Neverland


Os domingos têm alguma coisa rota entre os dedos ou então são as minhas mãos que escorregam e se perdem no dorso dos dias.
E a despropósito porque o que é previsível enjoa e até da imprevisibilidade me farto, minha ou alheia, interiorizo o que sei e me esqueço. Se ao vivo em directo e a cores nítidas de olhos de frente para olhos que conhecemos bem, surgem mal entendidos e interpretações diferentes do que o interlocutor disse (até que ponto o que dizemos é aquilo que o outro ouve?), como evitar, na imensidão da net e de blogs que gostamos de ler e de acompanhar, como evitar mal entendidos que nem os mails sem rosto nem voz conseguem desfazer? E por vezes as explicações não pedidas ainda criam uma sensação de que o outro se está a preocupar com coisa nenhuma, não terá mais que fazer? e que tenho eu a ver com isso?
E já cumpri a minha obrigação dramática de hoje ( ando a treinar para actriz de comédia, é isso, pois é ), agora vou ver se relax, se leio, se saio, se fico, se almoço com a família ou talvez não
e mais logo, na meia tarde, na hora mágica em que os sonhos são reais na terra do nunca,
conto um pouco do que me iluminou no filme de ontem (aparte a estrutura facial de Johnny Deep).
Etiquetas: cinema