Pessoas que têm vocabulário me fazem recuperar a fé na humanidade. É. Parece doido, mas é verdade. Ler é sempre bom, ler qualquer coisa é bom. Ler blog, gibi, internet, revista jornal, tudo isso é muito bom. Mas ninguém vai descobrir o que é comezinho, taciturno, obnubilado, parcimônia, hodierno sem ter pego um clássico nas mãos. E não tô falando de juridiquês, nem economês. Tô falando de língua portuguesa. A leitura de massa nivela por baixo, precisa se fazer compreender para o maior número de pessoas, instantaneamente, é assim, é bom que seja assim. Mas o que diferencia é, claro, o diferente, o que nos faz subir alguns degraus. Eça, Machado, Joyce, Lorca, Lispector, Hilst, Drummond, Manoel de Barros, Camilo, tantos outros. Aí você me diz que não faz falta saber o significado dessa palavras para se comunicar. Que pena pra você.