Alcancei o cais com esforço. O suor corria-me pelas faces e as minhas mãos suavam de tal forma que poderia beber o meu próprio medo pelos pulsos. Comecei a andar na direcção da multidão. Na cidades, não se cumprimentam as pessoas, a não ser que precisemos delas. “Boa tarde, desculpe, como posso chegar ao Bairro da Chusma?”
Vasco Pires Sousa, in VermelhoLivros que prometem escritores começam assim. Meia dúzia de palavras e um mundo dentro a palpitar. Como um coração. Vermelho.
Parabéns, Vasco.
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