Metades imperfeitas e palavras breves
Se existirem duas metades perfeitas que se conjugam na perfeição e que não sabem da existência uma da outra, poder-se-à chamá-las de almas gémeas?
Isto vem a propósito disto mesmo, nem tem aliás propósito algum e concluindo antes de me entusiasmar e esquecer o tempo o relógio a roupa a passar a ferro, seria uma crueldade do universo criar dois seres que se completariam
se se pudessem no mesmo tempo e espaço encontrar. Às vezes penso nisto.
Às vezes penso também em como seria um exercício bom tornar mais breve o que escrevo, seja em posts ou comentários. Só que, como disse já várias vezes, citando uma frase que li, do Pº António Vieira e que se encaixa na perfeição, 'Gostava de ter sido mais conciso mas não tive tempo'.
É que escrever ao correr da pena não me custa nem cansa, flui como um pensar alto; o trabalho, se trabalho fosse, seria cortar, depurar, ler o que escrevi horas depois e expulsar tudo o que não fosse o traço essencial linear e breve de uma palavra.
Etiquetas: com o sol a iluminar o olhar