Conversas descruzadas
As conversas cruzam-se, misturam-se, dão azo a outras conversas, entremeadas de monólogos, de dúvidas
escrevo enquanto penso. Vejo este e outros blogs como um espaço de conversa que flui, como num
café (gosto do
café de vários lotes e aromas mas sempre forte e bom)
Mais facilmente se possui um corpo que o ser que o possui, escrevi no
Apenas mais um.
O desafio do post erótico coloca-me várias ordens de dúvidas, ensaiadas no
Voz em fuga. Abordar o erotismo com um
texto erótico num blog individual e sem vocação temática pode ser
interpretado como estar a franquear a porta a
suposições de vontades do autor do blog e tentativas de lhe adivinhar um registo pura e duramente íntimo. No entanto um texto é um texto. Que vem da imaginação, referências, vivência, filmes, livros, da vida que absorvemos pelos poros. Mas o registo não pode ser visto como íntimo ou pessoal. Os escritos são exercícios de criatividade e/ou de contacto com o mundo na sua inteireza.
Onde pretende a autora deste blog chegar, perguntam vocês e já vos oiço, em engripado uníssono. Respondo que um blog faz mudanças de direcção, inverte a marcha, vai por atalhos, desbrava caminhos cheios de silvas e espinhos de rosa. Se eu não concedesse ao meu blog essa liberdade iria contra tudo o que tenho escrito até aqui sobre ela.
Só espero não entrar em contra-mão (coisa a que aliás assisti ontem, parva a olhar atrás de uma fila de carros enquanto um artista distraído [deve pertencer à apadedica] fazia a inversão de marcha para a marcha correcta e lá continuou, muito atento ao polícia que não apareceu).
Cap, como adivinhaste que os umbigos eram preliminares? ;)