Ele amou aquela mulher porque ela tinha um riso fresco, uma contagiante alegria de viver, e sobretudo não era quotidiana. Mas depois de casar exerceu sobre ela um longo trabalho de domesticação, porque inconscientemente não podia aceitar que uma mulher casada não fosse igual a determinada imagem que se impunha. Forçou, lutou e aos poucos, recalcitante, ela foi cedendo. Qunado a viu o dia inteiro ocupada na casa, banal, cinzenta, áspera e um pouco gorda, deixou-a entregue aos afazeres domésticos e foi procurar outra mulher que tinha um riso fresco, uma contagiante alegria de viver, e sobretudo não era quotidiana.