os sonhos que sonhamos a dormir ao acordarmos
os sonhos que sonhamos a dormir ao acordarmos regressamos e___
acordei hoje com água à beira dos olhos alguém alguém a quem amei abraçou-me e no abraço, no toque, ouvi,
estás aqui dentro para sempre e a voz disse,
és o meu abrigo_____ não sei porque é que o sonho apareceu nem sei como este post estupidamente intimista se permitiu ser assim, talvez fossem as asas que lhe dei no meu desejo de voar
__e também a certeza de que não serei lida por quem não quero ser lida
posso ser transparente, serei? mas da minha vida cá fora, que me desvenda o rosto, a voz, o sorriso, o toque e o cheiro, das pessoas dessa vida cá fora a raras concedi a chave de entrar neste mundo secreto. uma, duas? não é défice de confiança, é liberdade.
(sentir-me-ei sempre abençoada pela vida, apesar da melancolia que não poucas vezes carrego no olhar, mas isso é de mim e da mais pura alegria - no mais fundo dela espreitam assustados uns olhos tristes)
vou até uma praia bonita e fria, dura, onde o mar brame e grita. Acho que isto é Miguel Torga:
gosto do mar salgado a bramir e a gritar.
há sonhos que deixam cicatrizes na pele dos dias.