(Ou então não)
Estava eu no outro dia confortavelmente instalada no sofá com música em fundo e dois dedos de conversa ao lado a pensar na vida e a pensar se ela pensa muitas vezes em mim ao que retorqui mentalmente e de imediato que sim, a vida tem mais razão de queixa de mim que eu dela, é que eu refilo demais, as impaciências juvenis ainda não se domaram por completo o que a bem da verdade e da felicidade não é sempre uma grande coisa, e aqui estou de novo a queixar-me calo-me estou farta de me ouvir. E agora pergunto-me ao que vim eu que assim qual clic me apeteceu de novo entrar no blog e não ver a mesma cara a dos passarinhos que dizem às árvores as coisas que as ávores não conseguem ver. E está dada a resposta, uma apetecência, apeteceu-me. E eu falo penso leio vivo e tenho também (leia-se "também" como se estivesse a negrito) que redimensionar o blog à sua efectiva importância na minha vida. Estamos todos de passagem pela rede, disse um dia o
Francisco José Viegas no seu blog, não me esqueci e ele, o autor, confirmou-se, sem alarde nem pompa.
1, 2, 3, 11 linhas e ainda não disse nada. Será isto a tal compulsão para escrever? Sem tema, sem objecto, com várias pistas ao mesmo tempo que não me apetece explorar (é quase tempo de sair do espaço da escrita e mal entrei) e ao mesmo tempo uma vontade de escrever. Vou dar um título a isto.