Mais do que casos clínicos
As histórias clínicas modernas aludem ao sujeito numa frase rápida ("Uma fêmea albina trissómica de 21 anos") que tanto se pode aplicar a uma ratazana como a um ser humano. Para recolocar o sujeito humano no centro - o ser humano que sofre, que se aflige, que luta - é necessário aprofundar a história clínica até que ela se transforme numa narrativa ou conto. Só então teremos, para além do "o quê", um "quem", um ser real, um paciente que se relaciona com a doença - um paciente que se relaciona com o médico.Do prefácio de Oliver Sacks ao seu já referido livro.