Rosinha, minha canoa
(...) - Viu, minha filha? Não é assim tão difícil nascer.
- Mas dói um pouco...
- Se não doesse, a vida não teria preço. Agora trate de caminhar. Você precisa sair, andar, perfumar a distância que existe até ao outro lado. E você não tem prática, vai levar todo o resto desta noite...(...)
A chuva reclinou-se para um lado e antes de dormir de todo ainda falou com ternura:
- Você vai achar a vida linda...sempre depois que chove...
Bocejou mais forte e parece que nem escutou todo o agradecimento do seu coração vegetal:
- Obrigado, Dona Chuva...José Mauro de Vasconcelos,
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Rosinha, minha canoaEtiquetas: com o sol a iluminar o olhar