.........................................~...................lança campanha associada à música para combater o estigma da doença mental.
Projecto concebido por Zé Pedro Reis (Xutos) em parceria com a Paula Homem e o Pedro Tenreiro tem a sua primeira edição já na próxima Quinta-Feira.
No passado mês de Outubro a Encontrar-se - Associação de Apoio às Pessoas com Perturbação Mental Grave- lançou uma campanha de sensibilização para travar o estigma da doença mental. Desenvolvida em parceria com a agência criativa Loewe e com a agência de meios Tempo OMDa campanha decorre em duas fases e tem com principais objectivos
- iniciar um processo de sensibilização do público para as doenças mentais, através de um projecto positivo e construtivo que se desenvolverá de forma continuada no tempo;
- contribuir para a gradual substituição dos estereótipos ligados à doença mental que contribuem para a discriminação e isolamento das pessoas que sofrem directa e indirectamente de doença mental, no sentido de melhorar as atitudes de que são alvo;
- promover o aumento do conhecimento da natureza das doenças mentais e alternativas de tratamento, no sentido de incentivar a atempada procura de tratamento e o aumento de esperança daqueles que sofrem directa e indirectamente de doença mental e possibilitar, com base na informação referente à natureza das doenças mentais e alternativas de tratamento, a gradual diminuição do peso associado à doença mental, no sentido de facilitar a vivência, directa e indirecta, desta realidade.
A segunda fase desta campanha tem inicio já no próximo dia 10 de Janeiro com o lançamento do movimento UPA - – Unidos para ajudar, cujo mote é “Levanta-te contra a discriminação das doenças mentais”. Nesta fase o movimento UPA aposta num projecto de associação à música portuguesa.
Todos os meses, a partir de Janeiro do próximo ano, duas personalidades marcantes da nossa música irão colaborar na gravação de uma canção alusiva aos temas propostos pela Encontrar+se, tendo sempre como ponto de partida duas palavras (ou atitudes...) antagónicas, procurando desta forma alertar para a necessidade de uma mudança de mentalidades na forma como a doença mental é encarada entre nós. Serão dez temas que, um a um, mês após mês chegarão até nós.
DATA, TEMA, MÚSICOS, GRUPOS
Janeiro 2008 DISCRIMINAR / INTEGRAR Xutos e Pontapés / Oioai
Fevereiro 2008 NEGAR / ASSUMIR Rodrigo Leão / J.P Simões
Março 2008 SEPARAÇÃO / UNIÃO Camané / Dead Combo Abril 2008 MEDO / COMPREENSÃO GNR / The Gift Maio 2008 CULPA / TOLERÂNCIA Sérgio Godinho / Xana Junho 2008 VERGONHA / ACEITAÇÃO José Mário Branco / Mão Morta
Julho 2008 DEPENDÊNCIA / AUTONOMIA Cool Hipnoise / Tiago Bettencourt
Agosto 2008 OFENDER / RESPEITAR Paulo Gonzo / Balla
Setembro 2008 DESESPERO / ESPERANÇA Mariza / Boss AC
Outubro 2008 SOLIDÃO / FRATERNIDADE Jorge Palma / Clã
O projecto foi concebido pelo Zé Pedro Reis (Xutos) em parceria com a Paula Homem e o Pedro Tenreiro, e terá a direcção artística e produção de Nuno Rafael, conceituado músico e cúmplice habitual de Sérgio Godinho. Paralelamente serão feitos videoclips (30’) da música, e um cartaz com uma ilustração do tema do mês. Sempre que mensalmente se inicie a divulgação de um tema, é intenção da ENCONTRAR+SE disponibilizar em formato digital o mesmo no seu site, sendo esta uma forma de atrair as pessoas ao site onde se disponibilizará informação complementar sobre diferentes temas ligados à doença / saúde mental (fichas informativas, links, entre outros). “O UPA procura, de forma responsável e alegre levar as pessoas a dar o pequeno passo que fará toda a diferença no entendimento e aceitação das doenças mentais. Este “levanta-te contra” é tanto dirigido às pessoas que não aceitam, adiam, negam e vivem em sofrimento por causa de uma doença mental, como para qualquer um de nós que ainda lida mal com esta realidade.” Filipa Palha - Coordenadora do Projecto Encontrar-se Sobre a Encontrar-se A “ENCONTRAR+SE” é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, de utilidade pública, sem fins lucrativos, que surge da necessidade de desenvolver soluções para as dificuldades encontradas no desenvolvimento, implementação, avaliação e investigação de respostas adequadas às exigências próprias da reabilitação psicossocial da pessoa com doença mental grave. “A estigmatização dos doentes mentais continua a ser uma realidade. As pessoas doentes ou diminuídas mentais confrontam-se com medos e preconceitos que aumentam o seu sofrimento pessoal e agravam a sua exclusão social” (Livro Verde sobre a saúde mental, 2006).