Pela blogosfera fora
destaco o magnífico texto do
Sem pénis nem inveja que se segue e reproduzo. Para ler, reler, tresler e dar a ler. E penso que uma anti-fórmula é também uma fórmula e que nós, mulheres, acabamos por baralhar os homens com tanta informação - e isso é ambivalentemente bom... Não me perguntem porquê.
Dele, dizem algumas elas:
_ Não pode ser mais um. Não pode suplicar. Não pode exigir além do indizível contrato. Não pode transmitir culpas e solidões como aumento no carrego de pedras às costas da mulher que as rejeita. Não pode invocar sistematicamente o ‘decide tu’. Não pode assenhorear-se do espaço alheio. Não pode ser um «pipi com meias altas» (figurinha cinzenta copiada do «está-a-dar»). Não pode ter GPS instalado no cérebro que mapeie a mulher. Não pode ser repetitivo nas «estórias». Não pode recontar seduções antigas. Não pode rejeitar nomes e verdades dele e dela. Não pode exercer a dúvida sobre o dito com o coração. Não pode ignorar matizes da voz feminina nem erguer fantasmas roídos.
_ Deve ser uma praia de seixos rolados brilhantes pela maré. Confiar no que oferece e deseja. Deve aceitar a mulher e ser aceite tal qual é. Deve esconder recônditos que somente lhe pertencem. Deve respeitar o mesmo na parceira. Deve rir e chorar. Deve ser inteligente, perspicaz, ter humor. Olhar, a direito, nos olhos. Ser louco se apetecer. Transgressor. Leal antes, durante e depois com a certeza de ser entendido pela mulher. Deve ser autónomo em casa – precisar dela por saber das capacidades bastantes que possui para lidar com as miudezas do dia-a-dia. Deve ser Holmes pelo múltiplo saber e não pela arrogância. Dr. Watson porque sentimental e romântico. Lamechas se quiser.
Não satisfazendo o deve e por dever que ame e seja amado sem contabilidade miúda. Homem dela e dele a mulher. Porque sim. A melhor das razões.
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