As doze badaladas
O ano novo não me apanhou parada à espera, com doze passas numa mão e um copo de espumante na outra.
Atravessei-o eu, caminhando em direcção ao metafórico futuro, na rua, de saída de casa de uns amigos e dirigindo-me a casa de outros. Foi então que ele me surpreendeu, efusivo no meio da rua fria e de pessoas às janelas desejando às duas únicas pessoas que caminhavam na rua um ano bom enquanto à volta os fogos de artifício e o barulho dos tachos compunham a banda sonora mágica. Abracei a minha amiga. Isto só pode significar um ano de viragem para esse tal futuro imaginário, disse ela, enquanto erguíamos os copos inexistentes. À nossa!
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