Sem assuntos
É rara a mulher portuguesa que chegada à casa dos 30 não pensa em atirar para trás das costas o tema idade. E começa por sacudir o latino cabelo castanho para os tons alourados.
Sempre tive certo para mim que era coisa que nunca iria fazer, nuances e cabelos claros que não são meus - é que essa vontade trintinha do intemporal precisamente delimita a faixa etária e além disso, todo o mulherio o faz (mas que são lindos os fiapos de luz e cor, quando bem feitos, são). Para marcar a diferença e não me juntar à turba enveredei pelo caminho solitário da cor natural. Fartei-me, claro, e aos 30 e tais fui contra estas inabaláveis convicções e experimentei as nuances louras que prometera a mim mesma não usar.
Agora sou de novo e naturalmente morena para sempre.
Gosto da palavra
sempre. É tão relativa.
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O Prícipe Carlos anda muito feliz com a sua Camilla. Ainda mais depois do aval do ex-marido dela, que disse:
É uma mulher e peras! Mr. Parker-Bowles é o ex-marido que toda a ex-mulher devia ter.
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Será do cansaço, de ser membro honorário auto-indigitado e fundador da APADEDICA, mas há pouco quando estacionei o carro falharam-se-me os comandos da memória. Em vez de
não pensar,
pensei se deveria deixar o carro em 1ª ou em marcha-atrás.
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Ando a ler
A lentidão, de Milan Kundera. Deve ser por isso que ando ao ralenti. Ainda bem que não comprei
A ignorância.
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A seguir perfila-se, passando à frente de outros,
Memórias de mis putas tristes, de G. Garcia Márquez, senhor de um dos livros mais extraordinários que li até hoje:
100 anos de solidão.
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E a blogosfera? Não tenho lido nada, tenho trabalhado pouco, estou mais ou menos em semi-férias de tudo.
Contem-me coisas de cá :)