60 chávenas de café*
Ontem à noite, entre o habitual e irritante zapping que faço, cruzei-me com este* título. Nome inusitado para filme, deixa lá ver de que trata.
Começou da forma mais simples, um rapaz que se dirige a uma estação de serviço e vai pedindo cafés, e vai bebendo, 5, 10, 15, por aí fora. Leu que beber 60 cafés é o limite da sobrevivência física e da sanidade mental, depois disso o coração dá de si e ele quer testar obsessivamente as suas fronteiras, possivelmente o romper de um amor deu o mote, é de lei que os amores perdidos nos levam a encarar os limites, como é de lei que qualquer uma tem excepção.
O que achei interessante
(nota caseira: aumentar o leque vocabular de elogios) foi a simplicidade complexa da história, a existência de poucas personagens, ele, a empregada de café, uma criança e a sua mãe, dois homens que fazem apostas sobre o sucesso do desafio auto-imposto. E finalmente o situacionar da história num espaço físico limitado. Como se fosse um palco com um cenário só. E no entanto bastaria mais um
enfeite para ser demasiado.
O miúdo pergunta-lhe porque bebe ele tanto café. Responde com uma pergunta:
porque é que vais passear ao parque do i.forgot.the.name?Para ver a paisagem, diz a criança.
Ora aí tens, replica o rapaz.
Etiquetas: "qualquer coisa em forma de assim" a o'neill