O sentimento
de férias começa a surgir, iniciado que é hoje o primeiro dia de uns quantos de fuga ao quotidiano. Ano intenso, duro, rico, revelador, feito de recuos e avanços, mas mesmo os recuos não serão uma espécie muito particular de desenvolvimento e teste à nossa capacidade de lutar e renascer?
Mais que o início de um novo ano, o início de umas férias ansiadas (meio programadas meio
vamos lá ver se é hoje que decido o destino) é para mim desejavelmente um período de liberdade e reencontro comigo.
Ao sabor de mim mesma. Livros e revistas dispersos pela casa começam a empilhar-se em cima da mesa da sala desejosos como eu de sair por uns dias. O saco de praia ao pé da porta, a mala grande de viagem aberta para se deixar inundar. O corte com o quotidiano quero-o suave. Nos primeiros dias organizo a casa, vou ao ginásio sem hora marcada, ao cinema quando sentir vontade, atiro para a mala umas calças, uma blusa mais, brincos, o verniz.
Depois uns dias fora de casa. Planos afinal. Apesar da tal vontade de liberdade há certamente na minha cabeça um plano pré-estabelecido, quanto mais não
o plano da ausência de planos. A vida avança todos os dias, a cada minuto. E a vida são momentos, a vida é este dia, esta hora, este desejo, esta consciência de o saborear.
..........................................................DedicadDedicado à L. .................................. ..que partiu para o céu no esplendor da beleza.Etiquetas: "qualquer coisa em forma de assim" a o'neill, vidas