E também o Dia Mundial do Dador do Sangue
No dia 12 de Junho assinalou-se o
Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.
Não será num dia que nos sentiremos sensibilizados e rendidos a estas causas, mas há que começar por um destaque, embora o começo esteja sempre antes do começo. Na nossa contemporaneidade mediática, dispersa e dispersora, precisamos que as coisas importantes não se percam na nossa (in)definição de prioridades. Às vezes penso que gostaria de viver num sítio onde a vida se vivesse com mais serenidade, onde houvesse o essencial que não existe mais: um cafézinho, uma leitaria, a mercearia, uma biblioteca cheia de livros, um lago para dar uns mergulhos, árvores, solidão, companhia e aconchego. Onde o trânsito não existisse, onde a publicidade não precisasse de existir e onde os pássaros me acordassem de manhã ou os galos de madrugada. Onde o pão fosse vendido à porta e o leite deixado de manhã cedo. Onde os jornais (um por dia, bastava) tivessem notícias não sensacionalistas. Uma cápsula do tempo onde eu me perderia por já não saber viver assim.