Fuerza bruta

Falava com pessoa amiga na prosaica Casa das Sandes sobre o amor. Agradam-me os não-cenários. Para ambas, a conclusão sobre este estado existencial, limite por nos confrontar com aquilo que nos é superior, foi a identificação paralela de posições: o amor, o verdadeiro, é raro. Se é amor, é verdadeiro, dir-se-à, pois cada palavra carrega uma verdade inteira. E eu digo: Seria assim se as palavras não fossem desvirtuadas na sua significação pelo uso inapropriado e abusivo.
Acredito no amor mas poucas disse amo-te não porque tivesse amado pouco mas porque amei intensamente cada momento único e precioso e só desta forma apaixonada e ligeiramente despreendida me consigo interpretar. As dádivas são inesperadas e livres, raras e ciosas de cuidados.
Sobre o amor, digo que é raro mas não irrepetível. E às vezes sim.
E vou-me, saindo do computador surripiado no meio de um momento.
E de momentos gratos é feito o amor. De preferência sem o medo de se ser
simplesmente feliz.Etiquetas: "qualquer coisa em forma de assim" a o'neill