De repente teve a sensação de que a máscara tinha caído. Os modos suaves e assertivos, a maneira diligente e simpática de ser deu lugar por uma transformação extraordinária a um ser demoníaco chispando em labaredas de gelo a sua arrogância, declinando a humildade que tanto se gabava de possuir. Deveria ter desconfiado mais cedo, pensou. Quem tantas vezes insiste numa tecla, tem mais música a esconder que a mostrar.
E o ano terminou livre e fluido, limpo do rosto sujo, da máscara. Fechou o computador e foi jantar. publicado por vague às 2.1.06