(...) Entre existires e não existires antes não existires, é mais inteiro, deixa menos dúvidas dentro do crânio, ao lado dos ossos normais. Entre mulher e homem o melhor é não teres mesmo por onde escolher, vestir saia-casaco ou fato completo, usar até, em dias de festa, as tuas peles virtuais.
António Franco Alexandre
publicado por vague às 8.12.07
Comments:
António Franco Alexandre é um poeta por vezes hermético, por vezes esotérico, outras vezes, e apenas, extravagante. Daí que eu goste de alguns poemas dele, não da sua poesia. E ao ler isto pensei: - O realizador de "Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus" deve ter-se cruzado com estas palavras! Assim, se gosta do A.F.A. veja o filme, aconselho. :-)
Simpa, eu gosto de muitos poemas de vários poetas mas poucos me levam à rendição à sua poesia.
O hermetismo de alguma poesia tem que se lhe diga. Dá-nos pistas de interpretação - ou somos nós que pelas nossas vivências encontramos significados e caminhos escondidos mas visíveis, mal se aponta a direcção. Vou tomar nota da sugestão, obrigada :)