pelas nuances de que a voz dela é feita como pela genuinidade que se sente e pela inteligência das perguntas, pela ocasional malícia, pela sensibilidade que se imagina.
O Alvim, bom, que dizer do Alvim? Aparte ele nunca mais se entender com a trunfa que tem, é também grande maluco (quem sabe mais um voluntário ou in-v membro da APADEDICA e até o porta-voz junto da comunidade artística e musical) um rapaz inteligente e versátil. Completamente doido mas daquela loucura povoada de lucidez e despistada de propósito. Talvez um Peter Pan.
O Fernando Calado e o Rui Estevão são outras vozes que me fazem derreter devagarinho e claro que não é só a voz nem o que dizem nas palavras, sobretudo o Calado. É também a contenção verbal, os silêncios que falam. Muito bem senhores, continuem o bom trabalho.
Acho que hoje acordo mais cedo que o JPP, já vou ver.

Bom dia!
 
quarta-feira, janeiro 19, 2005
  A APADEDICA

(breve resumo para um projecto de estatuto a discutir em assembleia geral, escrito à pressa e distraidamente que estou a meio de um trabalho)

A APADEDICA (1) é uma instituição particular de solidaridade social e apoio individual a cada génio que se esconde dentro de cada distraído do caraças. Tem como uma das suas finalidades básicas a catarse através do riso de coisas que nos dão cabo da cabeça, ou não chegam a dar porque entretanto estamos a rir para não dar cabo da cabeça do infeliz que está mais próximo.
O distraído do caraças precisa de ser encorajado a sorrir perante os desaires e a rir de si mesmo, seja quando atropela os seus próprios óculos de sol ou quando fica apeado na estrada porque o depósito da gasolina não tem a habilidade de piar quando a dita se fina.
Espe projecto nasceu aqui como ideia impensada e, como é próprio de cada distraído inventivo, logo se achou forma de o capitalizar. E vamos ao que interessa. O financiamento da APADEDICA é feito através de transferências cravas entre tlm da Optimus ou de Kargas dadas pelos tlm da TMN. Estamos em negociações com a Telecel também.
Confirmados estão alguns voluntários que precisamente aqui expuseram seriamente um problema que é de todos, sobretudo dos génios, como muito bem disse a Noite, logo secundada pela Maria de São Pedro, que se esqueceu de tirar as mãos antes de fechar a gaveta e os gritos ainda se ouvem. A Emiéle, solidária, contou a experiência traumática de ter deixado o dinheiro na caixa do multibanco. Penso que a terapia feita em conjunto nos ensinará a enfrentar melhor as distracções, trapalhices e esquecimentos.
Apelamos à colaboração de todos no sentido de dar voz a uma causa que é de todos e tantas vezes esquecida (não te esqueças que também te pode acontecer a ti, Amigo!). Apelamos também às figuras públicas no sentido de promoverem a elaboração de um projecto de lei em que os direitos dos membros da APADEDIC sejam finalmente consagrados.


(1) Associação PAra a DEfesa dos DIstraídos do CAraças


adenda: A Associação chama-se APADEDICA e não APADEDIC - ligaram-me agora para corrigir o erro. Obrigada sic notícias!
(7.35h do dia seguinte, 20)

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terça-feira, janeiro 18, 2005
  Metades imperfeitas e palavras breves

Se existirem duas metades perfeitas que se conjugam na perfeição e que não sabem da existência uma da outra, poder-se-à chamá-las de almas gémeas?
Isto vem a propósito disto mesmo, nem tem aliás propósito algum e concluindo antes de me entusiasmar e esquecer o tempo o relógio a roupa a passar a ferro, seria uma crueldade do universo criar dois seres que se completariam se se pudessem no mesmo tempo e espaço encontrar. Às vezes penso nisto.
Às vezes penso também em como seria um exercício bom tornar mais breve o que escrevo, seja em posts ou comentários. Só que, como disse já várias vezes, citando uma frase que li, do Pº António Vieira e que se encaixa na perfeição, 'Gostava de ter sido mais conciso mas não tive tempo'.
É que escrever ao correr da pena não me custa nem cansa, flui como um pensar alto; o trabalho, se trabalho fosse, seria cortar, depurar, ler o que escrevi horas depois e expulsar tudo o que não fosse o traço essencial linear e breve de uma palavra.

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  Biblioteca II

Leonard Cohen

Abandonou a música e entrou na décima arte chamada tristeza. Mas fazia mal à tristeza.
Quis aprender línguas e outras tarefas. Tornou-se o carpinteiro que fazia discursos demorados. Depois pegou numa cadeira, sentou-se, e repetiu alto: é um exercício sobre o movimento dos outros. Quando se confessava dava ordens ao confidente.
Só perdes a capacidade de ameaçar quando te apaixonas. O teu amado não tem medo de ti.



Gonçalo M. Tavares

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  Biblioteca

Luciano

Era um velho amigo que primeiro olhava, depois respirava, depois falava e só no fim agia.
Claro que foi escritor.



Gonçalo M. Tavares

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  Gonçalo M. Tavares

No seu último livro, Biblioteca, Gonçalo M. Tavares, concedeu-se a opção de escrever partindo de nomes de autores que leu e cada conjunto de frases é dedicado a um autor; é assim que o livro está sistematizado. Não fala do que mais o marcou nos livros, mas da marca que as palavras de cada um lhe deixaram na pele e na memória.
Por exemplo. No próximo post.

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  Em Neverland

Quando o riso do primeiro bébé aconteceu nasceram mil pedaços de luz que se espalharam pelo universo e foi assim que surgiram as fadas.


(Do filme À procura da terra do nunca, citando de cor)

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domingo, janeiro 16, 2005
  Serviço 'crava'??


SMS de remetente 1200


O 93(...) pede para lhe transferir 1 euro. Para transferir este ou outro montante, ligue 1200


Ligação para 1200 (Penso enquanto o telefone chama, transferir este ou outro montante? Inédito. E de quem será este 93?)

Seja bem vindo à Optimus. O Crava é um serviço que permite transferência de saldos entre números Optimus. Este número não está disponível.


Ligação para 93(...)

Toca e ninguém atende e de seguida alguém desliga.


Acho que anda tudo doido.
 
  Neverland






Os domingos têm alguma coisa rota entre os dedos ou então são as minhas mãos que escorregam e se perdem no dorso dos dias.
E a despropósito porque o que é previsível enjoa e até da imprevisibilidade me farto, minha ou alheia, interiorizo o que sei e me esqueço. Se ao vivo em directo e a cores nítidas de olhos de frente para olhos que conhecemos bem, surgem mal entendidos e interpretações diferentes do que o interlocutor disse (até que ponto o que dizemos é aquilo que o outro ouve?), como evitar, na imensidão da net e de blogs que gostamos de ler e de acompanhar, como evitar mal entendidos que nem os mails sem rosto nem voz conseguem desfazer? E por vezes as explicações não pedidas ainda criam uma sensação de que o outro se está a preocupar com coisa nenhuma, não terá mais que fazer? e que tenho eu a ver com isso?
E já cumpri a minha obrigação dramática de hoje ( ando a treinar para actriz de comédia, é isso, pois é ), agora vou ver se relax, se leio, se saio, se fico, se almoço com a família ou talvez não e mais logo, na meia tarde, na hora mágica em que os sonhos são reais na terra do nunca,
conto um pouco do que me iluminou no filme de ontem
(aparte a estrutura facial de Johnny Deep).


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sábado, janeiro 15, 2005
  Uma bela foto para um sábado




Ingrid Berman with her twin daughters Isabella et Isotta Rossellini.
David Seymour / Magnum Photos

E este dia é para mim um dos mais perfeitos da semana, porque significa a conjunção amável e serena do trabalho e do lazer e talvez um pouco só um pouco porque faz parte do fim de semana. Bom sábado que eu vou à minha vida, à outra.
;)
 
sexta-feira, janeiro 14, 2005
  post coradinho com arroz e batatinhas

Agora que já passou a maré emocional de hoje, hei-de-me lembrar para não esquecer de que preciso de me lembrar de talvez fazer um blog de distracções e trapalhices. Dava matéria para uma série de dias, sendo que quase cada dia há uma coisa nova. Eu não conheço os meus vizinhos do andar imediatamente abaixo do meu. Ainda bem ou coraria de vergonha quando os encontrasse no prédio. Hoje às 6 e meia saltei da cama e achei por bem desfazer a árvore de Natal, é sempre por esta altura que se trata destes assuntos, tradições familiares que metem aniversários, antes, durante e após o Natal. (As bolas eram todas cor de rosa este ano em homenagem à Alteza). Não sei como, eu estava a tirar uma bola de cada vez e eis que, catrapum! A árvore cai ao chão, as bolas espalham-se pela sala, saltitonas e eu a tapar os ouvidos para os vizinhos não ouvirem.
Já para não falar daquela vez em que atropelei os meus óculos de sol. Isto é tão verdade que me dá dó. Tinha-os comprado há pouco tempo, e não foram baratos. Saio da loja, com eles postos no decote e entro no carro ali estacionado em frente. Arranco. Mais tarde quando passei pelos sítios onde tinha estado, andava na fase à cata dos ditos, diz-me a senhora, Ah, quando saiu daqui, o carro passou por cima de uns óculos. Eram os meus.
É cruel. Sobretudo se me lembrar que os óculos de sol anteriores estão algures caídos num tanque do Oceanário quando me debruçava para ver as focas.
E haja saúde, diz o povo e digo eu, Vague, my name is Vague e este é o Jornal das 8.

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  Amor

Não sei se é de Fernando Pessoa ou de um dos seus heterónimos ou se de alguém outro, mas há um verso de um poema que diz mais ou menos isto, Quase não te quero encontrar para não ter que me separar de ti depois.
É que é isto precisamente que sinto quando olho para ti e te pego ao colo. Apetece ficar quietinha, namorando-te, olhos nos olhos, agora que já estás mais tempo acordada e nos tentas reconhecer e adaptar-te ao mundo e a nós. Olhas-me com esses olhos inquiridores de dois meses desconfiados e vibrantes de curiosidade e toda eu sou doçura, é mágico como se nota nas fotos essa doçura, esse amor. Ontem quando saí de ao pé de ti voltei uma e outra vez para trás para me despedir. Estavas no berço, acordadíssima e com atenção à porta. E disse à tua mãe não me apetece deixá-la, quase que é melhor não vir cá, para não ter que lhe dizer adeus depois. Responde-me, pareces aquelas pessoas que evitam entregar-se no amor com medo de ser magoadas. Pois.

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  10 vezes 10

É por me proporcionar descobertas hora a hora que eu gosto tanto da Antena 3.
 
quarta-feira, janeiro 12, 2005
  An Indian summer

E agora escasseia-me já o tempo para acabar de ler a entrevista de Gonçalo M. Tavares no Público de sábado e na Ler de Agosto, e sobra-me o livro que era suposto ter lido nas férias de Inglês, 'Heat and Dust' no original, de Ruth Prawer Jhabvala, baseado na história que se diz verídica da paixão de uma mulher ocidental na Índia ardente dos anos 20.
Amanhã vou lê-lo de rajada e esquecer o mundo se conseguir. Focar o essencial. Aparte o trabalho, o prioritário vai ser este texto, agora antes de adormecer (e acordar às 3h com a luz acesa e o livro no chão) e mais logo, perto da meia tarde que se quer de sossego e paz. A ver vamos como dou conta da manhã.
Boa noite ou noite boa, aqui a freguesia manda.

We often say, in these modern times, thar sexual relationships have changed, for better or for worse. But in this book we see that things have not changed. Whether we look back sixty years, or a hundred and sixty, we see that it is not things that change, but people. And, in the heat of an Indian summer, even people are not very different after all.

Intemporal, não é?
 
  E já que se aproxima o Carnaval,

quais são as vossas






Fantasias?

 
  Crónica, que crónica?

Se eu fosse, ai se eu fosse (para ler cantando) uma cronista avençada para semanalmente discorrer sobre o que me aprouvesse e à falha de inspiração, diria alguma coisa assim pouco mais ou menos, a nossa língua tem expressões populares que me estão neste preciso momento a dar aqui uma ideia para alguma coisa que não sei ainda bem qual é.


Pagam-me para escrever uma crónica semanal. Religiosamente tenho cumprido essa obrigação prazer de escrever, buscando na realidade motivos que não faltam. Mas que acontece quando apesar de haver fartos temas o digo não se intromete e diz obrigada eu não escrevo. Recuso-me a vender semanalmente a minhas palavras, logo sobrevindo o lado prático da consciência alertando para as desvantagens da revolta, o ser imperiosamente necessário, a bem das finaças privadas, fazer algo que nem sempre apetece para continuar a ter a possibilidade de fazer o que se gosta muito.
Poderia escrever, à falta de assunto, do tempo, inesgotável tema de conversa, do frio que faz, da nesga de rio que amanhece na minha janela todos os dias vestido de cores e horizontes diferentes; ou do sol que espreita ou da névoa friorenta que cobre o leve embalo da água ou a luminosidade que invade o dia por momentos e logo desaparece quando viro as costas e volto a virar, o rio está diferente e o dia é mais um igual aos outros.
Poderia escrever sobre sonhos e de como são horizontes nunca alcançados por vocação e natureza, de como precisamos deles para seguir viagem, sempre em busca de mais um sonho, de um mais além para além do que se vê e para além do possível, essa contínua busca do desconhecido que se deseja feliz eternamente feliz imutável e estimulante sem tédio. É contra o tédio que escrevo. Sem mudar nada nem o meu próprio mundo e escrever sem agir muda alguma coisa? Mas quem diz que um escritor quer mudar o mundo? Um escritor, e esta palavra é ela própria tema para mais que uma crónica, é para um livro inteiro, um escritor escreve por prazer porque é obrigado interiormente a escrever e não porque uma revista semanal lhe diz que sim, escreve por prazer mesmo que lhe doa alguma coisa na escrita que desenterra fantasmas ou os cria, deles se libertando de qualquer das formas. Um escritor escreve também contra si mesmo, contra esse tédio da vida e contra o tédio de se ser. Miguel Torga, diz num dos poemas, cito de cor
É contra mim que luto,
não tenho outro inimigo
O que digo o que penso o que faço
é que merece castigo
e desespera a lança no meu braço

Termino assim esta inominável crónica, se me perguntarem o que escrevi não me lembro já, alguém se lembra?



E seria talvez assim que escreveria. Ou talvez não. Se começasse agora a escrever debruçar-me-ia, aqui também literalmente, sobre o pequeno almoço e de como pode ser a refeição mais deliciosa do dia em fins de semana de preguiça, um delicioso brunch, mistura de breakfast e lunch, bela composição que alegra os dias sem tempo.
E agora vou ao pequeno almoço, o micro-ondas está farto de apitar.
 
segunda-feira, janeiro 10, 2005
  ...Que também pode ser aproveitado para a preguiça mental.

Lo que tú has de hacer será no hacer nada, procura en esa nada sumergirte...Lo que importa es preparar tu corazón a manera de un blanco papel, donde la divina sabiduría pueda formar los caracteres a su gusto.

Miguel de Molinos

 
domingo, janeiro 09, 2005
 

Não me deixes conhecer-te muito bem
Não expliques porque tremem os teus dedos
Diz-me e não digas o que sentes quando
uma porta se entreabre a chuva cai a voz de alguém
se aproxima ou afasta na neblina aos outros indiferente

Mal entrevista à vaga luz de teus segredos
quero e não quero saber que estás pensando
Quero e não quero saber o que em mim nasce e cresce agora
e já distante
vai Amor é uma palavra só e tão cansada
que amor não pode ser esta morada transparente
onde o que foi não há o amanhã se chama nada
e tudo sem porquê intensamente existe apenas no que é
um breve instante

Feliz de quem sabe não sabendo e tem sem ter alguém
que conhece até ao fundo e só quase conhece
ao lusco-fusco debruçado na amurada de si mesmo olhando
o céu e a espuma
do que espontâneo e simples acontece

alguém com quem se dá a volta ao mundo à mesa dum café
numa longa viagem sem regresso iluminada só por dentro
apenas por que sim

longa viagem sem destino interminável
que pouco a pouco se esfuma
simplesmente

simplesmente acaba e esquece
antes de chegar ao fim




Mário Dionísio

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sábado, janeiro 08, 2005
  Vertigo



Vertigo é também nome da música de apresentação do último album dos U2 e a primeira.
Estou a gostar tanto do disco e da forma bonita como Bono encontra fórmulas ou meios, não gosto da palavra fórmulas associada à criatividade
meios de gerir sentimentos díspares e nos envolve..... com suavidade e força.

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sexta-feira, janeiro 07, 2005
 


A close view of feet in river water
Heather Perry/National Geographic Image Collection

 
quinta-feira, janeiro 06, 2005
  Porta

Reproduzo aqui, tal qual, o que hoje li e estava escrito na porta de uma casa de banho pública feminina. Um apelo solitário, triste e lutador. Guardei no telemóvel, escrevo agora.

"E quanto mais te perco
mais te encontro (...)" Manuel Alegre
Puta da droga: LARGA-ME!

 
  Uma conversa normal

- O que é que vais fazer?
- Vou ver os Da Weasel.


Para desconstruir a normalidade basta dizer que quando fui inquirida sobre o que eu ia fazer naquele momento em que me levantei e me aproximei do carrinho de bébé para ver a razão do choro, tinha engatilhada a novidade do concerto.
Demos uma gargalhada embaladas pelo grito cheio de vitalidade de uma refilonazinha de 2 meses de vida e boca de mimo e um pulmões que deixam rouco até quem a ouve.
 
  Ice cube on fire

by Larry George


Amo os loucos,
crianças tagarelando
que descobrem, instante
a instante, o mundo
e tudo enovelam
à sua translúcida maneira.

Não possuem maldade,
mas ignorado amor
e incapaz poesia.



António Osório
 
  Precisa de sangue?

Recebi hoje por mail e coloco aqui.


Existe uma pessoa que está entre a Vida/Morte no Hospital Viseu, entrou hoje de urgência e precisa de sangue do tipo AB negativo, que é muito raro, consegue circular esta informação via net?! Era importantíssimo... Caso apareça alguém que contacte 96 6955238.
 
  interlúdio doméstico invisível

A vantagem de madrugar quando não se tem se sair de casa às 6 e meia da manhã (hora de saída durante 2 anos na faculdade) é ter tempo para nós. Melhor, para a casa. Estou fresquíssima, a sopa está quase pronta, a máquina de lavar está a tratar da saúde à loiça, enfim sós finalmente.
Claro que é um pormenor ter acabado de lavar a cozinha e de imediato o pacote de arroz ter caído ao chão e logo após ter limpo a desgraça, pego num pacote de tostas mal fechado e puf lá vai ele. O que me vale é que de manhã acordo bem disposta e também não tinha ninguém com quem gritar. Valha-me o Santo Padroeiro das actividades domésticas que há pouco depois de lavar de novo a cozinha ia escorregando.
Uf.
 
quarta-feira, janeiro 05, 2005
  Pele nua

Se retirássemos todas as máscaras, as sucessivas camadas sedimentadas pelo tempo e pela necessidade, atingiríamos a pele?



Ballet Masks
Bruce Curtis

Etiquetas:

 
  Então põe!

Gosto de máscaras. Tenho uma cá em casa para alguma emergência. Um dia coloco aqui uma fotografia minha com a máscara posta.


Nefertiti (detail)
Art Egyptien
 
  O conselho

E ó p'ra ela, frase mai linda vinda directamente de Paris, França, em revista antiga que copiei, Marie Claire dixit:

Um conselho: não observe o comportamento de um homem com a mulher que ele ama. Em vez disso observe como se comporta com a mulher que deixou.

E não é que é um belo alerta? :)
Na mouche para muita gente.
 
terça-feira, janeiro 04, 2005
 


Ballet Feet/Rose
Bruce Curtis

 
segunda-feira, janeiro 03, 2005
  Um breve relance...

Espero sinceramente que este ano, 2005, seja um ano bom. Acho ao mesmo tempo um pouco patético e forçado dizer isto já que um 'ano bom' ou um 'ano mau' nunca o é completamente e em absoluto nem em qualquer dos casos para toda a gente ao mesmo tempo.
A comunicação social tem um papel poderoso na transmissão da informação (ao minuto e em directo) do que se passa no mundo e se bem que podendo ser/sendo tendenciosa ou sujeita a regras editoriais, informa-nos do que se passa. Ou melhor, partindo do pressuposto que nos informa da verdade, não nos dá a verdade toda. Não falo em concreto do que se passou na Ásia, que deu aliás origem a uma solidariedade mundializada (ouvi esta expressão na rádio África e gostei da sua força como se fosse semente de esperança que transcende diferenças), mas extrapolo para situações de guerras e genocídios que se praticam ou praticaram durante dezenas de anos e que foi assunto quase tabu nos jornais, ou tratado de raspão. Os defensores dos direitos humanos (expressão pomposa na qual literalmente me incluo porque os defendo), a Amnistia Internacional e as ONG's acabam por ter um papel mais significativo, ultrapassando a comunicação social, que se rege pelo princípio dos grupos económicos, é incontornável isto. Os blogs e a sua dimensão universal de acesso e colocação à disposição das notícias quase ao segundo, que se cruzam com as várias 'fontes' a todo o momento, possibilitada pela dose maçica de informação das agências, de jornais e tvs locais quando não controlados pelo Governo dos respectivos países dá-nos uma perspectiva mais abrangente deste fenómeno o que acontece no mundo.
É bom começar o ano com o rosto virado para o sol ou perscrutando a lua e as estrelas da noite, é positivo, é uma boa onda (expressão quase perversa esta pela ferida que respira e não sara tão depressa). Ao mesmo tempo, não é a 12º badalada a anunciar o 1 de Janeiro que apaga as memórias, os dias não são estanques nem nós somos autómatos. Na manhã de domingo vi uma resenha do ano que passou feita pela sic notícias. E recordei as crianças de Beslam, o atentado de 11 de Março em Madrid e o som aterrorizador de um telemóvel a tocar dentro do bolso de alguém que já estava morto. Recordei a permanente ameaça do terrorismo, os fanatismos religiosos, a nossa impotência face a isto tudo e finalmente à fúria dos elementos, nesta onda gigante que semeou a morte. E lembro as 11 famílias que perderam os seus entes queridos em previsíveis acidentes de viação entre o Natal e o Ano Novo.
A inocência é por isso algo tão belo e triste que se perde. Há pessoas que têm a sorte de a perder tarde na vida, outras há que cedo são obrigados a se desligar dela e até a esperança parece palavra vazia em certos momentos que passam, pois tudo passa, a vida, a morte, o amor e o esquecimento.
Há no entanto uma diferença cultural assinalável na forma de encarar as tragédias, que difere do ocidente para o mundo oriental. Há uma espiritualidade e até uma certa inocência (lá volto eu à palavra) que dá ânimo e resignação.
Não é um texto triste este, não é alegre, é de não classificar já que é algo de intermédio, como diz Fernando Pessoa num dos seus poemas e porque a diferença entre o dia 31 de Dezembro e o dia 1 de Janeiro é apenas uma questão de tempo.
 
Sur la marée haute je suis montée la tête est pleine mais le coeur n'a pas assez. Lhasa de Sela


mareehaute.is.vague@gmail.com

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