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La marée haute
terça-feira, julho 31, 2007
 



Saber um pouco mais. Michelangelo Antonioni (1912-2007).
 
 



Ingmar Bergman (1918-2007) e a sua musa, Liv Ullman.

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segunda-feira, julho 30, 2007
  Ao Hawai é que não vou




Falei aqui na atitude da pessoa encarregada do Bar Hawai no dia 12 de Julho último e relatada pelos media e pela monitora que acompanhava o grupo de deficientes. Segundo o Correio da Manhã, foi engendrada uma forma encapotada de vedar o acesso a deficientes, pessoas que não são normais, na acepção banal do termo, mas especiais.
Se falo de novo no assunto, é porque quando coloquei aquele post não consegui redimensionar a foto acima para tamanhos esteticamente razoáveis. Entretanto o assessor/assistente/Cap, socorro que eu bloqueei a minha própria entrada no blog! informático do blog agiu e eis a minha história do timing desta foto. Agora que acalmada está a vossa curiosidade, volto ao tema e faço de novo a má publicidade ao Hawai, declarando que se lá fui, e é provável, não voltarei a pôr as minhas patinhas de vague em sumo de laranja servido lá. É inadmissível, vergonhoso, miserável que existam pessoas com vistas tão curtas, tão preconceituosas, tão pequeninas que não aceitem a diversidade. Este não é um mundo perfeito, há pessoas diferentes, há pessoas especiais. Mas cabe a todos nós, sobretudo aos que nasceram na posse integral das faculdades físicas e mentais, e as mantiveram, que isto das incapacidades é uma coisa a que qualquer um está sujeito...cabe-nos usar essa benção para fazer a nossa parte para o tal mundo melhor das canções de Natal, que não é definitivamente o mundo da beautiful people, das roupas de marca, dos cortes de cabelo da moda, das férias de sonho (e atenção, que gosto de tudo isso, ou quase). Sem o suporte básico da humanidade tudo isso é vão, é oco e é nada. E tenho um profundo desprezo por gente assim.
 
 

E o fantástico Mr. Magoo?


 
domingo, julho 29, 2007
  Arriba, arriba!



O velhinho Speedy Gonzalez que me encantou a infância!
 
 

E os meus sábados à tarde não seriam os mesmos sem Fame



ou sem Uma casa na pradaria.

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  As séries

E foi em Reviver o passado em Brideshead que conheci Jeremy Irons e o seu estilo britânico e ar, não óbvio, mas sensual.



Avancemos um pouco no tempo. Cybill Shepherd, bela, e Bruce Willis, o carismático bon-vivant, em Modelo e detective.

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  As minhas séries

O Lauro António desafia-me a citar as séries preferidas. Regresso ao meu passado mais distante e começo pelas doces memórias de Bonanza.



Sem preocupação cronológica, avanço alguns anos e recordo
A família Bellamy.

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sábado, julho 28, 2007
  Wise Up - Aimee Mann

 
 

Vernáculo.

Pessoas que têm vocabulário me fazem recuperar a fé na humanidade. É. Parece doido, mas é verdade. Ler é sempre bom, ler qualquer coisa é bom. Ler blog, gibi, internet, revista jornal, tudo isso é muito bom. Mas ninguém vai descobrir o que é comezinho, taciturno, obnubilado, parcimônia, hodierno sem ter pego um clássico nas mãos. E não tô falando de juridiquês, nem economês. Tô falando de língua portuguesa. A leitura de massa nivela por baixo, precisa se fazer compreender para o maior número de pessoas, instantaneamente, é assim, é bom que seja assim. Mas o que diferencia é, claro, o diferente, o que nos faz subir alguns degraus. Eça, Machado, Joyce, Lorca, Lispector, Hilst, Drummond, Manoel de Barros, Camilo, tantos outros. Aí você me diz que não faz falta saber o significado dessa palavras para se comunicar. Que pena pra você.


por Ticcia, Mme. Mean
 
sexta-feira, julho 27, 2007
  O meu contributo para a publicidade do bar Hawai

Tomei conhecimento de uma atitude discriminatória relativamente a deficientes num bar das docas de Lisboa. Mais concretamente o Hawai, que alegou um motivo "técnico" para solicitar à monitora que acompanhava o grupo para que encaminhasse este para a saída já que iam fechar. E assim foi. Todos os clientes do Hawai saíram incluindo o grupo de deficientes e a sua monitora. Mais tarde, esta, desconfiando de uma forma encapotada de discriminação, mantendo-se perto do bar, observou a "reabertura" do bar e a (re)entrada dos clientes que tinham saído...
Perante estes factos, solicitou o livro de reclamações, que lhe foi negado, tendo sido apenas facultado através da intervenção das autoridades.

ASAE, a serem verdadeiros estes factos, força!
 
quinta-feira, julho 26, 2007
 




Não foi preciso a mítica sala lisboeta esgotar para que a estreia de Aimee Mann em Portugal corresse na perfeição. Uma grande empatia entre fãs e cantora sentiu-se desde o primeiro momento do espectáculo e no final todos saíram com um sorriso de enorme contentamento.
(...)
Nem a falha em «Momentum», que foi avisada antecipadamente pela cantora que seria a primeira vez que a iria tocar, fez esmorecer o bom ambiente que se sentiu entre público e cantora, que várias vezes demonstrou o seu entusiasmo por se estar a estrear em Portugal. Que volte depressa.
Aqui

Que pena não ter ido. Mas soube em cima da hora e em cima da hora ninguém tem flexibilidade de horários, ir sozinha não me apetecia. Fui uma vez sozinha ao Coliseu, quando me ofereceram um bilhete - no próprio dia - e eu fui a um espectáculo esgotado há semanas e à noite. Mas não tenho preconceitos e limitações dessas. Tenho outros, ora bem.
 
quarta-feira, julho 25, 2007
  Desculpem lá, mas

mais facilmente um católico entende a ausência de Fé dos ateus, que um ateu entende a existência da Fé.
 
  Mas eu estou bem disposta, olaré!

Uma das lições que a vida duramente entendeu conceder-me resultou na difícil assimilação interior de que nada por ela nos é garantido, nem à partida nem à chegada (e isto não é um mero jogo de palavras).
 
 

fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor. eu sei exactamente o que é o amor. o amor é saber que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer. o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte de nós que não é nossa. o amor é sermos fracos. o amor é ter medo e querer morrer.

José Luis Peixoto

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  Aimee Mann

Conheci-lhe a voz (e a existência) através do belíssimo Magnólia e rendi-me a Wise up, tornado hino da campanha de prevenção rodoviária.
Hoje canta no Coliseu.
Haverá bilhetes?

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terça-feira, julho 24, 2007
  rosebaby

Amiga de titi vague pergunta à ondinha rosa
- E a avó? Está boa?
Resposta
- Tá muita boa!

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  E o amor

Irei cuspir-vos nos túmulos
alguém leu, de Boris Vian?

Não espero grande resposta, que anda tudo a banhos apesar da season que não anda pelos ajustes e está literalmente silly.

Dele li A espuma dos dias já há um par de anos e não me lembro como foi pelo que ou seria de mim ou dele mas não deve ter sido uma grande primeira vez.

Já Charles Bukovsky, decadente e frágil, faiscou. Como o amor. A chama que se acende quando se olha e se alcança, inexplicavelmente, para além do olhar.
 
segunda-feira, julho 23, 2007
  Boris Vian



Gostaria
De vir a ser um grande poeta
E que as pessoas
Me pusessem
Muitos louros na cabeça
Mas aí está
Não tenho
Gosto suficiente pelos livros
E penso demais em viver
E penso demais nas pessoas
Para estar sempre contente
De só escrever vento


Boris Vian

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domingo, julho 22, 2007
 



Num dos muitos concursos que alguém se lembrou de inventar em noites de insónia, Drew Barrymore foi eleita a celebridade que sem maquilhagem é a mais bonita. Saliente-se que a maior parte das actrizes/modelos convidadas para posar naked face, declinou o convite.
 
 



Eve Arnold. Magnum

USA. New York City. Marlene Dietrich at the recording studios of COLUMBIA RECORDS, who were releasing most of her songs she had performed for the troops during World War II, including LILI MARLENE, Miss Otis Regrets.She was 51 years old and starting a come-back in show business.It was a wet and cold November night and work could only begin at midnight, at the advise of Marlene's astrologer. November 1952.
 
  Gira



Da colecção A cultura ao ombro, do CCB
 
sábado, julho 21, 2007
  Walking in the moon

Em 21.07.1969 o Homem pisou a Lua pela 1ª vez.

Aqui homens do Planeta Terra pisaram a lua pela 1ª vez em 21 de Julho de 1969. Viemos em paz, em nome de toda a humanidade.
 
 




Eve Arnold tem fotografias magníficas. Esta é uma delas.

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como amo os sábados dias livres só meus espaços para sonhar pé na terra narizinho no ar delicado da manhã
e serena e do mundo inspirar os sons da rua das pessoas e meus tão meus

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sexta-feira, julho 20, 2007
  As aparências - II

Imagino que haja alguma explicação dos psicólogos para o facto de a maior parte dos acusados de crimes violentos serem invariavelmente descritos pelos vizinhos como pessoas calmas e pacíficas. (.)

Responde assim a Ana G à chamada, esclarecedora e atenta:

de facto é uma característica de alguma forma comum e se pensarmos bem é justamente isso que causa o factor surpresa. ora se existe alguém rebelde, agressivo, com uma tipica personalidade de pro-crime, estará, à partida, muito vigiado pela comunidade onde se insere e espera-se, ou não causa espanto, se cometer algum acto hediondo.
em contrapartida os passivos, os bem-comportados, os socialmente-aceitáveis surpreendem e chocam ainda mais, porque não compreendemos as motivações.
mas é importante perceber que qualquer um de nós possui um gatilho passível de disparar mediante determinadas circunstâncias de vida... essas circunstâncias e os mecanismos que possuimos ou não para lidarmos com as adversidades, podem muito bem ser factores e variáveis condicionantes às atitudes, quer seja do bonzinho, quer do mauzinho.

atenção que neste caso há o tipico desajuste social que evitou um cenário de suicidio individual... isto é, assassinou os restantes membros da família para os poupar à rede social que julgou poder ser cruel. de facto se queria morrer, que o fizesses sozinho, não é?
(.)
 
  dualidade



Anouska Vaskebova


perdida entre a vontade de dormir e o sono pouco presente, encontrei na madrugada a frase: o sol nas noites e o luar dos dias, sem a relacionar com nada, não me lembrei do poema, nada ecoou cá dentro, apenas a frase se afigurou perfeita para as minhas noites cansadas em que desejo que o dia cresça e me leve

para os dias que querem repousar e receiam a noite insone

____para o cansaço
 
  o sol nas noites e o luar nos dias*

De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.

E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.

Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.

Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.


*Natália Correia

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quinta-feira, julho 19, 2007
  Há muitas formas de dizer o silêncio*

O silêncio é aquele lugar antes do salto que abre as asas ao voo, Musqueteira
:)



*de um poema cuja autoria não sei precisar

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Hans Paus


Senhor se da tua pura justiça
Nascem os monstros que em minha roda eu vejo
É porque alguém te venceu



Se alguns dos poemas de Sophia têm um defeito é o de serem tão facilmente amáveis que se tornam populares, sem a magia do segredo e do pudor que encobre os tesouros mais preciosos.


E em vão busco a tua face antiga
És sempre um deus que nunca tem um rosto



Apesar disso, perco-me neles para logo me encontrar, leio-os de cada vez como se fosse a primeira vez e continuo a sentir o fascínio que me fez apaixonar.

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  É, é

Depois deste momento familiar retomam-se as emissões regulares com uma pertinente questão de interesse geral: é tão bom para vocês como é para mim trabalhar no Verão?
 
  Daddy :)

Adoro o meu pai e além do mais, admiro-o como o ser humano íntegro e inteiro que é (as discussões não contam para o caso. As nossas quezílias foram fruto da natureza indisciplinada da adolescência e da nossa mútua teimosia e, acrescenta-se à socapa, do meu lado emocional e explosivo!). Uma das coisas que tenho como princípio e objectivo saudável de vida é melhorar como ser humano e encontrar-me totalmente comigo e também ser como ele na sensatez, ponderação, optimismo, energia, confiança interior e indomável fé!
Um dia vou chegar lá, I'm on my way to wonderland :)
 
terça-feira, julho 17, 2007
  As aparências

Imagino que haja alguma explicação dos psicólogos para o facto de a maior parte dos acusados de crimes violentos serem invariavelmente descritos pelos vizinhos como pessoas calmas e pacíficas.
 
  Dois pares e meio de asas

Nós temos cinco sentidos:
são dois pares e meio de asas.

- Como quereis o equilíbrio?



David Mourão-Ferreira

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segunda-feira, julho 16, 2007
  A inversão dos termos

Não era engraçado que se invertesse a coisa e se dissesse bem anonimamente e se criticasse com nick? É que o contrário é demasiado banal, yo.

E agora, algo completamente diferente: vou comer um pãozinho de cereais, beber um leite com chocolate Ucal e carregar no play.


 
  A minha liberdade

Há coisas que eu prezo muito, demasiado por vezes: a liberdade física, a liberdade de pensamento, a liberdade de não ir pelo caminho da maioria se não concordar com a maioria, a liberdade de construir o meu próprio caminho, mesmo que seja um caminho solitário as mais das vezes e sem grande staff de apoio - exactamente porque o preço a pagar por esse staff seria a perda da tal liberdade, essa coisa utópica que vive agarrada a mim. Talvez essa liberdade tenha a ver com a necessidade de criatividade, de argumentação quando para aí estou virada, de paz (preciso imenso de paz para voar), de expiar os demónios interiores - os meus e os que invento. Mas é-me tão preciosa. É o meu inspirar fundo nos territórios incertos da vida, é o meu deslumbramento de existir, é a liberdade de ser eu.
Imperfeita - muito -, gostando que gostem de mim (faz bem ao ego) mas muito senhora do meu nariz (arrebitado), não sou melhor que ninguém (mentira).
Imperfeita, quero ter a liberdade de ser e eu e de ousar sê-lo em todos os caminhos da vida. So help me God.

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  Às escondidas

Se eu entendo isto. Com hoje eram já 3 dias em que não conseguia abrir o mareehaute@sapo.pt (conseguindo, por outro lado, abrir sem problemas outra conta que tenho no Sapo) pelo que criei uma conta no Google, dando conhecimento do nome giro que tem (mareehaute.is.vague@gmail.com ) e não é que após tê-la criado e alterado o template de modo a incluir o novo endereço, consigo aceder ao mail do Sapo?
Agora tenho dois endereços de blog.

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  A vossa atenção, por favor

.
O mail, que é actualmente mareehaute@sapo.pt
passa a ser

..................mareehaute.is.vague@gmail.com



De nada :)
 
  Good old times














O seu computador recusa-se a passar música?
Você é um nabo (ou nabiça) em informática, mesmo nas coisas mais básicas mas não se importa nada pois não gosta de computadores, apenas gosta do que consegue através deles?

Há solução! Dê corda ao seu velho transístor, o mesmo que cola aos ouvidos aos domingos à tarde para ouvir os relatos da bola e o seu mundo ficará configurado até que alguém mexa no seu laptop e em dois minutos lhe dê música de novo.
Quais MP3, ipods e afins! Transístores, a mais recente moda de 2007, em exclusivo num lugar perto de si.
 
domingo, julho 15, 2007
  Pele

Quem foi que à tua pele
conferiu esse papel

de mais que tua pele
ser pele da minha pele



David Mourão Ferreira

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sábado, julho 14, 2007
  A primeira covergirl da...



Dezembro 1953
 
  O revisor dormia a sesta

"As ilhas da Rainha Isabel, no Árctico, extendem-se por 419 mil qui"lómetros quadrados, parcialmente cobertos por uma espessa camada de gelo.
Expresso, 14-07-2007
 
 

Não me canso de louvar as descobertas científicas no campo da mente e permitir-me o fascínio.
 
 














Conhecem aquelas pessoas que passam o ano deitadas no sofá e em Julho se lembram que o ginásio é uma grande invenção? Bom, estão a olhar para uma delas.
 
sexta-feira, julho 13, 2007
  Inclusão

Carregue no play

 
  A expressão

Gostaria de saber envelhecer. De, não descuidando os cuidados com a saúde ou a aparência, não ser de uns ou de outros escrava. De saber aceitar com serenidade a inevitabilidade das rugas não fazendo plásticas que me retirem a expressão e me coloquem em vez dela uma rosto liso de boneca de porcelana. A Ana Bola disse em entrevista uma coisa tão simples como esta, e mais ou menos assim: "prefiro que me dêem a idade que tenho, que digam que sou uma mulher de 60 anos que fez uma plástica". A Lily Caneças tem a pele mais lisa que uma miúda de 20 anos mas a idade não se nota para além das linhas do tempo que o peeling disfarçou? Não tenho nada contra as plásticas e até sei em que sítio do corpo as faria e tão pouco acho que a questão da aparência seja de somenos importância. Aliás, pode ser um assunto tão dramático na vida de alguém que se transforma em prioridade. As minhas reservas são as plásticas que nos tiram as rugas e retiram o mais expressivo que temos no rosto, essa coisa indefinível. Gostaria de continuar a pensar assim. Porque a verdade é que hoje é até fácil pensar como penso, a idade não me pesa e gosto de me ver ao espelho.
Se amanhã pensar diferente, cá estarei para lidar com as minhas mudanças interiores e (i)maturidades.
 
 



Cinzia Ryan
 
quinta-feira, julho 12, 2007
  12 de Julho é Parabéns a mim! :)

Acorda bébé, acorda! Hoje é um dia especial!
Foi assim que a minha sobrinha há uns dias "acordou" um boneco, abanando-o com energia.
E há uns anos Deus abanou-me até eu acordar para a surpresa de existir.
Hoje, amanhã, um dia de cada vez: sempre um dia especial. E que eu louve cada dia não como o primeiro, em que chorei de mimo a noite toda, incomodada por ter sido acordada de um sonho tão bom, nem como o último, porque, se o prevesse, o viveria com ansiedade, mas como se fosse apenas único. Até já.
 
terça-feira, julho 10, 2007
  Rasga-me, alegria, um belo sorriso no rosto

.





Eva Armisén



http://www.c-e-m.org/reflexoes/011/4.htm

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  Civismo

Concordei em absoluto com a evidência que o convidado de hoje da Prova Oral desarmou perante os meus ouvidos atentos: Dando o seu exemplo de fumador, António Costa Santos diz que o irrita a recente proibição de fumar em determinados espaços públicos porque não deveria ser preciso institui-la; é uma questão de civismo.

É interessante esta análise vinda de um fumador pois é sabido que a concordância ou discordância com a lei depende as mais das vezes do lado em que se está da barricada. Esta atitude louvável é um exemplo de como uma lei que não beneficia o estatuto pessoal do fumador pode ser bem recebida porque a consciência cívica deste sabe que a sua liberdade de fumar termina quando invade a liberdade do outro de usufruir de um espaço livre de fumo.
 
 

Lalei também conhecida por Laly, e às vezes por Lilly Marleen (era loura de olhos azuis com um ar algures entre o vulgar e o sublime), atirou o cigarro para o chão, pegou no copo que se encontrava em cima da mesa e emborcou-o como se o mundo fosse um deserto.
Adiante-se que Lilly só fumava Camel.



A camel driver pauses in front of the pyramids near Giza, Egypt.
Keith WoodStone

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segunda-feira, julho 09, 2007
 

Ernest olhou para a irmã mais nova com um misto de desapontamento e confiança. Acreditava que se Lalei colocasse a sua enorme força de vontade ao serviço da decidida ambição, seria invencível. Por isso ficava duplamente desiludido com a preguiça e quase desleixo com que geria os negócios. Negócios que além do mais o deixavam desconfiado por Lalei, tendo apenas ocupadas escassas horas do dia, ganhar mais que ele, e se ele ganhava bem!

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- Eulália, de onde é que conheces estes senhores? - Perguntou Ernest, com ar inquisitor.
- Estavam a polir a esquina e eu convidei-os para uma volta no sofá, com direito a bolachas da Scarlet.
- E o que é que "portas" tem aver com isto?
- Como ele tem a mania de andar a espreitar as portas, viu a nossa aberta, resolveu misturar-se. Como a Scarlet é uma mãos abertas, encontraste este filme a rodar por aqui. - Rematou a Eulália, com um sorriso, irónico.

Luis Eme

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Que me desculpem os animados leitores mas a minha querida Laly não é nem vagamente se parece com a Eulália, que na gíria lá do sítio era conhecida por Eulália, a Espartilheira. Apesar de toda a gente saber que era ela que fazia 'a escrita' da casa da Jeca, a Eulália tinha um não-sei-quê de alcova e de alcoviteira que, a par do busto um tanto desmesurado, lhe mereceu a alcunha, decerto posta por algum cliente mal tratado.

Xang

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Shell Collection
Steven N. Meyers
 
domingo, julho 08, 2007
 

Querida Isabel,

neste dia de anos, segue daqui um beijinho de parabéns e um quadro teu, que te ofereço :) muito azul, muito mar e muita paz, saúde e alegria.




Isabel Magalhães
 
sexta-feira, julho 06, 2007
  rosebaby

As barbatanas são as asas dos peixes.

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quinta-feira, julho 05, 2007
  Dolce vita...

 
quarta-feira, julho 04, 2007
  Cadavre-exquis



Naquela noite António tomou a decisão. Decidiu que os seus 50 anos não o iriam impedir de ser feliz, de o tentar ou até de morrer tentando. Saiu de casa com passo firme e foi com uma expressão determinada que desceu as escadas e bateu à porta da vizinha do 5º direito.

- "Expressa-se-me de ti o sentimento do amargo devir singelo qu'as penas que nadam no vento se puseram aqui de rabo pro ar, se puseram de rab'ao léu!" , declamou com voz bem colocada, lembrando-se do efeito fulgurante daquele verso que aprendera no seminário. (pirata-vermelho)

A mulher olhou para ele, surpresa pela visita. O vizinho não era de todo desagradável, mas tinha pensado em alguém mais jovem e alegre. Para triste já bastava ela.
Como lhe iria dizer, que não. Que não queria jantar com ele? (luis eme)

Por outro lado, a verdade é que ele não a tinha convidado para jantar. E a forma convicta como tinha declamado aquele verso inesperado e quase cómico por isso mesmo fazia-o aos seus olhos portador de um humor igualmente inesperado, faceta que lhe desconhecia.
"Bom dia, Capitão! Não sabia que tinha um vizinho tão galanteador"
E piscou-lhe o olho, sedutora e gentil. (vague)


"Isso é um convite para entrar?" (luis eme),

interpelou o desconhecido que assistira aquele diálogo de desencontros lá do degrau onde se tinha instalado para dormir, oculto pelo corrimão e pela rede do elevador art-nouveau e que com um sorriso alvar, de dentes incertos e amarelecidos, pensava agora angariar um jantar desesperado, de uma fome de três dias a dormir ao relento. (pirata-vermelho)

Raios, e eu que estava quase a convencê-la, pensou, furibundo com o inoportuno comentário, e lançando ao autor um olhar assassino. Continuou, fingindo ignorar a interrupção. "Querida Scarlet, dá-me a honra de partilhar comigo uma chávena de chá e uns deliciosos scones acabados de preparar?" E olhou para ela com olhos suplicantes. (vague)

Mas Scarlet, espia da CIA, facto que nem os próprios pais conheciam (pensavam que ela pertencia à KGB) não pôde conter a curiosidade pelo aparecimento daquele estranho que nunca tinha visto no prédio e cuja cara lhe parecia curiosamente familiar. Fitou o estranho que lhe devolveu o olhar aguentando-o com ar desafiador.
Ora qu'esta! pensou Scarlet. Mas que raio...
(vague)

Finalmente pensou numa solução:
- Não posso. Além de não ter chá, o meu marido não ia achar muita graça deixar entrar um desconhecido cá em casa. Mas se esperar um pouco, posso arranjar-lhe umas bolachinhas.
(luis eme)

E com esta resposta ao capitão ocultou o seu embaraço perante a pergunta directa do desconhecido.
O capitão não desarmou. O desconhecido também não. Em uníssono atiraram:
" Essa resposta é para mim?"
(vague)

- Não. É para ele. - Disse, apontando para o porteiro, um careca que apareceu vindo do quase nada, curioso com as vozes que estava a ouvir na escadaria.Os dois homens olharam perplexos com a chegada de uma terceira pessoa. (luis eme)

"Falou em bolachinhas, menina Scarlet?", introduz-se desta forma na conversa Jeremias, porteiro 8 horas por dia e admirador a tempo inteiro d'os olhos verdes da menina Scarlet, a luz dos meus'. (vague)

Sr. Jeremias, entre, faça favor. A torneira que não fecha bem é a da cozinha e o forno anda a aquecer demais. Veja lá que queimei as minhas bolachinhas! (vague)

Scarlet afiançou que a sua educação a obrigava a oferecer bolachas a quem aparecesse e por isso se encontrava munida com tipos para todos os gostos eaté tinha variedades salgadas. E antes que respondessem referiu que tinha apenas o problema de estar sem água para fazer chá. (maria árvore)

"E se elas são coradinhas, se me permite a ousadia, menina Scarlet",e Jeremias baixou os olhos envergonhado.
"Sr. Jeremias, nem as costumo queimar, por isso é urgente que repare o meu forno. Pode entrar agora?"
"Menina, mas as suas bochechinhas queimaram-se como? Encostou a sua cara ao forno?
"E Jeremias procurava no rosto de Scarlet as marcas do ferro em brasa. (vague)

Bolachinhas, Sr. Jeremias, bolachinhas, como no monstro das bolachas, percebe? - e, atónita, verificou que ele se encontrava descalço! (bastet)

'Bababadalgharaghtakamminarronnkonnbronntonnerronntuonnthunn!, gritou, exasperada, já que a solidão daquelas solas a tinham deixado aterrada; mas, para sua grande surpresa e um tanto amedrontada ouviu-o então dizer, em voz baixa e bem timbrada, 'És parvo! Queres levar uma chapada? A senhora está citar o Finnegan... é literatura e da pesada portanto! não te ponhas com fintas que não estás nas tuas sete quintas!'
(pirata-vermelho)

Mas que caldeirada é esta? - Gritou Ernest, ao ver a mulher rodeada de homens e de bolachas.- Ah é o senhor Ernesto! - Exclamou o Jeremias. - É que a dona Scarlet faz umas bolachas que são um espectáculo.- E estes dois, quem são? - Replicou Ernest, com cara de caso, enquanto esfregava a testa. (luis eme)

'Calminh'aí mnino! O respeitinho é uma linda coisa e não s'entr'aquia fazer perguntas como quem entra na casa da Jeca a pedir mninas...', disse a Eulália que, sentada a um canto levantara os olhos do livro - uma edição fac-similada de As Farpas- achando que havia ali barulho a mais e gente a mais, gente que nada tinha a ver com 'o assunto'... (pirata-vermelho)

(À Eulália ficou-lhe o trauma da temporada 'na emigração' em que tivera de fazer de tudo um pouco e das tripas coração. A casa da Jeca ficara-lhe impressa na alma e se bem fora o seu refúgio, assim também muitas vezes foi a sua desgraça; é que não havia cliente que não a confundisse! Não acreditavam que ela era a contabilista... Uma questão que nem sempre se resolvera a seu contento mas que, muitas vezes, lhe trouxera -oh desgraça!- o único e parco sustento. E, porque não dizê-lo, aqui e ali, algum 'alento'...) (pirata-vermelho)

Scarlet olhou atónita para Eulália, irmã de Ernest, mais conhecida por Laly O'Hara, em virtude da paixão que tinha por literatura romântica que comprava em fascículos de revista no quiosque do sr. Zé dos trocados. (vague)

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terça-feira, julho 03, 2007
  Depois de Bodies o cadavre-exquis

Não sei se o cadavre exquis da S. chegou ao seu termo ou se alguém apanhará ainda uma ponta solta por onde despoletar a ressurreição. Não importa; foi muito divertido e daí retirei a ideia de lançar também o meu cadavre-exquis.

O cadavre-exquis e eu desafiamo-los para uma desgarrada. Vamos fazer assim: eu lanço um pequeno texto e depois logo se vê. Combinado? :)
 
 



Spice Pot
Amelie Vuillon
 
 




Shell Collection
Steven N. Meyers
 
segunda-feira, julho 02, 2007
  Foi só um tirinho

(A propósito de uma notícia)
Numa rixa à porta de um bar, no Estoril, uma pessoa foi alvejada. Diz alguém da vizinhança: Não tem importância, isto é um sítio pacato e ainda por cima o tiro foi no pé! São coisas que acontecem.

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  Em fila, waiting for a better mood

Um homem acidental - Iris Murdoch

Um bom homem é difícil de encontrar - Flannery O'Connor

As loucuras de Brooklyn - Paul Auster


A internet e toda estas imensas possibilidades e pistas de informação, formação e diversão roubam não só tempo, mas sobretudo espaço à leitura.
Que podemos fazer para o evitar? Deixe aqui a sua opinião. Se acha que sim, diga sim, se acha que não diga não :)
 
domingo, julho 01, 2007
 

sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos afora calma calma

logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa



Paulo Leminski

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Andorinha lá fora está dizendo:
- "Passei o dia à toa, à toa!"

Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!
Passei a vida à toa, à toa...



Manuel Bandeira

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Sur la marée haute je suis montée la tête est pleine mais le coeur n'a pas assez. Lhasa de Sela


mareehaute.is.vague@gmail.com

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