
Esta imagem, cuja autoria desconheço, perdida (achada) algures na net (re)lembra-me aquilo que de nós conhecemos e mostramos (julgamos conhecer, julgamos mostrar) e o mundo imenso, maior, desconhecido existente, onde? não sabemos e nem uma vida inteira nos dará a resposta. Eu não me importo demasiado, tenho curiosidade de mim e dos outrs. Gosto do elemento surpresa, não por ser
surpresa, mas por ser a
descoberta. A descoberta de que há mundos desconhecidos dentro de nós e dos outros e que não é importante desvendar tudo. Que há desvelos que não importa ter.
E pergunto-me: estarei a ser demasiado transparente? Estou a desvendar-me ao ponto de alguém me imaginar conhecer?
Imaginar conhecer alguém pelo que escreve. Haverá algo mais ilusório que isto? A transparência não é ela própria uma
criação e uma
defesa? Uma
pele espessa, mais densa que o recato interior?