Descobrir
Desde que me conheço e o conheço sempre gostei de Eugénio de Andrade. Do primeiro verso, poema, livro, páginas folheadas ao acaso, foi uma coisa de 'pele', sentido inexprimível por palavra que não seja esta: pele.
(Sim, falámos disso, da empatia, do olhar ao primeiro minuto e sentir afinidade ou não).
Descobri a poesia das palavras.
Sophia acompanhou-me nessa viagem pelo interior do que não é imediatamente visível. Com eles, a partir deles, cheguei a outros tantos e tão vastos lugares onde as palavras voam e mais do que traduzir sentimentos, traduzem pressentimentos e afectos.
Tantos poetas admirei, admiro, tantas
descobertas fiz e faço para mim mesma que quase me esqueço da essencialidade breve destes dois poetas. Eugénio e Sophia.
Lê-los ou relê-los é chegar a casa. Descansar um pouco antes de nova viagem.
Escrevo para subir às fontes.E voltar a nascer.E. Andrade