A justa medida
Agora que estou temporariamente sem acesso à net em casa (devo ter carregado nalgum botão suspeito) tenho menos tempo para visitar e comentar os blogs amigos. Não que sinta obrigação de o fazer, mas gosto de visitar quem aprecio, quem gosto de ler, independentemente de me lerem, de me comentarem, de me linkarem. Eu faço o mesmo ao contrário.
Na onda de redefinições e alinhamentos que faço para mim, na vida virtual e material, deparei-me com uma situação cujo autor não vou de certeza nomear mas que me surpreendeu pela negativa. Eu, que não tinha pedido para ser linkada nesse blog (como já viram não tenho links de nenhum blog, não os vou colocar e muito menos elencaria os blogs por critérios de amizade) fui amavelmente e
com justeza linkada pois a essa pessoa me ligaram, ligam (?) laços de amizade pelo que achei natural e registei a atenção. Como registo agora a forma deselegante como o meu link foi retirado, primeiro dos blogs preferenciais, depois dos blogs outros, simplesmente.
Sempre tentei esclarecer equívocos, desfazer mal entendidos, apagar fogos, meus e dos outros. Até que me farto, e acho que as pessoas
não me valem a pena. Não entendo nem tenho de entender o que não tem razão de ser. Eu não faço a reciprocidade de links. Optei por isso devido a razões minhas que não tenho de apresentar. Se isso é um motivo para ser retirada de um blog como se fosse inimiga, passe muito bem, quem perde não sou eu, quem perde é essa pessoa, que desce na consideração e respeito que lhe demonstrei ao longo de anos. Constato que a amizade afinal foi volátil. Acho que tudo pode mudar. Como acho também que às pessoas que nos merecem amizade e
nos deram provas dela, devemos explicações. A amizade é recíproca. Não é um dado adquirido, como não o é o amor. Ou então não é amizade e aí a conversa é outra.
E não, não estou ressentida. Simplesmente constato mais um alinhamento interior
meu ao ter inevitavelmente de pôr em causa uma história de amizade e bem querer. Acho que aquilo que fazemos vem mais tarde ou mais cedo ter connosco, como um espelho tardio que não falha. E por esse motivo tão egoísta também, tento, nem sempre com sucesso, mas tento ponderar o que digo; melhor, mais que ponderar, quero dizer o que entendo ter de ser dito. É uma aprendizagem de vida. Os meus 37 e joviais anos :) devem ter-me servido de alguma coisa e tenho quantos mais à minha frente para aprender mais alguma coisa. E terei de engolir algumas coisas que digo. Oxalá tivesse que engolir este post.