terça-feira, fevereiro 26, 2008
O futuro
E o desafio, o desafiómetro, melhor dizendo, é escreverem a vossa perspectiva do futuro, disse ela .
...
A pensar na matéria para o desafio da Maria Árvore deu de caras com as notícias da vinda a Portugal de Mr. Toffler.
Procurou na estante o livro de Alvin Toffler que comprou há 10 anos ou 20 e que nunca leu. A terceira vaga, eis que. Não, hoje não.
...
Deu corda à imaginação por dois breves mas intensos minutos, e entrou de rompante no futuro. Abriu a porta.
Do lado direito estava uma maquineta que desfazia os alimentos em puré, que depois ia servir de recheio a cápsulas substitutas de refeições. Um homem de sorriso fácil colocava o peixe, as batatas e a fruta com tanta leveza dentro da máquina que os seus gestos pareciam passos de dança. O homem voltou-se e foi então que ela viu que a camisola não tinha costas. O homem também não. Em seu lugar estava uma placa e um écran e mais abaixo duas pilhas encaixadas.
Não quis ver mais. Foi à estação de comboios e pediu um bilhete de volta para casa.
Ah menina...os comboio foram desactivados. Agora só se comprar uma cápsula do tempo e em três minutos estará onde quer estar. Mas...não se sente bem aqui? Olhe que aqui ninguém se cansa, ninguém sofre, ninguém se chateia, ninguém perde tempo, ninguém sofre...
publicado por vague às 26.2.08
E o desafio, o desafiómetro, melhor dizendo, é escreverem a vossa perspectiva do futuro, disse ela .
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A pensar na matéria para o desafio da Maria Árvore deu de caras com as notícias da vinda a Portugal de Mr. Toffler.
Procurou na estante o livro de Alvin Toffler que comprou há 10 anos ou 20 e que nunca leu. A terceira vaga, eis que. Não, hoje não.
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Deu corda à imaginação por dois breves mas intensos minutos, e entrou de rompante no futuro. Abriu a porta.
Do lado direito estava uma maquineta que desfazia os alimentos em puré, que depois ia servir de recheio a cápsulas substitutas de refeições. Um homem de sorriso fácil colocava o peixe, as batatas e a fruta com tanta leveza dentro da máquina que os seus gestos pareciam passos de dança. O homem voltou-se e foi então que ela viu que a camisola não tinha costas. O homem também não. Em seu lugar estava uma placa e um écran e mais abaixo duas pilhas encaixadas.
Não quis ver mais. Foi à estação de comboios e pediu um bilhete de volta para casa.
Ah menina...os comboio foram desactivados. Agora só se comprar uma cápsula do tempo e em três minutos estará onde quer estar. Mas...não se sente bem aqui? Olhe que aqui ninguém se cansa, ninguém sofre, ninguém se chateia, ninguém perde tempo, ninguém sofre...
Etiquetas: desafios
publicado por vague às 26.2.08
Comments:
<< Home
As couves e as alfaces também não sofrem, não é?...
Gostei muito da forma corrida como construíste o texto para falar da desumanização. E claro, do humor das «duas pilhas encaixadas». ;)
Muito obrigada por teres participado. :)Repete logo após a meia-noite chez moi. ;)
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Gostei muito da forma corrida como construíste o texto para falar da desumanização. E claro, do humor das «duas pilhas encaixadas». ;)
Muito obrigada por teres participado. :)Repete logo após a meia-noite chez moi. ;)
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