ccccff
La marée haute
domingo, setembro 30, 2007
  Maria do Rosário Pedreira

Dizem os ventos que as marés não dormem esta noite.
Estou assustada à espera que regresses: as ondas já
engoliram a praia mais pequena e entornaram algas
nos vasos da varanda. E, na cidade, conta-se que
as praças acoitaram à tarde dezenas de gaivotas
que perseguiram os pombos e os morderam.

A lareira crepita lentamente. O pão ainda está morno
à tua mesa. Mas a água já ferveu três vezes
para o caldo. E em casa a luz fraqueja, não tarda
que se apague. E tu não tardes, que eu fiz um bolo
de ervas com canela; e há compota de ameixas
e suspiros e um cobertor de lã na cama e eu

estou assustada. A lua está apenas por metade,
a terra treme. E eu tremo, com medo que não voltes.


Maria do Rosário Pedreira

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  Tiago Bettencourt & Mantha - Canção Simples

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  Era uma vez a morte e o amor

Maria Árvore, alguém disse

...
Escrevo contra a morte

e outro alguém

Escrevo para ser amada



eu?
humildemente ambos.

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  Tratá-la como uma rainha

é o código postal certo e mais tarde o ponto G do coração.

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  JP Simões & Luanda Cozetti - Se por acaso

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sábado, setembro 29, 2007
  valter hugo mãe

agora eu era linda outra vez
e tu existias e merecíamos
noite inteira um tão grande
amor

agora tu eras como o tempo
despido dos dias, por fim
vulnerável e nu, e eu
era por ti adentro eternamente

lentamente
como só lentamente
se deve morrer de amor



valter hugo mãe

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  Caetano Veloso - Cajuína



"Existirmos - a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos, intacta retina:
A cajuína cristalina em Teresina"

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  Ana Marques Gastão

Escreve, se puderes, pois meu corpo oscila, veloz, no círculo
do vento
escreve.. antes que o sol sangre de mim.
Escreve, se puderes, hoje ainda, assim o grão de teu corpo
o permita
escreve... antes que a nostagia desça sobre nós.
Escreve, se puderes, contra a morte, até se perderem tuas
ávidas mãos
escreve... antes que em meu colo caiam mutiladas.


Ana Marques Gastão

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sexta-feira, setembro 28, 2007
  João Miguel Fernandes Jorge

O mar já não era para mim suficiente.
Fazia-me falta um rio
um rio sob a sombra das árvores.


João Miguel Fernandes Jorge

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quinta-feira, setembro 27, 2007
  Portishead - Humming

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quarta-feira, setembro 26, 2007
  Há mar e mar...

Pergunta-me o Erecteu e eu respondo

uma maré alta reza quando se levanta do mar e tenta atingir o céu


Satisfeito? :)

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  A cadeia dos 10 livros ou a prisão domiciliária que não aproveito

O Cap passou-me a corrente d'Os 10 livros que mais nos marcaram. Segue uma amostra incompleta porque estes livros não me definem nem me aprisionam.

A Bíblia seria o livro que levaria para a tal ilha deserta. Porque me ajudou a respirar fundo em alturas sombrias.

_____E se os indígenas das ilhas desertas me permitissem passar na alfândega com mais 9 livros além da Bíblia, seria assim que comporia o meu


..........................................cestinho


O fio da navalha, de Somerset Maugham. Li-o há um bom par de anos e ajudou (?) a desfazer a ideia romântica de que o amor pode ser superior a tudo. Na verdade não tem de ser necessariamente assim. É um livro belíssimo e Mr. Maugham é um autor maravilhoso.

Cem anos de solidão, de Gabriel Garcia Márquez. Aquele início simples e arrebatador. Aquele entrar na história a pouco e pouco. Aquele não conseguir parar de ler e manter o interesse até ao fim. Tanto mundo.

A família, de Mario Puzo. Um retrato que quase me doeu de uma época violenta da história, onde o que mais contava era o poder. Político, económico. O amor subjugava-se-lhe, a morte acontecia sem pudor. Lutas fratricidas, ódios de gerações e, claro, amores impossíveis.

Pássaros feridos, de Colleen McCullough. Peguei nele sem grande fé e acabei por ficar rendida a uma Austrália imensa e a um encantatório amor. Não foram felizes para sempre mas foram intensamente felizes e aposto que Meggie não se arrependeu uma única vez de ter escolhido, entre todos os homens, o padre Ralph.

Paula, de Isabel Allende. Uma história pesada e autobiográfica que foi uma catarse para a autora, na medida em que descreve episódios e sentimentos vividos durante a fase da doença e morte da filha. O meu sentido de oportunidade fez-me lê-lo em longa convalescença
que já passou.

Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. A coragem de ir contra as regras e de fugir do medo.

O rosto de Deus, de Ana Teresa Pereira. Imensa. Escrita intensa e fluida e uma atmosfera irreal.

O fim da aventura, de Graham Greene. Sempre o amor.

Três homens num bote, de Jerome K. Jerome. Porque é um dos livros mais divertidos que alguma vez li.



A quem vou passar isto, hum? Voluntários, cheguem-se à frente!
Vanus, aproveita esta oportunidade para te voluntariares :)
 
terça-feira, setembro 25, 2007
  O quase passa tão depressa

De hoje a 3 meses é Natal.
 
 



Scott Mutter
 
  Terra molhada

Quanto mais o braço está aconchegado e apertado ao peito, melhor para o respectivo conforto e melhoria e pior para o meu pescoço, já que a relação é inversamente proporcional, e este mostra sinais de uma suave violência avermelhada.
Afinal a "baixa" não está a existir lá muito, não. As horas do dia sucedem-se cheias de coisas dentro e urgências emergentes. Estou can-sa-da. Não era isto que estava previsto há uma semana. Tenho livros para ler e filmes para ver neste tempo em que é suposto eu estar em casa a determinadas horas para oferecer um cafézinho aos fiscais da SS caso surjam, que eu estou em prisão domiciliária por horário e atestado da médica embora todos os dias tenha vindo a alargar o horário de permanência no exterior.
Pelo que, do que tenho aqui ao lado, tudo continua intacto. E são, aleatoriamente:
A primeira série completa do Dr. House, de que toda a gente fala e que nunca vi.
Leitura dinâmica, de Ricardo Soares (porque é imprescindível ler mais e mais depressa)
Satisfação, a arte do orgasmo feminino, de Kim Cattrall (porque sou pela saúde global)
Um bom homem é difícil de encontrar, de Flannery O'Connor (porque um romance faz sempre falta)
Executive Digest (porque tem artigos interessantes e uns sapatos vermelhos na capa).
Happy (porque é grátis)
Activa, não me lembro mas se a comprei há certamente um motivo.
Mas agora o que me apetece mesmo é pegar em terra e desfazê-las nas mãos, andar à chuva, sentir o vento a passar dentro das árvores e
adormecer
ao colo.

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domingo, setembro 23, 2007
  Amy Winehouse - You Know I'm No Good

Vencedora dos MOBO (Music Of Black Origine) 2007 na categoria de melhor cantora feminina do Reino Unido.
A voz é naturalmente___ negra.

 
 



Marcel Marceau
(1923-2007)

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sábado, setembro 22, 2007
  Jorge Palma - Escuridão

Divertida :)

 
  Uma ponte pode separar ou unir as pessoas. De que forma vê a net?

Para quê conviver,
se podemos, em vez disso, carregar em teclas e assim fazer a manutenção das nossas relações?

Boa, Debbie.


Hoje fiz umas compras num pequeno supermercado já estrangulado pelas grandes superfícies anónimas e dentro do contexto da conversa, observa o dono do mesmo:

Hoje não há convivência entre as pessoas.


E eu penso no quanto aqui nós 'comunicamos' e 'partilhamos' ideias e estados de espírito e o quanto isso é precioso e enriquecedor. E o quanto estamos afastados uns dos outros, pelo menos fisicamente. Aqui falta o olhar, o toque.
É verdade que tenho aqui mais conversas e me exponho mais que lá fora mas não o lamento nem acho estranho. E tenho conhecido através disto pessoas bonitas das quais algumas fazem hoje parte do meu grupo de amigos e quem me conhece sabe que encaro a amizade como algo precioso e nada banal, um pequeno tesouro que se dá a quem provar merecê-lo, depositando-o com cuidado em mãos que se abrem e se estendem, despojadas.

Em breve falarei sobre pontes e cruzamentos entre realidadess, virtual e material, bem como da necessidade (ou não) ou desejo de tocar quem está do outro lado do écran. E tocar tem o significado vasto de olhar nos olhos, aferir da correspondência, estar no mesmo espaço físico. Afinal o homem é um ser gregário e essa apetência não se esgota nem se satisfaz na virtualidade...
pois não?

Agora vamos para intervalo e aproveitamos para ver um clip! Não saia do seu lugar!
:)
 
  Xutos - Sémen

Foi talvez o meu primeiro contacto com os Xutos e um dos primeiros vinis

lembram-se, ó geração minha, dos singles e dos LP's?

que comprei na pré-adolescência. Simbolo de uma idade e de uma época para uma miúda que começava a querer entender o mundo e entender-se a si.
Ainda não terminou o processo. Continuará miúda? :)

E o próximo passo será sair para um café e um cigarro (o cigarro é só para ficar bem na frase, ê na fumo), ir à biblio, trazer livro, cd e dvd e gozar a minha baixa, descansando o mais possível o braço amarrado ao peito para prevenir recidivas e, muito importante!, encarar as duas semanas que faltam como um tempo para trabalhar sem stress, a partir de casa, sem trânsito e cansaço associado. Na verdade, acho que vou ser mais produtiva.
:)

 
  ,

isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além


Paulo Lemisnky
 
  Ute Lemper - The case continues



há interpretações fantásticas, não há?...

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  ,

Era tão distraída que se sentou na linha de partida e sonhou que tinha chegado.
 
  Madeleine

Causa-me alguma estupefacção a contratação de dois dos mais conceituados advogados ingleses e do bastonário da Ordem dos Advogados para defesa dos McCann, bem como de um assessor do governo britânico, que renunciou ao cargo (!) para iniciar funções de assessoria com o casal.

Parece-me, sem querer dar palpites fáceis (conheço várias pessoas que desde o início, sempre suspeitaram dos pais, embora só agora tenham revelado as suspeitas iniciais...,devia ser para não serem recrutados pela PJ para auxílio), que a investigação e todas as provas recolhidas, sobretudo se se mantiver a ausência de corpo, irão embater no edifício legal da argumentação, subjectividade e construção de dúvidas e que, mais que os factos, pesarão no desenvolvimento processual a experiência, manhas e perícia dos advogados. Será?

Das duas uma, no cenário actual tal como o vejo e sem ser espectadora fiel: ou os pais são responsáveis directos na morte de Madeleine ou estão a ser vítimas de um diabólico embuste extraordinariamente bem montado para os incriminar. Só alguma destas opções me parece justificar toda a parafernália mediática e legal que tem vindo a ser alimentada.

Mas isto é o meu palpite fácil.
 
sexta-feira, setembro 21, 2007
  se o vento é a ignição

se o vento é a ignição
das árvores venha o
temporal, elas ateadas sobre
as nossas cabeças, desmembradas
da terra como voadores desajeitados, meu pai
já conheço o vão da tua fome, peço-te,
faz de mim uma colher
divina



valter hugo mãe

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  Beth Gibbons - Mysteries

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  off the record

(Este mundo está louco)
 
quinta-feira, setembro 20, 2007
 

(...)
Lemos de mais e escrevemos de mais,
e afastámo-nos de mais – pois o preço era
muito alto para o que podíamos pagar –
da alegria das línguas. Ficaram estreitas
passagens entre frio e calor
e entre certo e errado
por onde entramos como num quarto de pensão
com um nome suposto; e quanto a
tragédia, e mesmo quanto a drama moral,
foi o melhor que conseguimos. (...)


Manuel António Pina
 
  Rufus Wainwright - Going to a town



6 de Novembro, Coliseu de Lisboa.
 
  Seu Jorge - Life On Mars

Coliseu de Lisboa, 12 de Novembro.

 
  Elizeth Cardoso - Barracão



Elizeth, "A Divina", vive e canta Barracão como ninguém. Desde a primeira vez que a ouvi fiquei rendida à magia desta voz e a esta interpretação portentosa que atravessa o peito e o dilacera.

(Não se assustem, pf )
;)

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quarta-feira, setembro 19, 2007
  Operação trrim-trrim

é, segundo o Luis Eme o nome da iniciativa que sugere no dia de hoje (Dia da mobilidade) aos munícipes de Almada a deslocação para o trabalho de...bicicleta.
Creio que a ausência de ciclovias na zona fará esta iniciativa mudar de nome e para o ano teremos a Câmara Municipal de Almada a anunciar alegremente a Operação dói-dói trrim trrim.
 
  E agora, José?

Quando se imagina que uma determinada condição física de limitação e dependência se pode arrastar no tempo e à espreita está a imensa dúvida da recuperação, há que adaptar a vida e os planos aquilo que só acontece aos outros. Como na reportagem da sic, lembram-se? Que nome fantástico e persuasivo lhe deram, não poderia ser melhor que este: "Só acontece aos outros" - um nome que é um murro no estômago da nossa independência.
Quando o caso não é grave nem tem toque de irreversível, a dependência é uma imensa maçada, pois é, limita-nos muito, faz-nos depender dos outros para coisas básicas do dia a dia, mas sabemos que amanhã, dali a uns dias, três semanas ou dois meses estaremos na posse da nossa independência. E como ela sabe duplamente bem quando é reencontrada. Imagino que haverá alguém que se reverá numa ou noutra das circunstâncias pelas quais faço voo rasante e de fugida.

Adia-se porque se pode adiar. Se não há razões para adiar, vai-se, com apoio dos outros, dependente, mas quem é que pode em rigor dizer que é independente? Rodeamo-nos de computadores, de máquinas que nos poupam tempo e fazem as coisas por nós, vamos ao supermercado on-line, vamos ao Espaço, podemos trabalhar em casa, temos dinheiro e podemos comprar o mundo, quem é que precisa de alguém?


É tudo uma ilusão de independência e autonomia. O homem mais livre é aquele que menos precisa de bens materiais para viver. O que não precisa do telemóvel que lhe controla os passos e o deixa à mercê do mundo; o que não faz sacrifícios para ter a roupa de marca nem para ter o carro que impressiona os amigos; o que sabe que a vida é um momento breve que dura umas dezenas de anos
e depois
 
  Caetano Veloso e Chico Buarque - O Quereres



"A bruta flor do querer"!

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  Como As Espigas

Finalmente (embora
saibas que não há
nem fim nem princípio):
deves dizer ainda
que há uma rosa de espuma
no teu peito e que
o seu perfume
não se esgota. E que lá
também existe
uma fonte onde bebem
as flores silvestres. Mas não
humildes, como ias
chamar-Ihes: altas
como as espigas
do vento, que no vento
se esquecem e que no vento
amadurecem.


Albano Martins
 
terça-feira, setembro 18, 2007
  TORANJA - Laços

Os laços mais fortes são os que não (se) apertam.

 
segunda-feira, setembro 17, 2007
  O teste

De novo o exercício da paciência. Apoiada na mão esquerda enquanto a direita se abraça ao peito, amorosa, estado de paixão que se prolongará por 3 semanas, consigo mesmo assim, sem demasiado esforço utilizar o computador e escrever com ela, a minha preciosíssima mão direita (sou dextra). Convém no entanto poupar ao máximo o braço dorido, pelo que agora mesmo troco a mão que escreve e passo a utilizar a esquerda, exercitando assim - dizem - áreas do cérebro diferentes das habitualmente utilizadas.
Sempre achei o óbvio. Se vivermos por algum tempo com algumas limitações físicas, as coisas que dantes se fazem automaticamente e sem consciência adquirem o valor de proezas pelo custo que representam: e aqui fala-se da dificuldade, lentidão, paciência e a constante atenção ao presente.
 
  Chavela Vargas - La Llorona (Clip)

 
  De repente

repara que ainda não desfez a mala e que a luxação no braço (nome que se dá à dolorosa e gritante experiência em que o ombro sai do lugar) o vai obrigar a andar 3 semanas de braço ao peito e com os planos adiados.
Tudo pode mudar no último momento. Espera-se que o facto de escrever não canse toda a zona que foi objecto de tratamento de choque reagindo com um sonoro estalo. Mãeeee!
 
  E se de repente

depois de ter as malas malas feitas e o voo marcado para dali a duas horas, escorregasse ao sair de casa obrigando o braço a aparar a queda?
 
domingo, setembro 16, 2007
  Rufus Wainwright - Cigarettes And Chocolate Milk

 
sábado, setembro 15, 2007
  paris alguém dá boleia

dizia um papel colado nas costas de um adepto de rugby em Lyon, há pouco, na televisão.

e eu pensei: é esse mesmo o nome para o blog que quero criar.
 
  Isn't she lovely

 
  YouTube sem som - as minhas FAQ

Porque é que no YouTube o som é sempre tão baixo? Eu coloco o volume do som no máximo, tanto no pc como no wmp e mal consigo ouvir o som. Isto só acontece no YouTube, não em cd's ou na rádio. Alguém me consegue dar explicação ou pista?
Obrigada :)
 
sexta-feira, setembro 14, 2007
  Beirut - "Elephant Gun"

 
  chocolate milk and cigarettes

a 6 de Novembro, Coliseu, Lisboa
 
quinta-feira, setembro 13, 2007
  e diz também

She had a pretty gift for quotation, which is a serviceable substitute for wit.

Somerset Maugham
 
  Diz que é uma espécie de segredo

When you have loved as she has loved, you grow old beautifully.

Somerset Maugham
 
quarta-feira, setembro 12, 2007
  Para vocês aí :)



Anna Flores

3 anos de vida nesta data querida para a menina titi vague,

que foi como a minha sobrinha adorada me cantou os parabéns, ela que tem menos 2 meses que este blog,

para a menina titi ....
muitas felidades,


Pois é. 3 anos. É bom estar aqui com vocês.
 
  the marvellous chaos within

Preciso de me organizar. Rever as prioridades e permitir-me ao mesmo tempo ser flexível o suficiente para aceitar o que a vida tem para me dar (?) Deverei aceitar o que ela me dá? Procurar aquilo que acho que está certo? Guio-me pelo princípio do momento?
Ela (a dita) tem-me ensinado que pensamentos que tinha, dogmas e os eu nunca e eu sempre foram e são redefinidos. A capacidade de julgar numa perspectiva maniqueísta esbate-se. Esbate-se? Ou será o que digo a justificação para os relativismos dos comportamentos e inseguranças que tenho e tenho vindo a descobrir?
Não me respondam, mais que respostas eu preciso de perguntar. Ou então falar falar falar com alguém que me oiça e aceite e sem se colocar do meu lado nem contra mim consiga fazer o mesmo caminho. O que não acontecerá. Este caminho é só meu. Como é que se pode desejar não estar sozinho e querer ao mesmo tempo estar?
 
terça-feira, setembro 11, 2007
  Lhasa - La Confession

"Sur la marée haute je suis montée la tête est pleine mais le coeur n'a pas assez."

 
segunda-feira, setembro 10, 2007
  Could you read 100 novels in 100 days?

Coud you?



A Booker prize judge can.

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  Imagino que esta fotografia



Jose Jimenez


tenha sido uma das que mais nos chocou senão a que mais nos confrontou e fez doer - não sei se pelo desespero, abandono ou desapego se pelos braços que parecem voar.
 
  Homens que são como lugares mal situados

Homens que são como lugares mal situados
Homens que são como casas saqueadas
Que são como sítios fora dos mapas
Como pedras fora do chão
Como crianças órfãs
Homens sem fuso horário
Homens agitados sem bússola onde repousem


Homens que são como fronteiras invadidas
Que são como caminhos barricados
Homens que querem passar pelos atalhos sufocados
Homens sulfatados por todos os destinos
Desempregados das suas vidas

Homens que são como a negação das estratégias
Que são como os esconderijos dos contrabandistas
Homens encarcerados abrindo-se com facas

Homens que são como danos irreparáveis
Homens que são sobreviventes vivos
Homens que são como sítios desviados
Do lugar



Daniel Faria
 
  E esperemos que nunca mais 11 de Setembro



Spencer Platt

o fotógrafo que ganhou a World Press Photo 2006.
 
  Billie Holiday - Lover Man

e assim me apetece o frio, um chocolate quente e dois braços fortes à volta do coração.

 
  Berardo, Press e Rufus

Depois de termos ido ao museu do Tio Joe, ia-te convidar para a Wold Press Photo, Sara, mas vejo que ontem foi o último dia. Que sentido de memória tão inoportuno.
Até ao Rufus Wainwright, Novembro, who knows?
Vais, Bird?
 
domingo, setembro 09, 2007
 



The Chandelier
Scott Mutter

"For thirty years, Scott Mutter has employed classic photomontage techniques to create a world of his own -- a more perfect world. The hallmark of Mutter's remarkable imagery is the distinct sense that the elements of each picture belong together, even though the combination may violate the laws of physics."
 
  Por que não cai a noite, de uma vez?

Por que não cai a noite, de uma vez?
— Custa viver assim aos encontrões!
Já sei de cor os passos que me cercam,
o silêncio que pede pelas ruas,
e o desenho de todos os portões.

Por que não cai a noite, de uma vez?
— Irritam-me estas horas penduradas
como frutos maduros que não tombam.

(E dentro em mim, ninguém vem desfazer
o novelo das tardes enroladas.)



Maria Alberta Menéres
 
  depois de agosto

tenho ido vagamente aos blogs. espreito aleatoriamente, pouco comento e regresso. penso que é normal sucederem-se, a períodos de frenética actividade comentadora, outros de acalmia, de contemplação, de encontro com os poetas, com a fotografia, com o cinema, os actores e as actrizes, com a estética e a beleza, com os objectos feitos arte.
o mês de agosto cá em casa foi assim. e como me deu prazer este meu lado contemplativo.
 
sábado, setembro 08, 2007
 



Christophe Agou
 
  Notícias felizes

ou melhor, constatações felizes

são também estas que deixei em Agosto: O microcrédito e o seu mentor: o Nobel da Paz 2006.

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  trapos

há pessoas que vestem a roupa, que a usam para revelar o seu estilo, a interpretam. a outras é a roupa que as veste, que se serve delas, que lhes dá identidade e quase visibilidade.
difícil separar?
atitude. a diferença está na a-ti-tu-de...
 
  recordando




World Press Photo of the Year 2006
Spencer Platt
 
  a secret is a lie

A photograph is a secret about a secret. The more it tells you the less you know.

Diane Arbus (1923-1971)
 
sexta-feira, setembro 07, 2007
  Notícias felizes



Intelligence and capability are not enough. There must be the joy of doing something beautiful.
- Dr. G. Venkataswamy

Mais que a notícia do prémio, feliz mesmo é a existência do Aravind Eye Care Sistem, cuja excelência foi hoje, uma vez mais, reconhecida internacionalmente.

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  Só p'ra dizer que

a minha fé na "Humanidade" está por um fio

fino.
 
quarta-feira, setembro 05, 2007
 



Nicole Kidman by Annie Leibovitz

A menina mulher de Outubro da Vanity Fair

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Para arder no lume da intensa doçura
é preciso desviar a palavra do seu alvo redondo
e balbuciar vacilando em verdes veredas
o som vegetal da nua imperfeição


António Ramos Rosa
 
 



Sebastião Salgado

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Italiano para principiantes
e
Os sonhadores

O primeiro trouxe porque ganhou um prémio

O segundo foi o realizador que me puxou


Ao acaso, sem mais referências que estas e sem me seduzirem demasiado por si mesmos, ou por aquilo que da sinopse li, deixo a curiosidade planar. De vez em quando é bom aceitar o risco de não vir a gostar nada,

e não se importar de perder tempo

com esse risco
 
terça-feira, setembro 04, 2007
  solidariedade

,
voltei à direita e caí no chão, de-va-gar (vi-me a cair em câmara lenta naqueles segundos)
o rapaz sentado na esplanada a beber cerveja sentado ficou - é verdade que me levantei acto contínuo a ter caído, mas -
a mulher que passava eu caída no chão quase no ar, precisa de ajuda?,
não obrigada e dignamente alisei a roupa e a postura
surpreendida estranha
 
  Não se deve cultivar o deslumbramento, mas



Sebastião Salgado
 
 

Amanhã voltarei ao ritmo solar
No céu azul os aviões passarão
Quasi devagar


Sophia de Mello Breyner Andresen
 
segunda-feira, setembro 03, 2007
 



Imogen Cunningham
(1883-1976)
 
  às vezes no poema

é preciso voltar atrás retocar o que se terminou deslizar imperceptivelmente as mãos em movimentos de asas fazê-las atravessar como num quadro de ardósia o espaço do poema apagá-lo fingir simular o voo.
 
 

Mas tu pensas que o mar te não esqueceu:
por isso voltas cada ano a esta praia
onde tudo o que permanece te ignora;
e encaras o mar como se fosses tu,
ainda tu,
quem recebe na face a mudança dos ventos.


Luís Filipe Castro Mendes
 
 



Marilyn by Eve Arnold
 
 

(...)
As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».

É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.


Jorge Sousa Braga
 
domingo, setembro 02, 2007
  saborear Life in Mars

e um Hagen-Dazs strawberry cheesecake




e o tempo pára por minutos.
 
sábado, setembro 01, 2007
 

Há frutos que é preciso
acariciar
com os dedos com
a língua

e só depois
muito depois

se deixam morder.



Jorge Sousa Braga
 
 



Richard Avedon
(1923 – 2004)

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  40 anos depois (d)o olhar



Edward Hopper
(1882 - 1967)
 
Sur la marée haute je suis montée la tête est pleine mais le coeur n'a pas assez. Lhasa de Sela


mareehaute.is.vague@gmail.com

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