Acompanho com a cabeça o tique-taque do relógio que marca na parede as longas horas perdidas em espera sufocante. Fixo, com a náusea de os indiferentes, o pálido retrato pintado com a dor profunda de o sangue dos outros. De Dorian Grey marca-me a imagem dos dias sempre iguais. Ilusões de um jardim do éden criado para que as mil máscaras tenham uma vida feita para lá da realidade de cada tempo. E vivo, cansada, uma euforia perpétua.
Este texto é todo ele atravessado pelo tempo, pela passagem do tempo, as horas, a rotina. Conseguiste conciliar os títulos para um resultado comum. E termina de uma forma perfeita.
Ainda bem que gostaste. De facto, o tempo pode ser carrasco, com toda a sua rotina, mas é bem vedade que, por vezes, nos pode surpreender agradavelmente. Gostei deste teu desafio e quero dar-te os parabéns pelo blog que tenho vindo a descobrir aos poucos.