Duas observações
Alguns dos argumentos do
não e do
sim são intelectualmente desonesto: por ex, dizer que o
sim ao aborto é dar à mulher a decisão de abortar quando está em causa a manutenção do seu posto de trabalho, é estar do lado errado da luta. O que se deve fazer, ao invés de permitir o aborto
por essa razão, é lutar para que as situações de discriminação laboral não aconteçam, não respondendo que,
caso aconteçam, sempre se tem à mão o recurso ao aborto. É uma banalização francamente infeliz.
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É abusivo, quando se tem uma determinada responsabilidade pública ou mesmo não tendo, porque a crebilidade dos blogs também se constrói, sendo-se figura mais pública, menos pública ou anónima, é abusivo, dizia, inventar uma história apimentada e conferir-lhe pistas de uma eventual autenticidade, levando assim os bloggers mais solidários a conferir destaque nos respectivos blogs à história inventada do rapto da jornalista.
Como dizia o outro, é por estas e por outras que as pessoas desconfiam dos pedidos de ajuda pela net e os casos merecedores de destaque acabam por levar todos o mesmo caminho da indiferença porque nem sempre se consegue frequentemente separar o trigo do joio e porque a boa fé é um alvo fácil.