O cansaço apodera-se devagar e insidiosamente da estruturas do rosto e a seguir lança os seus longos braços à volta da memória e dos reflexos. Entra no carro e esfrega os olhos vermelhos para espantar o sono e a lassidão; teme que no breve segundo do pestanejar, eles se rendam aos belos olhos de Morfeu.
anteontem saí de casa às 8 e cheguei às 9. ontem saí às 9 e cheguei às 10. hoje saí às 9 e vou chegar às 8. levo uma pasta com trabalho para o fim de semana. bebo dois cafés por dia. vou passar a tomar um.
Marlena Shaw is a singer. Born Marlina Burgess in 1942, New Rochelle, New York, Shaw was discovered by Chess Records in 1966. She released her first two albums on their subsidiary Cadet Records. She moved to Blue Note Records in 1972, and was that label's first female artist. Shaw still performs and records today.
Saliente-se a oportunidade da menção a "outros criminosos conhecidos".
publicado por vague às 27.2.080 comments
Hart
gosto de quebrar os dias a meio e acordar com vontade e sono. não o faço, estou em Portugal. não me daria mal do outro lado da fronteira (aquele ursinho é parecido com o meu e vive comigo desde os [meus] 6 anos).
E o desafio, o desafiómetro, melhor dizendo, é escreverem a vossa perspectiva do futuro, disse ela . ... A pensar na matéria para o desafio da Maria Árvore deu de caras com as notícias da vinda a Portugal de Mr. Toffler. Procurou na estante o livro de Alvin Toffler que comprou há 10 anos ou 20 e que nunca leu.A terceira vaga, eis que. Não, hoje não. ... Deu corda à imaginação por dois breves mas intensos minutos, e entrou de rompante no futuro. Abriu a porta. Do lado direito estava uma maquineta que desfazia os alimentos em puré, que depois ia servir de recheio a cápsulas substitutas de refeições. Um homem de sorriso fácil colocava o peixe, as batatas e a fruta com tanta leveza dentro da máquina que os seus gestos pareciam passos de dança. O homem voltou-se e foi então que ela viu que a camisola não tinha costas. O homem também não. Em seu lugar estava uma placa e um écran e mais abaixo duas pilhas encaixadas. Não quis ver mais. Foi à estação de comboios e pediu um bilhete de volta para casa. Ah menina...os comboio foram desactivados. Agora só se comprar uma cápsula do tempo e em três minutos estará onde quer estar. Mas...não se sente bem aqui? Olhe que aqui ninguém se cansa, ninguém sofre, ninguém se chateia, ninguém perde tempo, ninguém sofre...
I know a man who curses his brother I know a man who lives for no other Always chasing after money Thinks a poor man is funny It's hard, it's hard to believe he's a child of God
I know a woman who steals from her mother That same woman she gets drunk from one day to another Kicks her kids out in the street There's another man under their father's sheets I find it hard, I find it hard, I find it hard It's hard to believe she's a child of God
I know some people who go to church on sunday These same people, they wear a sheet on monday Talk about justice being free They're watching lynchings so easily I find it hard, I find it hard, I find it hard It's hard to believe these are children of God
I find it hard to believe right now These people call themselves children of God
Tens uma paleta a que faltam algumas cores. Talvez porque há substâncias a que não soubeste dar expressão. Ou porque elas são incolores. Ou porque em toda a realidade há fendas que nem pela palavra nem pela cor alguma vez saberás preencher.
I wish I was a punk rocker ou o poder da internet e do talento. E de um pouco de sorte também!
Nesta altura falei pela primeira vez de Sandi Thom no blog, seduzida pela forma como se deu a conhecer ao mundo (caso não tenha sido essa mesma forma fabricada em sede de marketing. a vida às vezes obriga-nos a ser cínicos).
Alexandria "Sandi" Thom[1] (born August 11, 1981) is a Scottish singer-songwriter from Macduff in Aberdeenshire. Thom has sold over a million albums and a million singles worldwide, and releases her second album entitled Pink and the Lily in early 2008. Thom first became famous for webcasting gigs from her basement flat in Tooting.
Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou. Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça. Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.
Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso. (...) Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço.Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.
Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa.
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho.
Alerta-se a quem tem viagem marcada para a Índia para o facto de a tigre fêmea que se evadiu da sua jaula em Azambuja, evadiu-se de novo, desta vez na Índia, onde tinha ido apanhar ares e visitar a família, estando o motivo da fuga, segundo a nossa fonte, que pediu o anonimato, relacionado com desavenças familiares com a avó por causa de partilhas. Refugiou-se em cima de uma palmeira e disse ao presidente da junta, muito experiente em negociações e que serviu de intermediário, que não sai de lá enquanto não chegar a Assistência em Viagem, que a leve de novo para Azambuja, onde fez amizade com um gato de ombros largos, marialva e de coração mole que, condoído da pobre gata (assim a chamou ele, depois do assobio da praxe), telefonou para a seguradora com o seu recém adquirido fónix enquanto pelo canto do olho lançava à tigresa (outra expressão dele) um olhar de galã ao mesmo tempo que cofiava os asseados bigodes.
Depois desta conversa interessante sobre o Holocausto, aqui também referido, confesso o meu interesse por voltar ao tema e umas das razões será o pouco conhecimento que tenho e que se calhar a opinião pública terá sobre as teorias de negação do Holocausto e respectivos fundamentos. Há uns tempos li algo sobre o assunto e foi para mim uma surpresa imaginar que alguém tentava branquear a História perguntando-me eu ao mesmo tempo quais os motivos sujacentes a essa postura.
Depois penso que tudo aquilo que nós sabemos sobre a História parte da informação que nos é dada na escola ou pela comunicação social ou por livros que o nosso eventual espírito de auto-didacta exija. Será que poderemos em algum momento ter sido sujeitos a uma lavagem cerebral colectiva sobre algum tema controverso? Não me espantaria demasiado e repugnar-me-ia imenso. Na verdade quem poderá afirmar a verdade absoluta de alguma coisa?
A propósito veja-se o Museu Virtual de Aristides de Sousa Mendes, que vejo como um herói. Tenho muito poucos heróis e este é muito especial.
publicado por vague às 19.2.0812 comments
- Acho melhor falar de poesia e música e pintura e fotografia. Talvez assim afaste a vontade que tenho de dizer que este país me está a cansar e a entristecer, tanta é a incompetência, o laxismo, o salve-se quem puder, o a culpa é dele não é a minha, os jobs for the boys, o absentismo no Parlamento, os senhores pedófilos, a senhora corrupção, os jogos de futebol a abrir os noticiários e, como se não bastasse, o descafeinado que não presta no café da esquina.
- A ASAE não cumpre as próprias regras. Brilhante.
- Inundações: quem são os responsáveis? O Ministério do Ambiente, as autarquias? Se escolher o primeiro diga 1, se escolher o segundo diga 2 ou então venha o diabo e tire à sorte. Choveu um dia e já o país anda de pernas para o ar. Lembro-me de, quando eu era miúda, chover dias a fio e haver controlo sobre as consequências de dias assim. Hoje não, hoje uma parte do país parece viver uma situação de catástrofe, com desalojados, duas mortes, casas com água até meio.
Isto era o que eu diria se tivesse paciência. Como não tenho, navego pelos meus poemas e pela minha música e deixo a revolução para mais tarde.
publicado por vague às 18.2.084 comments
De todos os traços da beleza feminina, a boca é a única feição que recorda - a única sobre a qual os beijos e as lágrimas deixam marcas que o tempo não apaga.
Não tenhas medo do amor. Pousa a tua mão devagar sobre o peito da terra e sente respirar no seu seio os nomes das coisas que ali estão a crescer: o linho e genciana; as ervilhas-de-cheiro e as campainhas azuis; a menta perfumada para as infusões do verão e a teia de raízes de um pequeno loureiro que se organiza como uma rede de veias na confusão de um corpo.A vida nunca foi só Inverno, nunca foi só bruma e desamparo. Se bem que chova ainda, não te importes: pousa a tua mão devagar sobre o teu peito e ouve o clamor da tempestade que faz ruir os muros: explode no teu coração um amor-perfeito, será doce o seu pólen na corola de um beijo, não tenhas medo, hão-de pedir-to quando chegar a primavera.
Uma das coisas de que mais gosto na Fotografia é a possibilidade que ela tem de contar uma história e assim superar a própria imobilidadade.
publicado por vague às 17.2.082 comments
sábado, fevereiro 16, 2008
Guy Le Querrec
17th arrondissement. Place de la Porte Maillot Palais des Congrès. Centre international de Paris. Friday 9th March, 1979.
Finalmente a decisão de primeiro dia de ginástica ao fim de muitos meses, depois de verificação do peso matinal. Nem penso duas vezes. Ao meu lado, dois rapazes arfam e não era por mim. Com pequenos gritos de guerra ou de alívio esforçam-se para ganhar músculo. Todos os dias. Um exemplo (ai que tosse agora, desculpem).
e a minha sobrinha merece as estórias que lhe recolho, reunidas num só sítio, além de que por vezes consciencializo-me de que falo de coisas da vida dela e pessoais para que as escreva num blog onde falo de tudo o que me quero e me apetece e, acreditem, é muita coisa. Um redemoinho de pensamentos, informação em processamento e esta demasiada sensitividade (será que se pode dizer isto em vez de sensibilidade?) e outras vezes alheamento consciente e auto-defensivo da coisas do mundo, quando mergulho naquele só meu onde não entra ninguém.
Hipatia, aqui está a minha contribuição para o desafio The best sex scene ever made. Será uma das e não a. E ainda bem, que as classificações absolutas desgastam as coisas e desgastam-nos a nós.
A química que a Juliette Binoche e o Jeremy Irons conseguem criar na tela é apelativa e sensual. Desconte-se o facto de eu achar sempre o Jeremy Irons sensual, mesmo quando quieto e caladinho... :)
Uma breve nota para uma palavra crucial na utilização da internet - hoje e cada vez mais: a segurança. E foi assim que nasceu, num belo dia de sol, o Dia da Internet Segura.
O que acho fascinante é esta ausência de espaço, este não-lugar que partilhamos, com todos os riscos que pode acarretar, sobretudo para utilizadores muito jovens, under 15 (como eu).
se te falo que não há outro rio antes do abismo que é por esse que os ventos fogem do cais se te digo que sei de toda a verdade embora a não pratique (porcelana orlas de floresta e voz) tu dizes: levei muito tempo a entender que as coisas vivem.
Vou lendo Fantasias eróticas - segredos das mulheres portuguesas, de Isabel Freire, livro nascido do Sexualidade feminina. E isto para dizer que estou de pleno acordo com a afirmação que a psicóloga Gabriela Moita faz no livro: Temos ideia que agora há muita informação sobre sexualidade, mas não há. Há muito lixo sobre sexualidade. publicado por vague às 11.2.080 comments
agora sabemos (das coisas): a luz vem da experiência do saber. de qualquer modo já não recordo bem todos os sítios que habitámos sei que jogávamos verdades e consequências por turnos nas traseiras do prédio cinzento: éramos o mundo.
João Luís Barreto Guimarães
(As linhas acima emolduradas e muitos dos poemas transcritos nas últimas semanas são da belíssima obra "Desfocados pelo vento" A poesia dos anos 60, agora - Antologia
World Press Photo, 1962. Members of the jury (Morris Gordon, Simon Clyne) looking at photographs. (...) publicado por vague às 10.2.082 comments
Parto rumo maravilha Rumo à dor que houver p'ra vir Se eu encontrar uma ilha Paro p'ra sentir E dar sentido viagem A sentir que eu sou capaz Se o meu peito diz "Coragem!" Volto a partir em paz
Esperam-me ondas que persistem Nunca param de bater Esperam-me homens que resistem Antes de morrer Por querer mais do que a vida Sou a sombra do que eu sou E ao fim nao toquei nem nada Do que em mim tocou
Conclusões definitivas sobre o amor! (em construção!)
................................ ........................ ..............o amor é tão vasto tão mundo em si mesmo que dizer amor não basta. faltam as palavras, sobram as gastas há muito. duas linhas bastam-me para dizer o indizível. e talvez seja amor o que sinto pelo Antony quando o oiço cantar assim...
aquela sensação de chegar à nossa casa quentinha num dia de chuva. Debbie Harry
um vírus que se instala no nosso sistema e nos faz executar o programa de querer tão bem a outra pessoa como a nós mesmos. maria_arvore
O amor sei que existe. Já o vi por ai Com os seus trejeitos coloridos e gestos distraidos. Já o li nos versos inflamados de Lorca Ouvio-o da boca embriagada de Gainsbourg. Dizem à surdina que sabe a pão com nozes. O amor. Alcebíades
é o fechar a porta com certeza e desejar abri-la vezes sem conta só para voltar a fechada outra e outra vez... Cymbron
O Amor dá a todos os seres humanos a capacidade de se compreenderem a si próprios e o direito de se enganarem em relação aos seus semelhantes. Paulo Vinhal
parece-me pouco dizer q é quando alguém nos faz sentir únicos e especiais e nos permite oferecer-lhe o mesmo. mm
sentir-me em casa aconchegada nos braços de quem se sente em casa aconchegado nos meus. Zu
Amor é chorar pelas mágoas do companheiro... sorrir pela felicidade do companheiro... temer que cada dia seja o último dia... mas ainda assim feliz por saber que valeu a pena aquilo que se viveu até então... Gonçalo
o amor não se rege por palavras, pelo desassossego da multiplicidade de sentidos, do caos babélico à espera de interpretações; é nos gestos mais pequenos que o medimos sempre, na sublime intimidade muda que explode numa cacofonia de significados. Hipatia
Atirar uma bola de neve à Suzy, em pleno mês de Agosto. L'etranger
um desequilíbrio hormonal crónico (a paixão é um desequilíbrio hormonal agudo)... e a morte é o equilíbrio hormonal derradeiro... Lino Centelha
um sentimento que nos faz sentir felizes... Que nos faz sentir completos... Que nos faz sentir parte de... sem posse de e por... Partilhas
Não sei o que é ou como aparece. Mas adivinhei-o na urgência dos meus dedos contornando a tua boca e nas rosas vermelhas que nos floriram dos beijos. vague
Two sixth-formers from every school in England are to visit Auschwitz to learn about the Holocaust, under a government-funded initiative to help to ensure that the lessons of the Nazi genocide live on with a new generation. Times, 04/02/2008 publicado por vague às 7.2.080 comments
Quando o Supremo Comandante das Forças aliadas, General Dwight D. Eisenhower encontrou as vítimas dos campos de concentração, ordenou que fosse feito o maior número possível de fotos, e fez com que os alemães das cidades vizinhas fossem guiados até aqueles campos e até mesmo enterrassem os mortos. E o motivo, ele assim explanou: ' Que se tenha o máximo de documentação - façam filmes - gravem testemunhos - porque, em algum ponto ao longo da história, algum bastardo se erguerá e dirá que isto nunca aconteceu'.
Esta semana, o Reino Unido removeu o Holocausto dos seus currículos escolares porque 'ofendia' a população muçulmana, que afirma que o Holocausto nunca aconteceu.
Estamos há mais de 60 anos do término da Segunda Guerra Mundial. Este email está sendo enviado como uma corrente, em memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos e 1900 padres católicos que foram assassinados, massacrados, violentados, queimados, mortos de fome e humilhados, enquanto Alemanha e Rússia olhavam em outras direcções.
Agora, mais do que nunca, com o Irão, entre outros, sustentando que o 'Holocausto é um mito', torna-se imperativo fazer com que o mundo jamais esqueça.
A intenção em enviar este email, é que ele seja lido por 40 milhões de pessoas em todo o mundo. Não o apague. Você gastará, apenas, um minuto do seu tempo a reencaminhá-lo.
Esta semana, o Reino Unido removeu o Holocausto dos seus currículos escolares porque 'ofendia' a população muçulmana, que afirma que o Holocausto nunca aconteceu. publicado por vague às 7.2.082 comments
Nao vou procurar quem espero Se o que eu quero é navegar Pelo tamanho das ondas Conto não voltar Parto rumo Primavera Que em meu fundo se escondeu Esqueço tudo do que eu sou capaz Hoje o mar sou eu
Capitão Romance, de Ornatos Violeta
publicado por vague às 6.2.080 comments
a líder
- gostavas de ter um mano, m? - (pausa) e depois eu mando nele?
Acrescente-se que a minha sobrinha diz, bom dia senhora, quando vê a senhora da limpeza e pede licença quando tem de ultrapassar algum obstáculo no caminho (diga-se a bem da verdade que a maior parte dos obstáculos no caminho são peças de puzzles, legos e afins).
O modo como se tem desenvolvido a vida das grandes empresas, nomeadamente da banca e dos seguros, envolvendo BCP e Banco de Portugal, incluindo as remunerações dos seus administradores e respectivas mordomias, transformou-se num escândalo nacional, criando a repulsa generalizada.
É consensual que o país precisa de grandes reformas e tal esforço deve ser reconhecido a este Governo (mesmo com os erros e exageros que têm acontecido).
Alguém tinha de o fazer e este Governo arregaçou as mangas para algo que já deveria ter ocorrido há muito tempo. Mas não tocou nestes grandes beneficiários que envergonham a democracia, com a agravante de se pedirem sacrifícios à generalidade da população que já vive com muitas dificuldades.
O excesso de benefícios daqueles administradores já levou a que o próprio Presidente da República tivesse sentido a obrigação de intervir publicamente.
Mas tudo continua na mesma; a promiscuidade entre o poder político e o económico é um facto e feito com total despudor.
Uma recente sondagem Gallup a nível mundial, e também em Portugal, mostra a falta de confiança que existe nos responsáveis políticos deste regime.
Tenho 47 anos de serviço ao Estado, nas mais diferentes funções de grande responsabilidade, sei como se pode governar com sentido de serviço público, sem qualquer vantagem pessoal, e sei qual é a minha pensão de aposentação publicada em D.R.
Se sinto a revolta crescente daqueles que comigo contactam, eu próprio começo a sentir que a minha capacidade de resistência psicológica a tanta desvergonha, mantendo sempre uma posição institucional e de confiança no sistema que a III República instaurou, vai enfraquecendo todos os dias.
Já fui convidado para encabeçar um movimento de indignação contra este estado de coisas e tenho resistido.
Mas a explosão social está a chegar. Vão ocorrer movimentos de cidadãos que já não podem aguentar mais o que se passa.
É óbvio que não será pela acção militar que tal acontecerá, não só porque não resolveria o problema mas também porque o enquadramento da UE não o aceitaria; não haverá mais cardeais e generais para resolver este tipo de questões. Isso é um passado enterrado. Tem de ser o próprio sistema político e social a tomar as medidas correctivas para diminuir os crescentes focos de indignação e revolta.
Os sintomas são iguais aos que aconteceram no final da Monarquia e da I República, sendo bom que os responsáveis não olhem para o lado, já que, quando as grandes explosões sociais acontecem, ninguém sabe como acabam. E as más experiências de Portugal devem ser uma vacina para evitar erros semelhantes na actualidade.
É espantosa a reacção ofendida dos responsáveis políticos quando alguém denuncia a corrupção, sendo evidente que deve ser provada; e se olhassem para dentro dos partidos e começassem a fazer a separação entre o trigo e o joio? Seria um bom princípio!
Corrija-se o que está errado, as mordomias e as injustiças, e a tranquilidade voltará, porque o povo compreende os sacrifícios se forem distribuídos por todos.
A NASA vai divulgar a canção dos Beatles «Across the universe» no cosmos a 04 de Fevereiro, uma estreia absoluta, para celebrar simultaneamente o cinquentenário da agência espacial norte-americana e o nascimento do grupo britânico.
A transmissão, que começa às 00:00 de terça-feira (hora de Lisboa) será orientada na direcção da estrela polar (Polaris), a mais brilhante da constelação da Ursa Menor, situada a 431 anos-luz da Terra (um ano-luz corresponde a 9.460 mil milhões de quilómetros).
A culpa dos tigres fugirem foi da Assistência em Viagem! que uma pessoa paga para lhe transportarem os bens
«O nosso carro avariou ontem à noite, terça-feira, foi rebocado, masa jaula teve de ficar no local. A pessoa que ficou a guardar os animais foi hoje de madrugada ao Cartaxo buscar água para lhes dar e quando regressou as portas estavam abertas, atadas com uma corda, e os dois tigres desaparecidos», afirmou Miguel Chen. Portugal Diário publicado por vague às 2.2.084 comments
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
O
Entrei, à esquerda uma pequena galeria com diversos objectos expostos, quadros, peças feitas artesanalmente. Por debaixo dos pés a laje com inscrições, túmulos. Contornando uma parede o bar. Bar/restaurante/café, onde são (penso que ainda são) servidas pequenas e económicas refeições e cujas receitas revertem a favor da paróquia local. Não sei se ainda é assim, penso que não faria sentido mudar, pois parece fazer parte da própria cultura local. A partir desse dia quando ia visitar uma Igreja fazia questão de me deslocar ao bar, almoçava, lanchava ou simplesmente ficava a descansar um pouco dos muitos quilómetros que me dava prazer caminhar diariamente. E em todas as que entrei, em todas encontrei um sítio simpático, acolhedor e económico. No entanto era a Igreja que fica em frente à National Gallery que tinha o bar mais cativante de todos que conheci ou pensarei assim porque foi o primeiro em que entrei, ao tropeçar na minha curiosidade e ao descer as escadas de pedra até à cave. A propósito, lembrem-me de, quando for a Bragança, não perguntar onde é o bar da igreja.
Descobri o bar por acaso. Tinha feito uma primeira visita ao interior da Igreja e ao sair para fazer o reconhecimento da área circundante, deparei-me com um lance de escadas que desembocava num pequeno átrio e numa cave. Eu, curiosa como o tigre antes de ser sedado, desci. (Cont.)
Achei interessante o conceito que em terras de Sua Majestade Queen Elisabeth é aparentemente comum. Depois desta revelação cultural e tendo gostado da experiência, em cada Igreja em que entrava perguntava onde era o bar. (Cont.)
Há uns anos atrás e pela primeira vez entrei no bar de uma igreja. Estava a gozar umas longas e merecidas férias e, à solta em Londres, qual tigre em Azambuja, entrei na Igreja de St. Martin-in-the-fields. (Cont.)