As aparências - II
Imagino que haja alguma explicação dos psicólogos para o facto de a maior parte dos acusados de crimes violentos serem invariavelmente descritos pelos vizinhos como pessoas calmas e pacíficas.
(.)Responde assim a
Ana G à chamada, esclarecedora e atenta:
de facto é uma característica de alguma forma comum e se pensarmos bem é justamente isso que causa o factor surpresa. ora se existe alguém rebelde, agressivo, com uma tipica personalidade de pro-crime, estará, à partida, muito vigiado pela comunidade onde se insere e espera-se, ou não causa espanto, se cometer algum acto hediondo.
em contrapartida os passivos, os bem-comportados, os socialmente-aceitáveis surpreendem e chocam ainda mais, porque não compreendemos as motivações.
mas é importante perceber que qualquer um de nós possui um gatilho passível de disparar mediante determinadas circunstâncias de vida... essas circunstâncias e os mecanismos que possuimos ou não para lidarmos com as adversidades, podem muito bem ser factores e variáveis condicionantes às atitudes, quer seja do bonzinho, quer do mauzinho.
atenção que neste caso há o tipico desajuste social que evitou um cenário de suicidio individual... isto é, assassinou os restantes membros da família para os poupar à rede social que julgou poder ser cruel. de facto se queria morrer, que o fizesses sozinho, não é? (.)