Another passage in time*
Escrevo de cor e com algumas imprecisões o que um dia li no
poiso virtual do Francisco José Viegas.
Estamos todos de passagem pela rede, não tenhamos ilusões. Nem vale a pena filosofar muito sobre o assunto.
Um dia morremos pois. E antes disso morreram amores dentro de nós, morreram sonhos, despedimo-nos do passado que também nos fez. O que é um blog se não parte de nós? Parte ínfima e no entanto intensa quando se dá de si. Mesmo que em meias palavras, mesmo quando não se quer dar.
É pouco, é vasto, é escasso e é tudo, começa assim um poema de Pablo Neruda.
Lembro-me com a magnífica precisão de quem está a assistir a uma peça, da imagem e das palavras de uma pessoa que conheci num contexto emocional particular. Frase simples que foi dirigida a quem conversava na ocasião e que naquele momento e para sempre ajuda a relativizar quase tudo.
Nós não somos daqui.
* e não é que agora o próprio nome do grupo parece fazer sentido?
(
A passage in time, dos
Dead can dance)