Sem tempo,
Apresso-me a rir de tudo, com medo de ser obrigado a chorar.
Beaumarchais
(
O Barbeiro de Sevilha)
Tinha 14 anos quando a professora de Português decidiu levar a turma do 9º ano à ópera. Miúdos que éramos, aquela professora especial e apaixonada por aprender e ensinar, levou-nos cedo a descobrir lugares secretos e sensibilidades escondidas.
Aos 14 anos, entrar no Coliseu para assistir à opereta
O Barbeiro de Sevilha funcionou para mim como o símbolo precioso de que a cultura formal pode ter simplicidade e ganga nas calças, sem elitismos ultrapassados nem ostentação.
Por essa altura fomos ao teatro A Comuna, e vimos
A Castro, projectando o amor mortal de Pedro e Inês. Mais do que assistir, integrámo-nos na peça, rodeando os actores no centro do espaço que nos unia ao aparentemente nos afastar. Momentos mágicos...