A primeira noite chez moi
O dia dava lugar a outro. Entrei no prédio, chamei o elevador. Pensei no novo ciclo e antevi a paz, a liberdade. Estava feliz, ia ter finalmente o merecido repouso.
Não havia televisão nem rádio a dissimular solidões inexistentes. Era a noite e era eu numa nova etapa comigo mesma, pela primeira vez a viver só comigo.
Em semi-vigília, senti que aquelas paredes não eram a
minha casa. Pois uma casa faz-se e os amigos cultivam-se (de preferência com sal e açucar e um pouco de vinagre para testar a amizade) no tempo e à temperatura certos. E nestes anos fi-la minha, o meu espaço, a minha casa, local de encontro de Amigos e albergue que urgentemente procuro quando me chamam os meus silêncios.
Iátá!
Hipatia, a primeira noite :)