Voo
Não resisto a embelezar o blog com as palavras do
Sísifo, que escreve como quem voa por dentro das palavras, tal como uma ave na carícia de uma mão se entrega.
À tarde o avô levava-me ao jardim e os pombos vinham comer as migalhas das bolachas aos meus pés, antes de ousarem bicar com perícia a palma da minha mão.
Estranhava que podendo eles voar, podendo eles seguir um rumo de excesso para a distância em que se vê um largo horizonte, preferissem ficar ali comigo, na magreza de uma migalha.Sísifo