Desafios, riscos, fronteiras, perigos,sensatez e liberdade
(...)Vários casos têm sido notícia no país, nos últimos anos, alguns dos quais nasceram e foram sendo alimentados pelo uso das novas tecnologias - as redes sociais, as mensagens de telemóvel... E o Guardian abordava os novos riscos destas ferramentas.
Os professores são encorajados a manter contacto com os alunos, mesmo fora da escola, usandoe-mails, SMS, salas de conversação por vezes nos próprios sites dos estabelecimentos de ensino, e as fronteiras estão a esbater-se - entre casa e escola, entre espaço público, que não escapa ao olhar de outros professores e de outros alunos, e o privado.
Nada que seja estranho também para os professores portugueses. "Os alunos colocam dúvidas por e-mail e acabam a enviar mensagens onde falam dos seus problemas pessoais, os professores sentem-se tentados a envolver-se e cria-se um espaço indefinido" que é preciso gerir cuidadosamente, diz João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores. A margem para os mal-entendidos aumenta quando a comunicação não se faz olhos nos olhos.
"Esta plataformas são excelentes ferramentas de trabalho", diz, por seu lado, José Morgado, psicólogo e professor do Instituto Superior de Psicologia Aplicada. E na sua utilização deve simplesmente imperar o bom senso.
Por detrás do computador, ou na sala de aula, um professor "que deixa confundir os atributos do seu papel está a correr riscos" e a esquecer que o que os alunos esperam de facto do professor não é que ele seja "o irmão mais velho, ou o tipo porreiro", é que seja "um professor com P grande"(...).Público, 26/09/2009.
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