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La marée haute
terça-feira, agosto 21, 2007
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(**Texto de Gil Giardelli)

A internet confunde os limites da vida dentro e fora da rede, è como um grande palco de teatro de espelhos, onde o tímido se torna extrovertido, o calmo se torna visceral, o rude se torna romântico. No mundo.com, pessoas criam identidades imaginarias e passam horas, dias e anos nessa vida paralela.

Em “Até o fim do Mundo”, de Wim Wenders, o ser humano fica viciado numa tecnologia que mostra, no vídeo, imagens de seus sonhos.

Em “Matrix”, os irmãos Wachowski pintam um futuro no qual somos todos parte de uma realidade virtual.

Em AI – Inteligência Artificial, de Steven Spielberg, uma mulher luta por David, o menino robô programado para amá-la. Tudo isso faz parte da nossa cultura narcisista, acelerada, solidária e imediatista. O problema clássico do narcisista envolve a solidão e o medo da intimidade. Segundo esse ponto de vista, criamos com o computador um, objeto muito poderoso, um objeto que nos da à ilusão de companhia sem exigências da intimidade, uma extensão do próprio ser. A vida em rede da uma nova dimensão ao poder do velho ursinho de pelúcia ou da fraldinha de estimação. Permite ao indivíduo ser solidário sem jamais estar sozinho. São dezenas de amigos, no seu Inbox, no seu Messenger ou no seu Facebook, Myspeace ou SecondLife… ufa …

Ciberespaço é um palco novo exótico, um instrumento de auto – reflexão, uma espécie de espelho para encenar conflitos pendentes, para exercitar dificuldades pessoais, para superar problemas graves, utilizando os recursos do ciber- socialização.

Permite ao individuo ser solidário sem jamais estar sozinho. A internet nos permite conhecer ninguém profundamente. Pois o Mundo.com está fazendo milhares de pessoas abandonarem suas vidas sociais reais, por horas on-line.

Vem cá, me responde uma coisa! Transar virtualmente com uma desconhecida, do outro lado do mundo no Second Life? É infidelidade com sua namorada ou marido? Não sei responder e você?


Na vida digital, a pessoa encena, sim, sua identidade, a encenação é séria. Nós usamos computadores, é inevitável. Isso significa que o poder do computador com seu dom de simulação e visualização muda nosso jeito de pensar, muda toda nossa cultura. O mundo digital é solidário, é conveniente; acessamos e enviamos mensagens de qualquer hora ou destinatário às lê quando bem entender.

Há quem diga que a internet muda tudo, e há quem julga que pensar assim é algo totalmente ultrapassado. Certamente é um exagero, em ambos os casos. Devemos questionar não apenas o que o Mundo.com faz por nós, mas aquilo que faz connosco.

Certamente, para muitos a internet já mudou a forma como falar “Eu te amo”
.

....................................................Aqui
 
Comments:
E...
terá sido 'a internet' (!) que provocou a troca da expressão portuguesa 'eu amo-te' pela brasileirice de telenovela sic 'eu te amo'?
'Quem não lê é como quem não vê!' (c)
 
Grandes amigos além mar, seja "eu te amo" ou "eu amo-te" a internet nós faz ficar mais próximos!
La marée haute, muito obrigado pelo post. bjs Gil Giardelli
 
Pirata, não é 'brasileirice', é um texto escrito por uma pessoa de nacionalidade brasileira; entendeu o contexto agora, certo?
 
Ora, Gil, um dos prazeres da internet é o da comunicação e partilha, e esse prazer foi meu tb :)
 
A internet mudou a minha vida.
 
e depois!? pelos vistos vocês têm isso tudo.
ai estas manias de se meterem na vida dos outros. eu cá, gosto de foder com o chuveiro do poliban.
 
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