"Mas a explosão social está a chegar. Vão ocorrer movimentos de cidadãos que já não podem aguentar mais o que se passa.
É óbvio que não será pela acção militar que tal acontecerá, não só porque não resolveria o problema mas também porque o enquadramento da UE não o aceitaria; não haverá mais cardeais e generais para resolver este tipo de questões. Isso é um passado enterrado. Tem de ser o próprio sistema político e social a tomar as medidas correctivas para diminuir os crescentes focos de indignação e revolta.
Os sintomas são iguais aos que aconteceram no final da Monarquia e da I República, sendo bom que os responsáveis não olhem para o lado, já que, quando as grandes explosões sociais acontecem, ninguém sabe como acabam. E as más experiências de Portugal devem ser uma vacina para evitar erros semelhantes na actualidade.
É espantosa a reacção ofendida dos responsáveis políticos quando alguém denuncia a corrupção, sendo evidente que deve ser provada; e se olhassem para dentro dos partidos e começassem a fazer a separação entre o trigo e o joio? Seria um bom princípio!
Corrija-se o que está errado, as mordomias e as injustiças, e a tranquilidade voltará, porque o povo compreende os sacrifícios se forem distribuídos por todos."
mesmo assim somos demasiado pacificos para explodir...
são apenas focos.
normalmente são os militares que fazem as revoluções (foi assim em 1926 e 1974), ou então grupos armados ligados a organizações como a maçonaria (a carbonária em1910).
embora a situação social no nosso país caminhe para o insustentável, com o desemprego a crescer diariamente, alterando completamente o dia a dia de milhares de famílias que deixam de ter condições para pagarem os empréstimos das casas e dos carros...
tem havido demasiados casos para provocarem a revolta popular, como os aumentos escandalosos dos gestores públicos e privados (o caso do Penedos da REN com os 157% de aumento é o melhor exemplo...), mas o povo abana os ombros...
outra coisa que me irrita profundamente, Vague, é os portugueses terem inveja do vizinho, que ganha mais uns trocos que ele, ao mesmo tempo que é capaz de venerar o presidente da câmara ou ministro, corrupto e incompetente, que ganha vinte vezes mais que ele, dizendo com lata, que se lá tivesse fazia o mesmo que eles, governava-se...