Ilhas azuis
Cinco minutos para deixar uma réstea do dia. Há coisas a estudar para que amanhã o dia se me entregue mais confiante. Mas há a revista e o cansaço e a roupa para amanhã e
O idiota que quero ler para ver se gosto mais de Dostoievsky. As
Noites brancas não me causaram aquele espanto apaixonado. Ora, e que interessa para mim mesma, se gosto de Dostievsky ou não?
Ora, nada. O que eu gosto é da ideia dos clássicos como livros senhores da eternidade.
E regresso ao meu lugar onde hoje não quero grandes devaneios mentais nem especulações intelectuais. Entrego-me serena a essa pequena ilha onde recupero e onde renasço.
E penso, irritada, na inutilidade de uma pergunta cuja resposta não me interessa: Que livros leria Dostoievsky?