Terra molhada
Quanto mais o braço está aconchegado e apertado ao peito, melhor para o respectivo conforto e melhoria e pior para o meu pescoço, já que a relação é inversamente proporcional, e este mostra sinais de uma suave violência avermelhada.
Afinal a "baixa" não está a existir lá muito, não. As horas do dia sucedem-se cheias de coisas dentro e urgências emergentes. Estou can-sa-da. Não era isto que estava previsto há uma semana. Tenho livros para ler e filmes para ver neste tempo em que é suposto eu estar em casa a determinadas horas para oferecer um cafézinho aos fiscais da SS caso surjam, que eu estou em prisão domiciliária por horário e atestado da médica embora todos os dias tenha vindo a alargar o horário de permanência no exterior.
Pelo que, do que tenho aqui ao lado, tudo continua intacto. E são, aleatoriamente:
A primeira série completa do Dr. House, de que toda a gente fala e que nunca vi.
Leitura dinâmica, de Ricardo Soares (porque é imprescindível ler mais e mais depressa)
Satisfação, a arte do orgasmo feminino, de Kim Cattrall (porque sou pela saúde global)
Um bom homem é difícil de encontrar, de Flannery O'Connor (porque um romance faz sempre falta)
Executive Digest (porque tem artigos interessantes e uns sapatos vermelhos na capa).
Happy (porque é grátis)
Activa, não me lembro mas se a comprei há certamente um motivo.
Mas agora o que me apetece mesmo é pegar em terra e desfazê-las nas mãos, andar à chuva, sentir o vento a passar dentro das árvores e
adormecer
ao colo.
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