Teatro
Na selva dos meus órgãos, sobre a qual foi desde sempre a pele o
firmamento, ao coração coube o papel de rei da criação. Ignoro de que
peça é todo este meu corpo a encenação perversa, onde se vê o sangue
rebentar contra os rochedos. Do inferno, aonde às vezes o sol vai buscar
as chamas, sobre ele impediosamente jorram os projectores.
Luís Miguel Nava
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