Eu blogo, Tu blogas, Ele bloga
Podendo ser a blogosfera mais que um local inventado à nossa medida com a dose de realidade que lhe queiramos dar, verifico com agrado que quando se salta a vedação para o outro lado há surpresas agradáveis. Gente como nós, que existe mesmo. E que escreve num computador, como eu escrevo e me escondo/mostro, olhando o mundo através desta pequena janela imensa.
Desde que pé ante pé entreabri esta porta dos blogs, várias reflexões se fizeram sentir. Por um lado, a constatação da quantidade de blogs que existem e estão para existir, no que isso significa de democratização de acesso à emissão de pensamentos,
apetecimentos, notícias.
Antes disto, outra reflexão me apareceu como natural: o impacto e a interrelação entre os blogs e os meios tradicionais de comunicação social. E até que ponto se poderá vir a considerar este meio como mais um meio de comunicação social, com todas as implicações que esse estatuto traz.
Terceira questão: O que se escreve, livre de constrangimentos e ajudado pelo anonimato de quem assim o decide é potenciado, no bem e no mal. Tendo consciência que posso ser lida, que sou lida ( e gostando de o ser, claro), escrevo para mim e por mim - ou seja, é um espaço de liberdade absoluta.
Ora, a
Mar apanhou as pontas soltas e esparsas das reflexões da blogosfera e organizou na biblioteca municipal de Beja um encontro/diálogo com alguns bloggers mais mediáticos da nossa praça (sem desprimor para todos os que não estão lá a representar-se a si mesmos e que têm uma qualidade fantástica) aberto a todos quantos queiram participar. É no dia 23 de Abril, Dia Mundial do Livro e conta também com a participação da escritora espanhola Rosa Mantero, a mulher de
Paixões,
Histórias de mulheres e outro livro que tenho curiosidade em ler,
A louca da casa.
Parabéns,
Mar e a todos os que mobilizaste ou vice-versa para este diálogo por um caminho novo, a ser percorrido, e com tanto a percorrer. Mulher de garra esta! Beijos, Mar, sweet Mar.