Dar o peixe e ensinar a pescar - O banqueiro dos pobres e o microcrédito
Gosto da palavra
ajuda, da palavra
solidariedade, gosto dos seus conceitos. E a palavra
caridade, se a despojarmos de uma certa significação pejorativa, é bonita. Mas temos, se quisermos ser coerentes, de nos abstrair do contexto actualmente pejorativo e ir à pureza, à essência das coisas. Ter
caridade e
compaixão é colocarmo-nos no lugar de, imaginar que podíamos ser nós. Já disse isto tantas vezes que me repito, não é? Estas noções e atitudes são muito mais que princípios católicos, aliás estão para além deles, estão acima das religiões de cada um e respeitam tão simplesmente à nossa comum humanidade.
Deixo aqui uns textos que repesquei quando conheci a história de Muhammad Yunus, Prémio Nobel da Paz e a sua vontade de ajudar o próximo, levando essa atitude ao ponto notável de ter melhorado a vida de milhares de pessoas. Primeiro deu o peixe, depois ensinou a pescar.
Isto enquadra-se mais uma vez na tal visão do ser humano como um todo, não olhando os mais desfavorecidos como coitadinhos, mas como seres que precisam de ser ajudados a recuperar a dignidade que muitas vezes a extrema pobreza, ausência de auto-estima e degradação humana, retiraram.
Conhecido como o Banqueiro dos Pobres, Muhammad Yunus recebeu em 10-12-2006 em Oslo o Pémio Nobel da Paz pelo seu conceito inovador de Microcrédito.
Muhammad Yunus, economista nascido no Bangladesh, inventou o conceito simples do "microcrédito", na tentativa de auxiliar os mais desfavorecidos que não tinham hipótese de contrair empréstimos "tradicionais" junto da banca, por falta de garantias.
Hoje, o conceito de microcrédito de Yunus é directamente responsável por milhões de empréstimos que permitiram sair da extrema pobreza outras tantas famílias um pouco por todo o Mundo.
AquiEntrevista com Muhammad Yunus, fundador e presidente do Grameen Bank.
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