resumo do folhetim: eu se calhar não sou o tweety

atropelamentos, câmaras municipais, polícias, tudo feito para me tramar e afinal a lesada tinha sido eu e o meu carrinho. eles pensavam que se safavam por serem do poder mas eu tinha tirado a matrícula e aquele pormenor do leão adolescente perto do hospital não foi despiciendo. e além disso ainda há pessoal íntegro nos corredores do poder e outros que pareciam tão leais quando tinham oks de todo o lado, mas sozinhos, sem mais apoios que o da sua consciência, o fundamental suporte pensava eu, sozinhos valem menos que nada pois o nada é honesto e sabe o seu lugar. e eu ali toda partida por dentro mais que por fora a fingir que não era nada comigo enquanto traçava com ânimo acrescido e com o meu improvisado staff a estratégia que derrotaria não só aquela direcção mas toda a deslealdade e gente sem princípios que só me provocavam um segundo olhar do mais profundo desprezo. não estava certa a vitória apesar das provas incontestáveis a meu favor, pois eu sabia que eles tudo iriam fazer para as destruir ou desacreditar. era fundamental passar o mais despercebida possível. com um turbilhão de pensamentos a atingir-me ao mesmo tempo baixei a cabeça quando as velhas passaram na rua para que não me vissem deitada na maca do hospital a esconder-me dos olhares vingativos e conspícuos dos guardas.
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